Em Pernambuco, quase 17 mil candidatos fazem as provas do Enem neste final de semana, distribuídos em 20 locais de provas em oito cidades diferentes. O adiamento ocorreu porque os locais de prova estavam ocupados por estudantes contrários a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos da União.

O grupo da Igreja Batista levou 400 garrafas de água mineral dadas como forma de incentivo e conforto para quem precisa controlar o nervosismo e a ansiedade. Carol Nunes, de 19 anos, é uma das participantes dessa iniciativa. Ela explica que fez o Enem em novembro, assim como boa parte do ministério jovem da igreja que frequenta, e agora podem, juntos, colaborar com os que tiveram seus testes adiados para este final de semana.

“A gente fez o Enem e agora veio servir as pessoas. Juntamos dinheiro, compramos as águas, trouxemos os instrumentos e os cartazes com a palavra [de Deus]”, comentou Carol.

Quem teve que segurar a ansiedade por mais um mês foi Caio Leonardo, de 18 anos. Na expectativa para conseguir uma vaga no curso de medicina veterinária, ele conta que se queixou do adiamento, mas aproveitou a oportunidade de se preparar melhor.

“Não deu para aprender novos assuntos, mas deu para dar uma revisada boa”, conta o estudante, que concluiu o Ensino Médio no ano passado. Neste primeiro dia, os candidatos vão responder questões de ciências humanas e ciências da natureza.

Os portões foram fechados, pontualmente, ao meio-dia (horário local) na Fafire. Muitos candidatos chegaram a entrar correndo para não ficarem do lado de fora da prova.