21/01/2016 17h00 - Atualizado em 21/01/2016 19h17

Encontrei minha espiritualidade, diz Cauã Reymond sobre ‘Reza a Lenda’

Longa do diretor Homero Olivetto estreia nesta quinta-feira (21). No filme, ator é líder de um bando de motoqueiros em busca de justiça no sertão.

Estreia nesta quinta-feira (21) nos cinemas o filme ‘Reza a Lenda’, do diretor Homero Olivetto. O ator Cauã Reymond esteve no Estúdio i para comentar seu papel no longa. Na história, ele vive o líder de um bando de motoqueiros em busca de justiça no sertão. Em sua avaliação, o filme é uma mistura de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e “Mad Max”.

Para compor o protagonista, Cauã teve que fazer um treinamento intensivo. “Eu tirei a carteira mesmo. Todo jornalista quando vinha conversar comigo, falava: ‘ah, mas você anda de moto?’. Eu falava: ‘Não, eu aprendi realmente a andar de moto para o filme’. Tem uma história engraçada. Quando eu fui fazer a prova para tirar a habilitação, a gente chega um pouquinho antes e fica ali fazendo o circuito. Antes de começar minha prova, o inspetor falou: ‘Ah, você é o Cauã, o cara da novela. Dudu Nobre acabou de reprovar’. Me deu um branco durante o teste, mas eu passei", diz.

O personagem dele, o Ara, tem um lado marginal, mas que quer o bem da população e está buscando justiça. É um homem de poucas palavras e muita meditação.

“Eu considero nosso grupo, não só o Ara, todos os personagens, como um grupo de personagens punks, pops, de certa forma, que são pessoas que sofreram muito com a seca, perderam os pais por causa da fome, da seca, naquele ambiente. Eu vejo a gente, sim, de certa forma, como justiceiros”, define Cauã.

Nosso filme dialoga de forma sutil com a fé"
Cauã Reymond

Para o ator, o personagem não exerce a força a princípio dentro do grupo. Ele relata que foi interessante pesquisar o motivo desse silêncio e dessa conexão.

“Então, eu acho que o nosso filme dialoga de forma sutil com a fé. Quando a gente começou a ensaiar, eu estava em um momento supercético, bem ateu. Sou católico, fui batizado. Mas o começo do trabalho com o personagem, dos ensaios com o Chico Accioly, que foi o nosso preparador, foi muito bonito porque surgiu uma conexão com minha espiritualidade. Nesse encontro com o personagem, eu encontrei também minha espiritualidade”, afirma.

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