Arthur Felipe Gouveia, de 25 anos, foi um dos primeiros a saírem do prédio da Fafire, na Boa Vista, área central do Recife — Foto: Cláudia Ferreira/G1
Estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Recife, neste sábado (3), classifcaram as provas como tranquilas. Muitos estudantes deixaram o prédio da faculdade Fafire, na região central da capital, assim que os portões abriram, às 14h30 (horário local). Segundo os alunos, temas sociais como intolerência e movimento negro marcaram a prova.
Neste sábado, os candidatos responderam a 90 questões de ciências humanas e ciências da natureza. Arthur Felipe Gouveia, de 25 anos, foi um dos primeiros a sair do prédio da Fafire, na Boa Vista, área central da capital pernambucana. Ele conta que gostou da prova, principalmente a de ciências humanas.
“Foi uma prova mais fácil, mais clara do que as que eu tinha feito antes. Caiu bastante política e economia. Para mim, foi melhor desta vez”, comentou o jovem, que está fazendo o Enem pela quarta vez.
Estudantes Anna Vasconcelos e Arthur Nascimento acharam a prova bem construída e simples — Foto: Cláudia Ferreira/G1
A estudante Anna Vasconcelos, de 21 anos, reforçou a presença da temática negra na prova de ciências humanas. “Tiveram umas quatro ou cinco questões relacionadas a movimento negro. Teve uma questão que abordou Cuba, algo que a gente via recentemente por conta da morte de Fidel [Castro, ex-presidente cubano]. Foi uma prova bem construída e simples”, descreveu Anna, que é estudante de história na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
“Eu não estou concorrendo a nenhum curso, faço desde 2013, só para me manter atualizada, informada”, explicou a universitária. O mesmo hábito tem seu amigo, Arthur Nascimento, de 22 anos. O estudante de turismo no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) disse que saiu satisfeito do exame.“De modo geral foi uma prova muito boa. Só tive mais dificuldade em ciências da natureza, mas é mais uma questão de aptidão mesmo, afinidade com a área”, opinou Arthur.
Para Ana Cláudia Lira, de 26 anos, o teste de conhecimentos também é de resistência. “Eu consegui fazer na medida do possível. Não estava difícil, mas as questões são muito extensas e você tem pouco tempo para responder. É uma muito prova psicológica, você tem que dormir bem, se alimentar direito para estar preparado”, concluiu a candidata, que ressaltou as questões envolvendo intolerância.
Fafire é um dos locais de provas do Enem no Recife — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press
Adiamento
Em Pernambuco, cerca de 17 mil candidatos fazem as provas do Enem neste final de semana, distribuídos em 20 locais de provas em oito cidades diferentes. O adiamento ocorreu porque os locais de prova estavam ocupados por estudantes contrários a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos da União.
No domingo (4), os candidatos respondem a 45 questões da prova de 'Linguagens e códigos', outras 45 de matemática, além da redação.