Loading AI tools
antigos povos iranianos da Antiguidade clássica que viviam na estepe pôntico-cáspia Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Sármatas (em latim: sarmatae) ou sauromatas (em latim: sauromatae) eram um povo a quem Heródoto no século V a.C. localizou na fronteira oriental da Cítia além do rio Tánais (Don). Eles eram povos iranianos relacionados com os citas e os Sacas. Os numerosos nomes pessoais iranianos nas inscrições gregas da costa do Mar Negro indicam que os sármatas falavam um dialeto iraniano norte-oriental relacionado com o sogudiano e com o osseto.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Junho de 2017) |
Heródoto (4.110-117) relata um conto da origem dos Sauromatae, como os descendentes de um bando de jovens citas e de um grupo de amazonas, desta forma explicando o que poderia ter sido a sua língua iraniana norte-oriental - uma forma impura do cita - e a forma pouco comum de liberdade das mulheres Sauromatae, inclusive participando das guerras - uma herança de suas ancestrais amazonas. Escritores posteriores chamavam a alguns deles de "Sarmatae governados por mulheres" (γυναικοκρατούμενοι). Hipócrates (De Aere, etc., 24) os classificou como citas.
Tácito menosprezou os sármatas (Germânia, cap. 46), colocando-os como habitantes das florestas, não das estepes, tendo um "aspecto degradado"; sua visão dos sármatas como "vivendo montados e em vagões" soa mais apropriada.
Depois, Pausânias, vendo oferendas comemorativas próximo à Acrópole de Atenas no século II (Descrição da Grécia 1.21.5-6) encontrou entre elas
A grande maioria dos nomes bárbaros que ocorrem nas inscrições de Ólbia, Tánais e Panticapeu são supostamente sármatas, sendo conhecidos das línguas iranianas agora faladas pelos ossetos do Cáucaso (o osseto), que são supostamente os modernos representantes dos sármatas e podem ser mostrados como sendo diretamente ligados aos alanos, uma das tribos sármatas.
No século III a.C. parecem ter suplantado os citas nas planícies onde hoje é o sul da Ucrânia, onde se mantiveram dominantes até as invasões hunas e góticas. Suas principais divisões eram os roxolanos; os jáziges, com quem os romanos tinham negócios no Danúbio e e no Tisza; os taifalos e os alanos.
Heródoto descreve a aparência física dos sármatas como louros, vigorosos e bronzeados.
Os sármatas ainda eram uma força com a qual os romanos tinham que lidar no século IV. Amiano Marcelino (29.6.13-14) descreve várias derrotas que os invasores sármatas infligiram às forças romanas na província de Valéria, na Panônia, no final de 374, quando eles quase aniquilaram uma legião convocada da Mésia e uma da Panônia, que haviam sido enviadas para interceptar um bando sármata que havia perseguido um graduado oficial romano chamado Equício dentro do território romano.
O termo Sarmácia é aplicado pelos antigos escritores ao que é conhecido como Europa central e oriental, inclusive tudo o que as antigas autoridades chamavam de Cítia, sendo esse nome transferido para regiões mais a leste. A Geografia de Ptolomeu mostra mapas da Sarmácia europeia e asiática.
Em uma recente escavação de sítios sármatas por Jeannine Davis-Kimball, foi encontrada uma tumba onde terão sido enterradas guerreiras, proporcionando dessa forma algum crédito ao mito grego das amazonas. Após as escavações de 2003, ela e Joachim Burger compararam as evidências genéticas do sítio com os nômades cazaques e encontraram uma impressionante ligação genética - verificada depois pela Universidade de Cambridge - levando a crer que a tese de que os povos turcos que se expandiram para essa região não exterminaram nem expulsaram completamente os habitantes iranianos originais, mas na verdade assimilaram um número significante deles.
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.