O mês de dezembro é dedicado a alertar a população sobre os riscos da exposição excessiva ao sol e a importância de adotar medidas preventivas para proteger a pele, especialmente em um país tropical como o Brasil, onde a exposição ao sol é constante.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça que qualquer nível de exposição à radiação solar sem a devida proteção traz consequências prejudiciais à saúde da pele, como queimaduras solares, envelhecimento precoce e um aumento significativo do risco de câncer de pele.
Os riscos são ainda maiores com o uso de câmaras de bronzeamento artificial.
Em 2009, a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou o bronzeamento artificial como cancerígeno para seres humanos. Estudos mostraram que a exposição aos raios UV emitidos por essas câmaras pode aumentar em até 75% o risco de desenvolvimento de câncer de pele, especialmente o melanoma, que é o tipo mais agressivo.
Para ajudar você com esse mundo de informações, consultamos o especialista. Separamos 6 dúvidas sobre o bronzeamento artificial para entender de uma vez que não existe nível seguro para essa exposição.
O bronzeamento, especialmente por meio da exposição ao sol, é amplamente popular por razões estéticas, mas pode oferecer alguns benefícios para o corpo, desde que seja feito de forma responsável e controlada. Os principais benefícios incluem: produção de vitamina D, melhora do humor pois a exposição ao sol também pode ter um efeito positivo no bem-estar emocional, aumento da produção de melanina.
Embora o bronzeamento possa ter esses benefícios, é crucial lembrar que a exposição excessiva ao sol e o uso de câmaras de bronzeamento têm efeitos negativos para a saúde, como dano à pele, envelhecimento precoce, rugas, aumento do risco de câncer de pele, queimaduras solares. Portanto, o bronzeamento oferece alguns benefícios para a saúde, principalmente relacionados à produção de vitamina D e ao bem-estar emocional, mas deve ser feito de maneira responsável. Sempre use protetor solar e evite exposições prolongadas ou sem proteção para minimizar os riscos à saúde.
O bronzeamento artificial, realizado por meio de cabines de bronzeamento, é frequentemente considerado mais arriscado do que a exposição ao sol, apesar de muitas pessoas pensarem que é uma forma mais controlada de obter um bronzeado. Aqui estão os principais fatores que fazem o bronzeamento artificial ser potencialmente mais perigoso:
- Exposição à radiação UV mais intensa
- Risco aumentado de câncer de pele
- Efeitos nocivos à pele
- Falta de regulação e supervisão das máquinas
- Não oferece benefícios de vitamina D
Embora a exposição ao sol (de forma controlada e segura) estimule a produção de vitamina D, as câmaras de bronzeamento não têm o mesmo efeito. Isso ocorre porque elas emitem uma quantidade muito menor de radiação UVB, que é a responsável pela produção dessa vitamina na pele.
Por outro lado, a exposição ao sol, embora também envolva riscos, tende a ser mais "natural" e possui uma maior variedade de intensidades (a radiação solar é mais variável ao longo do dia e depende da estação e da localização). Além disso, a natureza dinâmica da luz solar (com intervalos de nuvens, mudanças de intensidade e outros fatores) oferece uma espécie de proteção natural que não existe em sessões de bronzeamento artificial. Também é mais fácil controlar a exposição ao sol, aplicando protetor solar, buscando sombra e evitando horários de pico da radiação UV.
Assim, o bronzeamento artificial é geralmente mais perigoso do que a exposição ao sol devido à maior intensidade da radiação UV emitida pelas câmaras de bronzeamento, que pode aumentar significativamente os riscos de envelhecimento precoce, queimaduras solares e, principalmente, câncer de pele. Se você deseja obter um bronzeado, a opção mais segura é moderar a exposição ao sol e sempre usar protetor solar. Evitar ou limitar o uso de câmaras de bronzeamento é uma escolha prudente para proteger sua saúde e reduzir os riscos a longo prazo.
O bronzeamento artificial tem sido associado a um risco significativamente maior de desenvolver câncer de pele, incluindo o melanoma, que é o tipo mais grave de câncer de pele. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição a câmaras de bronzeamento antes dos 30 anos aumenta em até 75% o risco de desenvolver melanoma.
Os autobronzeadores são uma alternativa popular para obter um bronzeado sem a necessidade de exposição ao sol ou ao bronzeamento artificial. Eles funcionam principalmente através de uma substância chamada dihidroxiacetona (DHA), que reage com as células da camada mais superficial da pele (epiderme) e cria uma coloração mais escura. Em geral, os autobronzeadores são considerados seguros, mas, como qualquer produto aplicado à pele, é importante usá-los corretamente e com precaução. Há os riscos de reações alérgicas, irritações a pele, manchas desiguais, efeito indesejado entre outros.
O bronzeamento artificial, em especial por meio das câmaras de bronzeamento, acelera o envelhecimento da pele devido aos danos causados pela radiação UVA. Isso pode resultar em rugas, manchas, perda de elasticidade, e um aspecto geral de pele seca e desgastada.
Para quem deseja um bronzeado sem se expor ao sol, o uso de autobronzeadores é uma opção mais segura, pois eles não envolvem radiação UV e, portanto, não causam os mesmos efeitos prejudiciais à pele. Porém, é sempre importante lembrar que, mesmo com o bronzeado artificial, a proteção solar deve ser mantida para evitar danos a longo prazo à pele.
CT (Md) Mayra Sanandres
Assistente da Clínica de Dematologia
Hospital Naval Marcílio Dias