Com direito à canetinha stylus chamada de S Pen, o Galaxy Note 7 foi anunciado pela Samsung na tarde desta terça-feira (2). O smartphone premium entra em pré-venda no dia 22 de agosto por R$ 4.299. Até lá, fãs da linha Note e consumidores em busca de um telefone "para trabalhar" podem se perguntar se vale a pena adquirir o irmão do Galaxy S7. Para começar a responder a essa pergunta, realizamos os primeiros testes do Note 7 ainda no evento de lançamento, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro.
A fabricante sul-coreana tem razão quando diz que o telefone não parece ter 5,7 polegadas. Apesar da tela enorme e de boa qualidade (estamos falando de um Super AMOLED com resolução Quad HD de 2560 x 1440 pixels), ela não faz com que o smartphone fique grande nas mãos. Ele está enxuto e agradável de segurar, além de ser bastante elegante. Vale destacar ainda que tanto na parte da tela quanto na traseira as bordas são curvadas, o que demonstra um cuidado a mais com o design do produto.
Testamos o Galaxy Note 7, o celular da Samsung com scanner de íris
O principal chamariz, sem sombra de dúvida, é o scanner de íris. A proposta dele é funcionar em conjunto com o leitor de impressões digitais para proteger os dados do dono do telefone. A tecnologia permite desbloquear a tela do telefone e liberar o acesso aos aplicativos do Android, assim como liberar compras feitas com o Samsung Pay, o sistema de pagamentos com celular da marca.
Nos testes iniciais, o scanner de íris mostrou-se muito fácil de configurar. O dono do Galaxy Note 7 só precisa ir até os ajustes do Android, perto de onde ficar as configurações do leitor de impressões digitais. Em seguida, selecionar o desbloqueio por íris. O passo seguinte é trazer o smartphone para a altura dos olhos, a uma distância de aproximadamente 25 centímetros. Um sensor localizado na parte da frente, acima da tela, faz a leitura da íris e armazena os dados no dispositivo. A partir daí é só alegria.
O leitor de íris foi extremamente rápido para desbloquear o telefone. É preciso trazê-lo mais para perto do rosto para que, em milésimos de segundo, a tela inicial do aparelho esteja disponível para uso. Segundo o responsável pela chegada do Note 7 ao Brasil, Renato Citrini, a biometria com informações dos olhos é 200 vezes mais precisa do que o leitor de impressões digitais. A tecnologia também vai funcionar com uma pasta supersegura, à qual só o dono do aparelho terá acesso.
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A caneta stylus batizada de S Pen ficou mais esperta. A precisão dela é impressionante ao fazer anotações, como se fosse em um post-it. Profissionais de desenho devem aproveitar ainda mais a função. Já a ferramenta de tradução facilita na hora de selecionar uma só palavra e descobrir o que ela significa em outro idioma. Apesar de ser um recurso bem integrado entre o hardware e o software da Samsung, a função também existe no Google Tradutor por meio do Tocar para Traduzir.
O Galaxy Note 7 está veloz. Ele chega a este resultado devido ao processador octa-core da linha Exynos. Conforme o clock do processador vai perdendo importância no mundo dos celulares premium, o funcionamento dele com a memória RAM passa a ser mais requisitado. No sucessor do Galaxy Note 5 há 4 GB, o que deve ser o suficiente para a maioria dos usos de um telefone de alto desempenho. A projeção leva em consideração que esta é a mesma combinação presente no Galaxy S7 Edge, com bom resultado. No entanto, somente experimentos mais extensos poderão trazer resultados conclusivos. Por ora dizemos que é um produto promissor.
As demais especificações do novo Note estão de acordo com as melhores práticas do mercado. A câmera principal tem 12 megapixels, "menos" do que os 16 MP presentes no modelo anterior. A Samsung jura que a redução foi por um bom motivo: os pixels têm maior qualidade, e é isso que importa. Já a câmera frontal (para selfies) tem 5 MP.
O Galaxy Note 7 é resistente à água graças à certificação IP68, mas não pudemos testá-lo em nenhum ambiente úmido. Em tese, ele vai resistir por até 30 minutos submerso em até 1,5 metro. Ainda em relação à resistência, a fabricante incluiu nesta nova geração o vidro Gorila Glass 5, com proteção contra riscados, arranhões e trincados.
E sobre o preço, com os mesmos R$ 4.299 do Galaxy Note 7, é possível comprar um iPhone 6S Plus. Mas o kit do aparelho Apple não inclui fones de ouvido wireless e óculos de realidade virtual. Além disso, ele tem 16 GB, um quarto do armazenamento do Note 7 e não conta com o leitor de íris. Ainda neste valor, é possível comprar um Sony Xperia Z5 Premium, que tem como principal atrativo a tela 4K.
Com especificações iguais ou superiores às vistas no Galaxy S7, o Galaxy Note 7 passa a ser o smartphone top de linha da Samsung. Seus diferenciais são o scanner de íris, para maior segurança, e a canetinha stylus, para quem manipula dados ou desenha no celular. As vantagens podem ser suficientes para justificar o preço caso o consumidor esteja em busca de um celular que o acompanhe na rotina diária de trabalho ou que o satisfaça no entretenimento, já que tem uma tela grande, brilhante e de alta qualidade. Assim, o Note 7 se apresenta como o suprassumo da tecnologia móvel em 2016.
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