23/09/2015 13h31 - Atualizado em 07/10/2015 12h34

Para Bruno Gagliasso, ser ator é conversar com sua própria escuridão

Ator conversou com Bianca Ramoneda para o Ofício em Cena, da GloboNews.

Bruno Gagliasso poderia ter escolhido os papéis de galã e mocinho. É uma pessoa luminosa, de uma beleza chamativa. Mas o ator trilhou o caminho oposto, em busca de personagens sombrios, descompensados, desequilibrados, e faz disso um diálogo com a própria vida. São esses personagens que o motivam e é através deles que busca entender a si mesmo como ator, como pessoa: " Inquietude é o que me alimenta. Ser ator, para mim, é conversar com minha própria escuridão. Eu me faço presente, me faço existir, fazendo esse tipo de personagem, o esquizofrênico, o cara que se descobre homossexual, o psicopata. Porque são personagens que dialogam, fazem as pessoas refletir, pensar", diz o ator ao Ofício em Cena, da GloboNews.

O mergulho é profundo e tem consequências. Bruno Gagliasso conta que, em seu processo de entrega, leva os personagens para casa, sofre, sente o que eles sentem na ficção. Desaba. E só consegue emergir graças ao estudo minucioso, à preparação que faz antes de entrar nas peles de tipos tão difíceis de elaborar.   

“Pra mim, é muito difícil decorar um texto. Talvez meu calo seja aí também. Por isso que eu tenho que estar tão dentro do personagem, eu tenho que estar tão vivo, eu tenho que saber tanto da cena, eu tenho que estudar tanto para as palavras virem depois", destaca o ator.

 Confira a entrevista completa no GloboNews Play.