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grupo de empresas portuguesas no setor de energia Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Galp é um grupo de empresas portuguesas no setor de energia. É detentora da Petrogal e da Gás de Portugal, sendo hoje um grupo integrado de produtos petrolíferos e gás natural, com atividades que se estendem desde a exploração e produção de petróleo e gás natural, à refinação e distribuição de produtos petrolíferos, à distribuição e venda de gás natural e à geração de energia elétrica. Atualmente está entre as maiores empresas de Portugal, controlando cerca de 50% do comércio de combustíveis neste país e a totalidade da capacidade refinadora de Portugal. Recentemente adotou uma estratégia agressiva de expansão no mercado de retalho espanhol e prossegue as suas actividades de exploração de hidrocarbonetos no Brasil em parceria com a Petrobras e a Partex e em Angola no consócio com a Sonangol.
Galp | |
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Razão social | GALP Energia, SGPS, S.A. |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | Euronext Lisboa: GALP |
Atividade | Indústria do petróleo Energia |
Gênero | Sociedade anónima |
Fundação | 1999 |
Sede | São Domingos de Benfica, Lisboa, Portugal |
Pessoas-chave | Paula Amorim (Chairman), Filipe Silva (CEO) |
Empregados | 17.389 (2019) |
Produtos | Exploração, distribuição de Gasolina,óleo, Gás Natural, Refinarias, Postos de abastecimentos, energia elétrica |
Subsidiárias | Companhia Logística de Combustíveis (65%) |
Valor de mercado | EUR 11,567 mil milhões (07/2017)[1] |
Lucro | EUR 1002 milhões (2023) |
Faturamento | EUR 15.204 mil milhões (2017) |
Antecessora(s) | Petrogal Gás de Portugal |
Website oficial | www.galp.com |
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A partir de 1846, é aprovada a consessão pública para a Companhia Lisbonense de Iluminação a Gás, que iniciaria o sistema de candeeiros a gás em Lisboa.[3]
Até ao final dos anos 30, Portugal era abastecido de produtos petrolíferos por várias empresas estrangeiras como a Shell, a Vaccum (que se viria a tornar a Vacuum-Socony e posteriormente Mobil) e a Atlantic.[4]
A SONAP (Sociedade Nacional de Petróleos) foi criada em 1933[3] graças ao impulso dos empresários Manuel Cordo Boullosa e Manuel Queiroz Pereira, e que deram origem à uma das maiores empresas portuguesas, a PETROGAL. A SONAP tinha um capital de três milhões de escudos, repartidos entre Manuel Cordo Boullosa (19%), Manuel Queiroz Pereira (19%), Steaua Française (56%) e outros nove accionistas minoritários, ou seja, 40% do capital português e 60% do capital francês.[5]
A necessidade de refinar localmente o petróleo está directamente ligada à criação do Decreto-Lei nº 1947, de 13 de Fevereiro (a Lei dos Petróleos), que, complementada pela Lei nº 1965, de 17 de Maio (Condicionamento Industrial), cria condições para posteriormente ser criada a Sociedade Anónima de Combustíveis e Óleos Refinados (ou SACOR) em 1938.[3]
A SACOR escolheria Cabo Ruivo, na zona oriental de Lisboa, que era uma zona tradicionalmente industrial, para instalar a sua refinaria, inaugurada a 11 de Novembro de 1947. Devido à Segunda Guerra Mundial e às limitações ao seu transporte e exportação por via marítima, viria a impedir que a refinaria atingisse o seu potencial de refinação (300.000t/ano).[3] Estes problemas já eram alvo da atenção do Estado português, que, através do Instituto Português de Combustíveis comprou quatro petroleiros (Gerez, Aire, Marão e Sameiro), que não foram suficientes para resolver o problema.
As empresas petrolíferas e o Estado iriam, a 13 de Junho de 1945, constituir a Soponata para ultrapassar tais dificuldades, detendo a SACOR metade do capital da nova empresa.
Terminada a guerra e com a aplicação da nova Lei nº 1947, que favorecia quem refinasse em Portugal, a SACOR obteria do Estado metade do mercado.
Em 1953, seria fundada a ANGOL em Angola (a Sonangol de hoje), seguindo-se, em 1957 a Moçacor em Moçambique (ainda hoje totalmente detida pela Galp), para a distribuição dos seus produtos nessa geografias.
Em 1958, a SACOR introduziria no mercado a gasolina super, e criou três companhias de gás: Gazcidla para o gás butano, Procidla para o gás propano e Lusogás para o gás de cidade.[4]
Em 1959, a SACOR criou a sua empresa de navegação, a SACOR Marítima, sendo que é este o ramo subsistente da SACOR.[4]
Nos anos que se seguiram à guerra assistiu-se um substancial aumento do parque automóvel, a SACOR criou uma rede de postos de abastecimento por todo o país. Muitos destes postos partilhavam o mesmo desenho, e são ainda hoje facilmente identificados pelo arco que abriga as bombas.
Em novembro de 1963, por um acordo entre as administrações SACOR e SONAP, trocaram participações, e em novembro de 1971 o Governo decidiu conceder a exploração da nova refinaria do sul ao consórcio entre SONAP e CUF, quebrando assim o monopólio da SACOR no setor do refino de petróleo.[5]
No pós-25 de Abril, estas empresas, mais a Gás de Lisboa (que era independente) foram nacionalizadas, tendo os seus negócios ultramarinos sido entregues às ex-colónias[6], e com o restante sido criado a Petrogal (petróleo) e a Gás de Portugal (gás)[3][5]. Estas viriam a ser transformadas em sociedades anónimas e viria a ser criada uma sociedade de gestão de participações sociais (SGPS), a Galp, que viria a ser privatizada.[3] Em 2005, a Portgás (negócios de gás natural no norte litoral de Portugal) foi vendida à EDP.
Atualizado em 6 de Setembro de 2024[7]
O Relatório de Sustentabilidade descreve os principais impactes económicos, sociais e ambientais da actividade da empresa, assim como a sua visão, compromissos, metas, ações e iniciativas implementadas e a implementar. O último[quando?] Relatório de Sustentabilidade publicado foi preparado segundo as Diretrizes de Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI), na sua mais recente versão,[quando?] G4, na opção “De acordo – Abrangente”. Foi também considerado o suplemento sectorial Oil & Gas G4 da GRI, conforme se verifica na Tabela GRI.[carece de fontes]
Foi definido um conjunto de compromissos de sustentabilidade Galp aprovados pela gestão de topo:[carece de fontes]
A Galp integra as principais listas e índices internacionais que avaliam o desempenho de sustentabilidade das empresas: DJSI, FTSE, CDP, Global 100, Ethibel Sustainability Index, Euronext Vigeo Indices.[carece de fontes]
A neutralidade deste artigo foi questionada. |
Na campanha de comunicação de apoio à Seleção Nacional no Euro 2004, criou o hino “Menos Ais”.[8]
A Galp alimentou o sonho da vitória da Seleção Nacional no Campeonato Mundial de 2006, sob o lema publicita´rio “Se a Galp é nº1 em Portugal, Portugal também pode ser nº1 no Mundial”. Mobilizou mais de 750 mil pessoas, adeptos inscritos, “de mãos dadas para chegar à Alemanha” a demonstrar o apoio à Seleção num Cordão Humano Virtual.
A Galp apelou à paixão dos portugueses para cobrir o autocarro da Seleção Nacional ao Euro 2008. A iniciativa convidava os adeptos a expressarem pessoalmente as suas emoções, deixando mensagens de apoio no autocarro da Seleção Nacional, o mesmo do anúncio Galp Euro 2008, onde a Galp Energia os conduzia até à vitória.
A Galp comercializou centenas de milhares de vuvuzelas nos seus postos de abastecimento nos meses que antecederam a competição. Mabhuti, estrela sul-africana especialista em tocar vuvuzela, veio a Portugal para ensinar a sua técnica e arte, tendo efetuado uma digressão associada à campanha Vamos lá Portugal. Vários jogadores da Seleção também aprenderam a tocar este típico instrumento africano, como forma de celebrarem a presença de Portugal no Mundial da África do Sul.
“11 por todos e todos por 11” foi o mote da campanha de apoio à Seleção Nacional no Euro 2012, criada pela Galp Energia. Começou com um movimento no Facebook e ganhou dimensão através do filme Carta a Portugal, onde o jovem Guilherme transmitiu os seus desejos aos jogadores, durante o estágio da Seleção.[9]
Com a campanha “Portugal é o Mundial”, a Galp foi a patrocinadora oficial da Seleção do Mundial 2014 que se realizou no Brasil. E, para mostrar que “somos muito mais que 10 milhões” a J. Walther Thompson criou um anúncio filmado em sete países. A campanha recebeu louvor pela “diversidade cultural”.
A campanha Galp apoia selecção nacional de futebol de apoio à Seleção Portuguesa de futebol no Euro 2016 mostra portugueses que, pelos seus méritos próprios, obtiveram sucesso em França. Barbara Cabrita, atriz, Ricardo Vieira, pianista, António Teixeira e Mapril Baptista, empresários. Foi criada também pela Galp uma página de apoio à selecção no Facebook, com o mote #DeixaTudoEmCampo.[10]
A campanha “Leva Portugal a Peito” da Galp para apoio à seleção no Mundial de 2018 acabaria por ser reconhecida como a melhor campanha de 2018 pelos Prémios de Marketing do jornal especializado Meios & Publicidade.[11][12]
A campanha “Juntos, Limpamos o Mundial”, a Galp, como patrocinadora oficial da Seleção para o Mundial de 2022, prometeu compensar as emissões de carbono da deslocação da comitiva portuguesa no Mundial através de projetos de compensação de carbono em regiões onde a empresa atua, como o projeto de reflorestação associado aos Passadiços do Paiva e os projetos de fornecimento de água potável nas províncias de Manica, Sofala e Tete, em Moçambique.[13]
A campanha “Não tens de saber de futebol para gostar de Portugal. Toda a Energia é bem-vinda”, a empresa, que já patrocina a seleção a quase 25 anos, procurou chamar todos os portugueses, adeptos ou não de futebol, para apoiarem a seleção. A campanha com um tom humorístico apresentou também algumas distribuições de bilhetes e descontos para clientes ao longo do campeonato.[14]
A Galp em Espanha tem 572[15] postos de abastecimento e 7% de quota de mercado.
A Galp tem em Moçambique uma quota de mercado de cerca 13%[16], vendendo 105.000[16] t de Combustiveis em 34[17] Postos.
A Galp tem em Angola uma quota de mercado de cerca 7%[16], vendendo 245.000[16] t de Combustiveis em 46[17] postos de abastecimento.
A Galp tem na Guiné Bissau uma quota de mercado de cerca 50%[16], vendendo 32.000[16] t de Combustiveis em 11[17] postos de abastecimento.
A Galp está presente em Cabo Verde através da Enacol[16] (48,3%) e Enamar (48,3%). Através destas duas empresas, tem uma quota de mercado de 70%[16], vendendo 219.000[16] t de Combustiveis.
Em termos de infraestruturas tem 4[16] parques de armazenagem (sendo 1 de GPL), 24[16] postos de abastecimento e 16[16] lojas.
A Galp tinha na Gâmbia uma quota de mercado de cerca 44%[16], vendendo 33.000[16] t de Combustiveis em 11[17] postos de abastecimento.
A Galp tem no Essuatíni uma quota de mercado de cerca 39%[16], vendendo 79.000[16] t de Combustiveis, em 22[17] postos de abastecimento.
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