O que causa a leucemia no sangue?

Embora infecções no sangue não causem leucemia, a relação entre os dois é significativa, especialmente em pacientes já diagnosticados com a doença. A compreensão dos sintomas e fatores de risco associados à leucemia é crucial para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.

Pacientes e familiares frequentemente perguntam se uma infecção no sangue pode evoluir para leucemia. Essa preocupação é natural, pois tanto infecções graves quanto leucemia são condições sérias, que podem apresentar sintomas iniciais semelhantes, como febre e fadiga. No entanto, é essencial compreender que essas duas doenças têm causas completamente diferentes e seguem mecanismos distintos de desenvolvimento, o que impede que uma infecção no sangue se transforme em leucemia. Entender essa distinção ajuda a evitar confusões e preocupações desnecessárias.

O que é leucemia?

A Leucemia é um tipo de câncer hematológico, ou seja, que afeta o sangue e a medula óssea, local onde são produzidas as células sanguíneas. Em especial, a leucemia compromete a produção e o funcionamento dos leucócitos (glóbulos brancos), que têm um papel fundamental no sistema imunológico. A doença surge quando a medula óssea passa a produzir leucócitos imaturos e anormais em grande quantidade, impedindo o desenvolvimento adequado das células sanguíneas normais. Esse desequilíbrio prejudica a resposta imunológica do organismo, além de comprometer outras funções essenciais.

Tipos de Leucemia

  • Leucemia Mieloide Aguda (LMA): A leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer agressivo que progride rapidamente, exigindo tratamento imediato.
  • Leucemia Mieloide Crônica (LMC): A leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer agressivo que progride rapidamente, exigindo tratamento imediato.
  • Leucemia Linfocítica Aguda (LLA): É a forma mais comum de leucemia em crianças, de crescimento rápido e com necessidade de tratamento imediato.
  • Leucemia Linfocítica Crônica (LLC): Desenvolve-se de forma lenta e geralmente afeta adultos, podendo ser monitorada por longos períodos antes de exigir intervenção ativa.

Esses subtipos de leucemia apresentam sintomas e características próprias, mas todos têm em comum o acúmulo de células imaturas no sangue, que prejudicam o sistema imunológico e outras funções vitais

O que é infecção no sangue?

A infecção no sangue, ou sepse, é uma condição médica grave causada pela presença de patógenos como bactérias, vírus ou fungos na corrente sanguínea. Quando esses agentes invadem o sistema sanguíneo, podem desencadear uma resposta inflamatória generalizada, levando a complicações como falência de órgãos e choque séptico, uma condição que pode ser fatal.

A sepse normalmente ocorre quando uma infecção localizada em outra parte do corpo, como pulmões, trato urinário ou pele, entra na corrente sanguínea e se dissemina. Uma vez que essa infecção se espalha, é necessária uma intervenção médica urgente, envolvendo antibióticos potentes e suporte clínico intensivo, para prevenir o agravamento do quadro e salvar a vida do paciente.

O que causa infecção no sangue?

A sepse, na maioria das vezes, é uma consequência de uma infecção existente que se alastrou para o sangue. Infecções respiratórias graves, infecções urinárias e infecções de pele são algumas das principais causas de sepse. Condições médicas que enfraquecem o sistema imunológico, como diabetes, insuficiência renal, HIV e câncer, também aumentam a vulnerabilidade a infecções graves.

Qual a relação entre leucemia e infecção no sangue?

Embora leucemia e infecção no sangue sejam condições sérias que afetam o sistema sanguíneo, elas não estão diretamente relacionadas em termos de causa e efeito. Uma infecção no sangue não causa leucemia; ambas têm origens e mecanismos distintos. No entanto, a confusão entre as duas doenças pode surgir por conta de alguns fatores:

  • Sintomas Semelhantes (H3): A leucemia e a sepse podem provocar sintomas parecidos, como febre, fadiga intensa, palidez e sensação de mal-estar, o que pode levar a mal-entendidos. Esses sintomas comuns geram dúvidas em pacientes que, ao buscar informações, podem associar erroneamente uma infecção no sangue ao câncer.
  • Comprometimento do Sistema Imunológico (H3): Pacientes com leucemia apresentam um sistema imunológico enfraquecido, o que os torna mais suscetíveis a infecções graves, incluindo a sepse. Isso ocorre porque as células leucêmicas ocupam espaço na medula óssea, comprometendo a produção de glóbulos brancos saudáveis, que são essenciais para combater infecções. Como resultado, pacientes com leucemia estão em maior risco de desenvolver infecções graves, o que pode aumentar a percepção errada de que uma infecção pode “evoluir” para câncer.
  • Informações Incompletas ou Incorretas na Internet (H3): Muitas vezes, pacientes que buscam respostas online encontram informações incompletas ou confusas, o que pode gerar interpretações erradas. Textos que não esclarecem bem a diferença entre leucemia e sepse contribuem para a perpetuação de mitos e dúvidas.

Qual é o risco das infecções em pacientes oncológicos?

Pacientes com leucemia enfrentam um alto risco de infecções, tanto pela própria doença quanto pelos tratamentos, como a quimioterapia, que reduzem a imunidade. Essa vulnerabilidade significa que mesmo uma infecção relativamente leve pode se transformar em uma ameaça séria.

Para minimizar riscos, é crucial que pacientes oncológicos mantenham um acompanhamento médico rigoroso, sigam todas as recomendações de vacinação, ou seja, tomar todas as vacinas recomendadas, pratiquem uma higiene rigorosa e procurem atendimento ao menor sinal de infecção. Esses cuidados são indispensáveis para proteger a saúde e prevenir complicações graves que podem surgir em pacientes com um sistema imunológico comprometido.

Revisão médica:

Dra. Fernanda Frozoni Antonacio

Oncologista Clínica

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