Pacheco diz que Congresso deverá discutir redução de despesas da máquina pública
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou que o pacote de corte de gastos aprovado recentemente não é um fim em si mesmo, ao citar que o Congresso Nacional vai discutir outras propostas que possam reduzir as despesas públicas no ano que vem. Entre elas, as que reduzam o tamanho do estado e que acabem com privilégios. O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), não acredita numa melhoria das contas nacionais. Ele reforçou a desconfiança dos investidores na "gastança" do Executivo. Já o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), questiona a variação do dólar diante do crescimento da econômia maior do que o previsto para este ano e da menor taxa de desemprego dos últimos anos.
Transcrição
PRESIDENTE DO SENADO DIZ QUE APÓS O PACOTE DE CORTE DE GASTOS DA EQUIPE ECONÔMICA, O CONGRESSO NACIONAL DEVERÁ DISCUTIR A REDUÇÃO DE MAIS DESPESAS DA MÁQUINA PÚBLICA.
A OPOSIÇÃO AVALIA QUE AS MEDIDAS DO GOVERNO NÃO SÃO SUFICIENTES PARA MELHORAR AS CONTAS DO PAÍS. LIDER GOVERNISTA QUESTIONA A DESCONFIANÇA DO MERCADO AO CITAR AUMENTO DO CRESCIMENTO E DO EMPREGO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
Ao comentar a variação do dólar, que superou os R$ 6 nas últimas semanas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que o Congresso Nacional "fez entregas efetivas" ao lembrar a aprovação do pacote de corte de gastos do governo. Entre as medidas estão um teto para o reajuste do salário mínimo e novas regras para a concessão de benefícios sociais. Rodrigo Pacheco citou ainda a regulamentação da Reforma Tributária e diferentes marcos legislativos, como o do mercado de carbono. Ele reforçou que essas iniciativas permitem o desenvolvimento econômico, social e sustentavel do País. O presidente do Senado declarou que essas propostas não são um fim em si mesmas, já que no ano que vem o Congresso Nacional vai discutir novos cortes de despesas.
Quando se propõe um pacote de corte de gastos, igualmente, apesar do tempo curto, fazer a entrega disso. Também não é o exaurimento, eu disse isso, que é o início de uma jornada de responsabilidade fiscal porque depois de entregue a Reforma Tributária certamente 2025 vai ser pautado por uma discussão sobre a qualidade do gasto público, o tamanho do estado brasileiro, combater privilégio, combater desperdício, combater excesso, ter eficiência do gasto público. Tenho perfeita convicção de que isso pode ser feito pelo Congresso Nacional em 2025 como foram feitas todas essas medidas muito difíceis até.
O líder da oposição, senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, descarta uma redução significativa do dólar pelos próximos dois anos. Ele ponderou que o governo do presidente Lula não vai conseguir ajustar as contas públicas porque gasta demais.
Quem está dizendo não sou só eu, é a percepção da economia no país de que o governo abriu mão de austeridade fiscal, de responsabilidade fiscal, de se ater aos parâmetros mínimos que permitam que haja confiança e estabilidade da nossa economia. Eu acho que dificilmente vamos conseguir reverter essa situação nos próximos dois ano. A partir do segundo trimestre do próximo ano, haverá uma aceleração da economia pela falta de confiança na política fiscal do governo.
Já o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá, questionou a variação do dólar ao destacar que neste ano o País terá um crescimento maior, estimado em 3,5% pelo Banco Central, e que a taxa de desemprego despencou este ano para cerca de 6%.
Há um movimento estranho em relação ao dólar, não há um movimento normal. Não é normal porque não dialogam com a realidade da economia brasileira esses números do dólar. Nós temos a melhor relação dívida PIB entre os países da OCDE. Nós temos uma reserva que é uma das melhores reservas cambiais entre todos os países da OCDe. Então, R$ 6 não é uma realidade com a economia brasileira.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que as mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional no pacote de corte de gastos representou uma perda de apenas R$ 1 bilhão de um total de R$ 71,9 bilhões na economia prevista com as medidas em 2025 e 2026. Da Rádio Senado, Hérica Christian.