O LG G3 é o novo top de linha da companhia, e chegou ao Brasil cheio de promessas. Com tela quad HD, design refinado e uma câmera com superfoco, o aparelho pretende se posicionar no pódio dos melhores smartphones do mercado. O TechTudo testou o G3, e traz boas notícias: ele é, sim, tudo isso. Confira, no review completo, o que faz dele um top de respeito.
Veja, abaixo, o review em vídeo do LG G3
A LG fez muito, muito bonito no G3. O aparelho tem design minimalista e é muito bem acabado, com bordas levemente arredondadas e uma frente quase toda dominada pela tela. A traseira é ligeiramente abaloada, o que faz com que o smartphone tenha ótimo encaixe nas mãos - o que não é exatamente tarefa fácil, já que ele é bastante grande.
Confira, também, o review completo do concorrente Sony Xperia Z2
Testamos a versão branca, que tem uma coloração que lembra o pérola. Embora ele seja um celular que chame a atenção por si só, estivemos também com a versão em preto em mãos e podemos afirmar que ela é superior. O motivo é um só: em preto, a parte frontal fica mais uniforme, dando a impressão de uma tela contínua quando o visor está apagado.
Outra solução inteligente no G3 foi emprestada do seu último top, o LG G2: os botões na traseira. Dessa vez, a ideia veio mais refinada, com o botão central metalizado (parecido com o anel que rodeia a lente da câmera) e os de volume feitos de uma espécie de plástico texturizado. Eles são encontrados com facilidade na traseira, e, depois de certo tempo de uso, se torna "instintivo" buscar por eles por lá.
A empresa ressalta que os botões na traseira são uma boa forma de prevenir acidentes, já que parte das quedas acontece quando o usuário tenta alcançar os botões laterais. A teoria se provou verdadeira durante nossos testes. Usamos o G3 durante algumas semanas, e ele não escorregou nenhuma vez de nossas mãos nesse período. Isso pode, claro, ser apenas um golpe de sorte, mas vale o registro.
As entradas para cartão microSD e chip de operadora ficam escondidas sob a tampa traseira, que pode ser removida sem muito esforço. Expostos ficam só a entrada para fones de ouvido e a microUSB. A saída de som também fica na parte de trás, "recortada" na tampa.
Falando em tampa, não podemos deixar de pontuar que, apesar de imitar o aspecto de metal escovado, é o bom e velho plástico. A imitação da LG até convence, e não dá ao aparelho aquele aspecto de smartphone barato. Mas, ao preço de lançamento de R$ 2.299, um alumínio de verdade até que não cairia mal.
A LG não economizou no G3. Para encaixá-lo como um dos tops de linha mais potentes do mercado, ela recheou o aparelho com super especificações técnicas. E o resultado foi impecável. O smartphone não engasgou, não travou e nem deu sinais de estar sobrecarregado, mesmo executando jogos pesados. Em termos de game, aliás, ele foi posto a prova com o pesado Asphalt 8 e o Minion Rush, título baseado no filme "Meu Malvado Favorito", que tem gráficos em 3D.
Ainda sobre desempenho, é necessário comentar a capacidade de executar aplicativos em multijanela. Isso significa que você pode, simplesmente, aproveitar o espaço da tela para rodar dois programas ao mesmo tempo, um na parte superior e outro na inferior, por exemplo. O recurso é útil, e realmente só faz sentido existir em smartphones com um hardware potente.
Para quem não exige muito e fica satisfeito em rodar apps cotidianos, como Facebook, WhatsApp e Instagram, cabe saber que ele é o tipo de aparelho que dificilmente dará dor de cabeça. Apesar disso, usar o LG G3 para checar e-mails dá uma certa sensação de estar "desperdiçando" tanto poderio com aplicativos que exigem pouco.
Tratemos de números. O LG G3 tem um senhor processador: o Snapdragon 801, da Qualcomm. O chip é um quad-core de 2,5 GHz, que trabalha com auxílio dos 2 GB de RAM. Em relação ao armazenamento interno, uma decepção: apenas a versão de 16 GB chegou ao Brasil. O número é compensado pela presença da entrada para cartão microSD de até 128 GB.
O G3 é impressionante, mas a concorrência é bastante acirrada. No mundo dos smartphones, ele perde em RAM para o Xperia Z2, top da Sony que traz 3 GB. Se incluirmos os foblets na jogada, o mesmo acontece quando comparamos com o Galaxy Note 3, da Samsung.
No mundo das conectividades, não há nada que o G3 não faça. Bluetooth, NFC, 3G e 4G, como manda a cartilha. Um mundo de diferença está na bateria, de 3.000 mAh. O componente é suficiente para aguentar pouco mais de um dia de uso moderado, que inclui reprodução de músicas no Rdio, de vídeos no YouTube e uso espaçado das redes sociais ao longo de todo o dia.
Além da mudança visual, a LG acrescentou algumas invenções no aparelho. A primeira delas, e, sem sombra de dúvidas, a que mais usamos durante o período de testes, é o Knock Code. O sistema substitui a senha comum por uma série de toques pré-configurados na tela. A vantagem é que o código pode ser realizado com a tela apagada, um ótimo jeito de poupar tempo na hora de checar suas notificações no telefone. O lado ruim? O Knock Code aparentemente só funciona se os sensores na parte superior estiverem "descobertos". Tentar desbloquear o celular enquanto ele estava dentro de uma bolsa ou mochila se revelou frustrante.
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Há outras coisas bacanas a serem destacadas. A LG, assim como a Samsung, tem um sistema de controle por gestos. A tecnologia permite atender uma ligação passando a mão por cima do aparelho ou mesmo silenciar uma chamada ao "virar" o telefone na mesa. Uma segunda novidade, também nada inédita, é a possibilidade de espremer recursos como o teclado para poder usar o aparelho com uma mão só. É prático e fácil de ser ativado.
E isso não é tudo. Algumas saídas são menos usadas, mas também se mostraram funcionais. Uma é o modo convidado, que é a maneira perfeita de impedir que amigos e colegas tenham acesso aos seus arquivos, ao mexerem no smartphone. Por fim, temos as "smart tips", que são dicas inteligentes para facilitar seu dia a dia. Acontece que... Bem, nem sempre elas são tão inteligentes assim. Às vezes elas são lembretes ótimos, como um alerta para sair de casa com um guarda-chuva porque a previsão para o fim da tarde é de tempestade. Mas às vezes o G3 se limita a dizer coisas óbvias, no estilo "Está nublado".
Esse é o ponto alto deste review. A tela do LG G3 é nada menos do que impressionante. Já testamos alguns tops de linha, mas o que vimos no smartphone o coloca na frente da concorrência. Trata-se de um display quad HD (1440 x 2560 pixels), ou seja, com quatro vezes mais resolução que o HD comum. É humanamente impossível enxergar os pixels na tela e as cores e imagens exibidas são muito realistas.
São 5,5 polegadas, um número que caberia em qualquer foblet. O G3 é, naturalmente, grande, mas o espaço mínimo entre a tela e a borda do aparelho faz com que ele ainda se encaixe na categoria "smartphones". O display recebeu ainda o vidro Gorilla Glass 3, que tem proteção contra quedas e riscos, o que não impediu que o aparelho apresentasse arranhões após algum tempo.
O aparelho que recebemos para testar, no entanto, apresentou um problema na tela. Logo de início, notamos uma pequena mancha clara na parte superior, perceptível quando posicionamos o G3 contra a luz. Esse foi o primeiro e único relato que vimos até então, e talvez não signifique lá grandes coisas.
No quesito câmera, o G3 até se esforça, mas não empolga. Ele tem o disparo mais rápido das redondezas, já que a companhia colocou nele um sistema de foco a laser. O foco é impressionante de tão rápido, mas as imagens obtidas só são boas quando a luz é ideal. Em ambientes internos e durante a noite, nem adianta insistir.
O sensor da câmera têm 13 megapixels de resolução e vem acompanhado de um flash dual-LED de duas cores, no melhor estilo iPhone 5S. As cores de disparos com flash são bem equilibradas. Ainda há de aparecer um smartphone top de linha que tenha uma câmera tão boa quanto vimos na linha Nokia, em modelos como o Lumia 925 e Lumia 1020.
Confira abaixo alguns exemplos de fotografias tiradas em três ocasiões: em um dia de sol, em um ambiente interno bem iluminado e em outro pouco iluminado.
A câmera frontal cumpre seu papel. Ela tem 2,1 megapixels de resolução, o que é suficiente para um selfie de vez em quando e para realizar vídeochamadas.
O LG G3 não é mais barato ou mais caro do que outros tops lançados no mercado brasileiro. Isso, no fim das contas, significa que ele é caro. Por R$ 2.299 você leva para casa um dos melhores smartphones do mercado que, em alguns quesitos, é superior ao Galaxy S5.
A supertela, o design de ponta e o desempenho para ninguém botar defeito, no entanto, tentam equilibrar a balança. Com paciência, é possível encontrar promoções e preços mais próximos dos R$ 2 mil.
Prós
- Tela de alta qualidade
- Foco super rápido
- Ótimo desempenho
Contras
- Traseira de plástico
- Câmera mediana