indígenas(Foto: Divulgação/UFG)
A Universidade Federal de Goiás (UFG) é a primeira instituição pública de ensino do país a adotar o sistema de cotas raciais para todos os seus 79 cursos de pós-graduação. Em reunião do Conselho Universitário, ficou decidido que ao menos 20% das vagas de cada um dos programas serão destinadas a candidatos negros, pardos e indígenas.
De acordo com o pró-reitor de pós-graduação da UFG, professor José Alexandre Diniz Filho, a política de cotas já era usada por outras universidades, mas nunca de forma tão abrangente. Segundo ele, esse modelo se restringia a alguns programas de forma isolada.
"Havia uma demanda de vagas para esses candidatos e essa medida é uma forma de melhorar a inclusão. É uma concepção geral que esta situação é uma forma de corrigir um histórico contra esses povos e que ainda existe, infelizmente", disse Filho ao G1.
Diniz explicou ainda que espera uma maior procura das pessoas contempladas pelo sistema. Apesar das vagas resevadas, ele garante que o nível do aprendizado permanecerá alto.
"Dessa forma, mais pessoas irão prestar o processo seletivo. Com isso, a concorrência ficará maior e o nível de exigência não vai diminuir", esclarece.