Aos 22 anos, o estudante João Paulo Fais conseguiu o que muitos jovens do país sonham: ser aprovado no curso de medicina. Mas o desempenho dele foi surpreendente. Em um ano, de 2016 para cá, ele conseguiu passar em oito vestibulares para o curso, dentre eles o da Universidade Federal de Pernambuco, da Bahia, do Maranhão e do Mato Grosso. No total, ele contabiliza 20 aprovações nos últimos dois anos. (Veja o vídeo)
O objetivo de João Paulo era entrar na Universidade de São Paulo (USP), mas não conseguiu. Após mais de dois anos fazendo cursinho pré-vestibular em Umuarama (PR), ele decidiu encerrar a maratona de estudos e escolheu ingressar na Universidade Estadual de Maringá (UEM) que, na opinião dele, é uma das melhores do país.
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Trajetória
O estudante morou em Palmas durante a infância e a adolescência. Ele conta que terminou o ensino médio aos 17 anos. Depois, foi para Umuarama fazer cursinho. Em 2013, conseguiu ser aprovado em medicina na Universidade Federal do Tocantins (UFT), voltou para Palmas, mas acabou desistindo do curso.
"Fiz um ano e meio de curso, mas desisti de fazê-lo na UFT porque não alcançou as minhas expectativas", contou ao G1.
Focado, ele voltou para o interior do Paraná e continuou com os estudos. Foi aprovado em diversas faculdades pelo país, mas decidiu seguir no cursinho e tentar a aprovação na USP.
Este ano, ele conseguiu uma média de 795 no Enem e foi aprovado pelo Sisu em duas universidades, dentre elas a federal do Pernambuco e a de Mato Grosso. João Paulo também fez o vestibular promovido por outras universidades estaduais e particulares.
pré-vestibular, João Paulo escolheu cursar
medicina em Maringá
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
"Agora, decidi parar o cursinho e vou fazer o curso na UEM. Me contentei. Daqui uns dias vou para lá fazer a matrícula. É uma boa faculdade, com bons indicadores. Além disso, tenho parentes lá", disse.
Rotina
O estudante conta que dedicava 11 horas diárias aos estudos. Nos fins de semana, também ficava em casa na companhia dos livros, mas também fazia outras atividades para se distrair.
Com uma rotina intensa, ele argumenta que o diferencial foram as horas que passou estudando em casa. "Eu usava um material bom, tinha o apoio de um bom cursinho, mas o essencial foram os estudos em casa", recomendou.