Cinema

Por Bruno Araujo, G1 – o jornalista viajou à Cidade do México a convite da Disney


Assista ao segundo trailer de 'Rogue One: Uma história Star Wars'

Assista ao segundo trailer de 'Rogue One: Uma história Star Wars'

"Rogue One: Uma história Star Wars", que estreia no Brasil em 15 de dezembro, é um filme diferente daquilo que os fãs da saga espacial estão acostumados – mas ainda assim com um tanto em comum. O G1 assistiu a cerca de 15 minutos do longa em uma sessão fechada num evento na Cidade do México, e destaca algumas características dessa que é a primeira produção cinematográfica de "Star Wars" fora das trilogias principais.

O trecho mostrou o início de "Rogue One" e algumas cenas posteriores, que não acontecem necessariamente na sequência. Não vamos entregar "spoilers" do filme, mas se quiser guardar todas as surpresas para o dia da estreia, pode haver a seguir um ou outro detalhe que não aparece nos trailers.

Em pé de guerra

'Death Troopers' são uma das novas ameaças de 'Rogue One: Uma história Star Wars' — Foto: Divulgação/Disney

"Star Wars" leva a palavra guerra no nome por um motivo, mas o novo filme trata essa máxima ao pé da letra: "Rogue One" tem potencial para ser a produção mais encardida, guerrilheira e brutalmente humanizada de toda a série.

Nós já assistimos a grandes combates entre Aliança Rebelde e Império Galático, já testemunhamos perdas e traições. Mas com a extinção dos Jedis no "Episódio III" (2005) – "Rogue One" cronologicamente acontece entre este filme e o primeiro de todos, o "Episódio IV" (1977) – todo o drama da guerra recai sobre os ombros do soldado de trincheira, e não do cavaleiro mágico que empunha uma espada que brilha no escuro.

Como diz o ator Diego Luna, que interpreta o capitão rebelde Cassian Andor, "os heróis são de carne e osso, são como nós".

A fantasia e os superpoderes de "Star Wars" saem um pouco de cena em "Rogue One", abrindo espaço para um filme que acontece diretamente no campo de batalha. Seja mostrando de perto os tiroteios e explosões no cenário tropical do novo planeta Sarif, seja acompanhando com intensidade e câmera tremida uma emboscada contra o Império numa cidade que lembra muito o Iraque.

O tom de sacrifício, de missão impossível, é maior, evocando não só imagens, mas emoções de filmes como "Guerra ao terror" (2008), "O resgate do soldado Ryan" (1998) e "Falcão negro em perigo" (2001).

Os novos "Death Troopers" são um bom exemplo. "Virou piada, mas os 'Storm Troopers' não têm uma mira muito boa. Por isso, queríamos uma ameaça que fosse capaz de dar essa sensação que podia te matar. Fomos atrás de caras altos, como jogadores de basquete. Eles são a tropa de elite do Império", afirma o diretor Gareth Edwards.

A ação de "Rogue One" também ganha uma faceta inédita com a escalação de Donnie Yen, astro chinês de filmes de artes marciais. O novo filme não tem Jedis, mas o monge guerreiro Chirrut Îmwe garante cenas de coreografias incríveis, poucos cortes e muita vibração – um nível de combate corpo-a-corpo que "Star Wars" ainda não tinha visto.

Além do bem e do mal

Cassian Andor (Diego Luna), Jyn Erso (Felicity Jones) e o droide K-2SO (Alan Tudyk) em cena de 'Rogue One: Uma história Star Wars' — Foto: Divulgação/Disney

Essa entonação pode dar a entender que "Rogue One" é da turma da ação pela ação, mas este deve ser um filme mais obscuro e complexo que os outros – ou como Edwards diz, "o mais ambíguo de todos". Ainda há uma separação clara entre quem é bom e quem é mau, mas todo o meio-campo entre a luz e o lado negro da Força nunca foi tão bem explorado.

A Aliança Rebelde de "Rogue One" é cruel e maquiavélica para atingir seus objetivos. Cassian Andor (Diego Luna), que no trailer assume um papel evidente de mocinho, é uma ótima surpresa nesse sentido.

Ao mesmo tempo, o Império Galático pela primeira vez é representado por figuras capazes de amar. É o caso da relação entre Galen Erso (Mads Mikkelsen), inventor da Estrela da Morte, e sua filha, Jyn Erso (Felicity Jones). O drama dessa família faz surgir uma sensação inédita e até esquisita ao fã de "Star Wars".

Esse trânsito com leveza entre o moral e o imoral é visto até no dróide K-2SO (Alan Tudyk). O robô de "Rogue One" tem o charme e o bom humor de um C-3PO, mas ao mesmo tempo é uma máquina de matar do Império reprogramada para ajudar os rebeldes.

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