Paciência e precisão. Com esses dois ingredientes, o sorridente Sam Alvey surpreendeu a todos ao nocautear o brasileiro Cezar Mutante em apenas 3m34s no primeiro round após esperar pela chance de encaixar um golpe certeiro em meio a diversas tentativas de golpes plásticos e de efeito - mas sem efeito - do brasileiro. Esta foi a 25ª vitória de Sam Alvey em 32 lutas na carreira. Já Mutante sofreu a quarta derrota em 12 lutas, e a segunda em seis combates no UFC.
- Primeiramente eu gostaria de agradecer Cezar, que chuta forte como um cavalo. Vou mancar por duas ou três semanas. Adorei o Brasil. Pode parecer estranho, mas meu plano de jogo era receber os chutes dele e nocauteá-lo, e deu certo. Adoro o Brasil, vocês têm os melhores lutadores do mundo. É o maior momento da minha carreira, e é uma honra competir contra eles. Dana White, eu quero meu bônus - disse Alvey após a luta.
A luta começou com Mutante tomando a iniciativa dos ataques, tentando chutes altos e até duas meia-luas de capoeira, enquanto Alvey apenas se defendia e tentava evitar os golpes do brasileiro. Os chutes eram a principal arma de Mutante, que usava-os para deixar o americano sob controle. Muito confiante, o brasileiro tentou uma cotovelada de baixo para cima, que acertou parcialmente Sam Alvey. O americano absorveu o golpe e aplicou uma combinação de overhand de direita e cruzado de esquerda que derrubaram Mutante, já praticamente nocauteado. O árbitro Mario Yamasaki esperou que o americano acertasse mais dois golpes no brasileiro, já caído, antes de encerrar a disputa.
Adriano Martins faz luta sonolenta, mas vence Rustam Khabilov
O peso-leve brasileiro Adriano Martins não teve uma atuação brilhante, mas fez o suficiente para derrotar o russo Rustam Khabilov por decisão dividida dos juízes (29-28, 28-29 e 29-28). O combate, morno e sem lances de emoção, deu ao manaura a sua 27ª vitória em 34 lutas na carreira. Já o russo sofreu a terceira derrota em 20 lutas como profissional.
O primeiro round foi muito estudado, com ambos os lutadores atuando de forma conservadora, estudando a luta e não abrindo a guarda para que o adversário conseguisse levar alguma vantagem. O brasileiro conseguiu uma queda na metade do round, mas não teve sucesso em dominar o russo no chão.
A luta manteve o nível morno no segundo round. Tanto Adriano Martins quanto Rustam Khabilov preferiam manter a postura defensiva, sem agredir um ao outro, buscando brechas e oportunidades para aplicar um golpe decisivo ou uma queda que desse uma vantagem mínima na contagem dos juízes laterais. No último segundo do round, um direto de esquerda do brasileiro acertou em cheio o rosto do russo, que perdeu o equilíbrio.
No terceiro e último round Khabilov voltou um pouco mais agressivo que nos rounds anteriores, mas Adriano Martins conseguiu uma boa queda ao bloquear um chute do russo. Com muita habilidade, o brasileiro passou a guarda de Khabilov conseguindo a montada, mas o russo livrou-se da posição e voltou a lutar de pé. O combate voltou a ficar pouco emocionante, sendo muito vaiado pelo público presente ao seu final.
.