as séries de 2016: duas retrospectivas
O vídeo acima, como você vai notar ao assistir, ou já notou, não é a lista de melhores de 2016 na opinião deste blog. É uma tentativa de retrospectiva do que foi relevante, para o bem ou para o mal, no mundo das séries. Séries que causaram. Séries relevantes. Séries boas, quase todas. Seleção minha e do incrível editor de Pop & Arte do G1, Bráulio Lorentz. Enjoy.
São elas: 10- Stranger Things (Netflix), 9 - Westworld (HBO), 8 - Gilmore Girls (Netflix), 7 - Atlanta (itunes), 6 - Game of Thornes (HBO), 5 - Mr. Robot (Space ou PrimeVideo), 4 - The americans (Netflix, mas ainda sem a quarta temporada), 3 - Veep (HBO), 2 - Horace and Pete (independente, dá para baixar no site Louisck.net), 1 - Black Mirror (Netflix).
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Minha lista de melhores e piores do ano seria um pouco diferente. 2016 foi um ano em que, por conta do incrível número de notícias que aconteceram por segundo no país e no mundo e na vida, a grandíssima parte delas notícias ruins, desastrosas, péssimas mesmo, eu vi muito menos séries do que gostaria e deveria.
O meu ano foi mais ou menos assim:
“Veep” foi sim a melhor série do ano para mim. A que me fez feliz. Me fez gargalhar. É inteligente, é hilária e conseguiu ter sua melhor temporada em pleno quinto ano da série. Obrigada, Julia Louis Dreyfus e grande elenco.
“Westworld” foi a grande decepção do ano na minha opinião. Não precisa me xingar por isso: o simples fato de eu ter falado que não estava gostando do que a série estava virando (e meu primeiro post sobre a série era na linha “yay, que série! Vamos amar, vai ser demais!”) já bastou para a internet quase botar fogo na minha casa. Menos, galera. É só uma opinião. A série prometeu demais, teve blábláblá demais – não confunda discussões profundas e pretensamente filosóficas com série boa – e cansou. Mas estarei firme e forte à espera da segunda temporada.
“Horace and Pete” foi a grande descoberta do ano. Uma série de canal nenhum – foi produzida, protagonizada, dirigida E distribuída pelo sensacional Louis CK. Você ia no site dele e comprava o episódio. Linda, profunda, bem escrita, perturbadora e bem pouco pretensiosa, mas com um elenco de primeira. Que série, amigos.
“The Americans” também merecia algum troféu de melhor coisa do ano em 2016. A quarta temporada da série sobre dois espiões russos disfarçados de casal americano foi teeeeensa demais.
“Gilmore Girls” foi a grande alegria do ano. Eu tinha todos os pés atrás porque sempre tenho medo de estragarem séries que terminaram direitinho. Mas essa volta de Lorelai e Rory foi demais. Teve tudo o que a gente ama e detesta na série, porque as garotas Gilmore são assim: são sensacionais mas irritam às vezes. Teve Emily em seu melhor momento na vida, teve todas as participações especiais possíveis e um final wtf. Amei.
“River” tem o melhor personagem do ano. Um policial perturbado e meio maluco tenta enfrentar sua própria esquisitice enquanto investiga quem matou sua adorada parceira. Quatro episódios para amar e chorar. Assista.
“Billions” foi a melhor série não badalada de 2016. E, sim, uma das melhores séries em qualquer categoria. O embate entre um bilionário e um promotor de justiça, protagonizados por Damien Lewis e Paul Giamatti, é simplesmente viciante.
“Transparent” foi a série que eu comecei a ver com bastante atraso e quero dizer pra todo mundo: por favor assista. Tinha visto a primeira temporada, parei de ver sei lá por que, voltei agora com a vinda do canal da Amazon para o Brasil. É demais.
“Stranger Things” foi a melhor série que eu não achei boa e quase deixei de ter amigos por conta disso. Achei fofa, falei olha parece com goonies, achei as crianças fofas mas no terceiro episódio eu já não aguentava mais a historinha café com leite. Sei que sou exceção e tenho um coração de pedra. Desculpaê.
“Unbreakable Kimmy Schmidt” foi a série com a melhor segunda temporada do ano (ok, forcei na categoria). Meu amor por Tina Fey só faz crescer, ainda mais depois que ela virou a psicóloga com dupla personalidade que pega Uber com a Kimmy. Começo a rir só de lembrar.
“Black Mirror” entrou na categoria que legal que fizeram novos episódios mas podiam ter feito com menos pressa e caprichado mais... Os seis novos episódios da série britânica foram ótimos – massss faltou aquele alguinho a mais que fez os episódios originais nos darem aquele arrepio na espinha. De qualquer maneira: imperdível.
“House of Cards” ganha o troféu na categoria já fui muito incrível mas agora dei uma bela decaída. A quarta temporada foi um pouco forçada, como a Claire passando 24 horas na casa da mãe moribunda sem sequer tirar o salto agulha.
“Mr. Robot” foi a série que deslizou no quesito conseguir manter o hype da primeira temporada – embora este segundo ano tenha sido, sim, muito muito bom. O problema é que o ritmo frenético do primeiro ano aqui deu lugar às loucuras da cabeça de Elliot e os caras deram uma pequena exagerada no surrealismo e o finalzinho decepcionou. Mas continua muito, muito boa.
“Game of Thrones” continua em primeiro lugar na preferência de telespectadores mundo afora e teve uma sexta temporada cheia de acontecimentos e gente se encontrando finalmente e as coisas andando muito muito mais rápido do que estávamos acostumados a ver. Com lindas cenas de batalhas. Bela temporada.
“Bloodline” também merece uma menção honrosa aqui: conseguiu ter uma temporada à altura (e muito mais tensa) que a primeira. Vai atrás.
“Vinyl” merece o prêmio de série que mais quis causar no ano – mas aí exageraram, a gente ficava tonto de assistir tantas estrelas do rock e shows e drogas e gritos e bebedeiras e dinheiro ganho e dinheiro gasto e aí nem a HBO conseguiu segurar a onda e cancelou. Pena.
Teve muito mais coisa, mas, como falei, o ano bateu muito na gente e não deu tempo de ver mais, postar mais. Uma pena. Prometo me esforçar mais em 2017 e espero contar com a ajuda do universo – para mim e para todo mundo. Obrigada pela companhia em 2016, amigo leitor. Voltaê no ano que vem.