O Rio Tocantins é a grande referência da Chapada das Mesas. Ele corre entre montanhas e divide territórios. O caminho da viagem está desenhado nas pedras. A natureza levou milhões de anos para esculpir, do lado maranhense, o mapa do Tocantins.
O Globo Repórter visita um parque nacional com 160 mil hectares de área protegida. É um encontro de paisagens intrigantes, que lembram as savanas da África, mas em pleno cerrado brasileiro.
O Rio Pedra Caída é estreito. A trilha de madeira contorna a mata, cruza o rio e vai revelando um pequeno pedaço da grande riqueza da Chapada das Mesas: fartura de água.
O barulho da queda d'água da Cachoeira do Santuário é ensurdecedor. Ela salta de 50 metros e cai num buraco profundo. Seguindo o caminho das águas, a impressão é de que os rios correm sem pressa. Mas é só impressão, porque a maioria deles guarda belíssimos patrimônios naturais.
A Cachoeira de São Romão é a maior do estado em volume d´água. O Globo Repórter entra numa área que fica atrás da cortina d´água. O caminho é estreito, traiçoeiro. É muita água caindo de quase 30 metros de altura. A sensação é a de enfrentar uma tempestade. É preciso muito cuidado pra não escorregar, mas o risco é recompensado.
Por estar num parque nacional, a Cachoeira de São Romão é protegida pelas leis ambientais. Mas Dona Irene e Seu Jorge ajudam, e muito, a preservar esse belo patrimônio. Eles são os donos da área.
Casados há 47 anos, nasceram e se criaram na Chapada. Eles têm três filhos, seis netos e uma longa história de amor também com a cachoeira. Estão sempre de olho nos visitantes pra evitar que deixem lixo, qualquer sujeira na área.