30/06/2016 17h17 - Atualizado em 30/06/2016 17h17

Faculdade de Educação da Unicamp aprova cotas para a pós-graduação

Serão reservadas vagas aos alunos negros, indígenas e deficientes.
Além da FE, o IFCH também aplica a política afirmativa no processo seletivo.

Do G1 Campinas e Região

Campus da Unicamp, em Campinas (Foto: Roberta Steganha/G1)Além da FE, IFCH também aplica cotas na
pós-graduação (Foto: Roberta Steganha/G1)

A Faculdade de Educação (FE) da Unicamp aprovou as cotas étnico-raciais e para pessoas com deficiência no programa da pós-graduação. Pela proposta, serão reservadas vagas aos estudantes negros, indígenas e deficientes a partir do processo seletivo de 2017. A decisão ocorreu em meio ao debate sobre a aplicação da política afirmativa também nas graduações. Estudantes da universidade ocupam o prédio da reitoria desde o dia 10 de maio.

O Diretório Central do Estudantes (DCE) da Unicamp comemorou a decisão e informou que a decisão "é uma conquista de um trabalho longo de muitos grupos e da ocupação na faculdade". Ainda de acordo com o movimento estudantil, além da FE, o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) também aplica as cotas étnico-raciais nos cursos de pós-graduação.

Em abril de 2015, o IFCH foi o primeiro instituto a adotar a política afirmativa em um processo seletivo da Unicamp. Na ocasião, a Frente Pró-Cotas informou que desde 2012 fazia o trabalho para a implementação das cotas étnicos-raciais.

A Unicamp, por sua vez, informou que as comissões de pós-graduação de cada faculdade ou instituto têm autonomia para definir as formas de ingresso dos estudantes no cursos, uma vez que, "o processo ocorre no âmbito das unidades".

Cotas e ocupação
Estudantes da Unicamp ocupam o prédio da Reitoria desde o dia 10 de maio deste ano. Na terça-feira (28), a Reitoria entregou um documento com uma resposta definitiva às reivindicações dos estudantes e deu a eles um prazo final para a formalização de um acordo. No texto, a universidade aceita a maioria das reivindicações dos alunos, incluindo a discussão da implantação de cotas, porém não cede em relação ao corte de verbas e dá o caso por encerrado.

A Unicamp se comprometeu a realizar três audiências públicas e a criar um grupo de trabalho para debater as cotas com movimentos sociais, docentes, funcionários, alunos e especialistas. Ainda segundo o comunicado da universidade, os estudantes tinham até o meio dia desta quinta-feira (30) para decidir se aceitam a "última e definitiva" proposta da Reitoria. Desde o dia 11 de maio a Unicamp possui um mandado de reintegração de posse do prédio.

Os estudantes farão uma assembleia ainda nesta quinta (30)  para decidir se aceitam proposta.

 

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