Telenovelas de Horário Nobre da SIC

Uma das primeiras produções da Rede Globo a passar na recém-inaugurada SIC, em outubro de 1992. Horário:21h. Inspirada na obra homónima de Jorge Amado e com Patrícia França como protagonista.
1992

Primeira telenovela a passar no horário nobre da SIC, em 1992-1993. Telenovela marcada pela tragédia do assassinato de Daniela Pérez, filha da autora Glória Pérez, "De Corpo de Alma" passou relativamente despercebida e foi incapaz de beliscar a liderança da produção luso-brasileira "Pedra Sobre Pedra", exibida na RTP1. Horário: 21h; 20h.
1992-1993

Exibida em 1993 pelas 21h.
1993

Exibida em 1993.
1993

Exibida em 1993-1994 pelas 19h45. Após o êxito de "Pantanal" na Rede Manchete, Benedito Ruy Barbosa foi contratado pela Rede Globo para fazer uma produção na mesma linha. Sucesso de audiências no Brasil, "Renascer" teve dificuldade em alcançar resultados semelhantes deste lado do Atlântico. A RTP ainda era senhora absoluta da televisão portuguesa com a também produção da Globo "O Dono do Mundo".
1993-1994

Exibida em 1994 pelas 20h40. Primeiro grande êxito de audiências da estação de Carnaxide e primeira telenovela do canal a liderar as audiências. A história das duas gémeas rivais interpretadas por Glória Pires subiu degrau a degrau na escadaria do audímetro numa época em que a RTP dava sinais de desgaste e começava a ter dificuldade em comprar novelas à Rede Globo. "Mulheres de Areia" colheu o público da RTP decepcionado com a bizarra história de "Mandala", então uma produção já com sete anos.
1994

Exibida em 1994-1995 pelas 20h40. O último episódio foi o programa mais visto da televisão portuguesa em 1995. A trama com contornos sobrenaturais protagonizada por Cristiane Torloni que havia regressado da sua polémica estadia em Portugal, era um remake de um original dos anos 1970. Se no início a novela ainda teve a concorrência de "Fera Ferida" na RTP, o contrato de exclusividade entre a SIC e a Rede Globo permitiria à estação de Carnaxide reinar suprema a partir de 1995.
1994-1995

Exibida em 1995, consolidou a liderança de audiências no horário.
1995

Exibida em 1995-1996. Último episódio valeu-lhe 37% de rating, fazendo de "A Próxima Vítima" a novela mais vista da SIC até aos dias de hoje. O interesse pela identidade do assassino que ao longo dos meses havia feito um rol de vítimas com um oráculo chinês como elo de ligação, levou a SIC a resultados estratosféricos acima dos 80% de share.
1995-1996

Exibida em 1996 manteve valores na casa dos 30% de rating. A história abordava a temática da cultura cigana e os relacionamentos estabelecidos através do então recém-criado mundo online.
1996

Estreada em 1995 e exibida inicialmente no horário nobre de fim-de-semana, o seu sucesso levou a que se transformasse na novela da noite semanal em julho de 1996, após o término de "Explode Coração". Novela de Manoel Carlos, protagonizada por Regina Duarte no papel de Helena, a trama abordava a relação tumultuosa de uma mãe divorciada com a sua filha adolescente e grávida. No último episódio, é descoberto que a mãe é afinal tia da rapariga...
1996

Estreada em setembro de 1996, foi uma das novelas mais vistas da estação nos anos 90, conquistando regularmente valores acima dos 30% de rating. Novela de Benedito Ruy Barbosa e protagonizada por António Fagundes, ainda hoje é recordada pela sua primeira fase digna de qualquer produção cinematográfica de primeira linha.
1996-1997

Exibida em 1997, desceu ligeiramente os valores da antecessora. Protagonizada por Eva Wilma, passava-se numa cidade fictícia culturalmente anglo-saxónica no Brasil.
1997

Exibida em 1997-1998. De olho na popularidade de Glória Pires junto do público português, Emídio Rangel escolheu colocar a então novela das seis da Globo no horário nobre.
1997-1998

Estreada em 1997 no horário das 19h, saltou para o horário nobre em maio de 1998 em substituição de "Anjo Mau". O enredo da autoria de Manoel Carlos centrava-se mais uma vez na relação entre uma mãe e uma filha, desta vez ambas grávidas. A morte do recém-nascido da filha leva a mãe a colocar o seu filho no lugar do neto, sem aquela saber, levando à construção de um enredo como só Maneco sabe tecer.
1998

Estreada em julho de 1998 e exibida até abril de 1999, levantou os valores do horário para os melhores resultados desde "O Rei do Gado". Uma das produções mais caras da Globo da década de 1990, a novela foi mal recebida pela crítica que não perdoou o capricho de fazer explodir o principal espaço à volta do qual girava a trama, um centro comercial.
1998-1999

"Suave Veneno" manteve a liderança da SIC, que à época reinava hegemonicamente durante todo o dia com o dobro dos resultados da RTP1. História bastante fraca protagonizada por uma Glória Pires desnorteada a assumir múltiplas identidades.
1999

Um dos últimos grandes êxitos da SIC. A telenovela brasileira atingiu frequentemente valores acima dos 30% de rating. Giuliana e Mateo conquistaram os portugueses. A saga dos imigrantes italianos no Brasil no final do século XIX foi sem dúvida um dos pontos altos da ficção brasileira da Rede Globo.
1999-2000

Minissérie exibida na Primavera de 2000 em comemoração dos 500 anos do descobrimento do Brasil. Exibida em simultâneo com "Terra Nostra".
2000

Primeira telenovela da noite da SIC a perder a liderança das audiências. O responsável: Big Brother da TVI. Derrota injusta face à novidade dos reality-shows, "Laços de Família" de Manoel Carlos era, no entanto, uma das melhores telenovelas já produzidas pela Rede Globo, numa época na viragem do milénio em que a ficção telenovelesca brasileira pareceu atingir o seu zénite. Como todas as histórias de autor, o foco era a relação mãe-filha, desta vez marcadas pela paixão por um mesmo homem, o então jovem e perturbadoramente sensual Reynaldo Gianecchini. A este drama juntavam-se os segredos do passado que acabam sempre por vir à tona.
2000-2001

Face à queda das audiências do horário, a SIC resolve mudar a então telenovela das 19h, "Uga Uga", que atingia resultados cada vez mais levados, para a noite. A estratégia não resultou e a telenovela regressaria à tarde em menos de um mês. "Uga Uga" era uma novela com características pouco comuns no género, cuja principal era o índio Tatuapu.
2001

Estreada em setembro de 2000, foi um dos primeiros grandes fracassos no horário. Foi posteriormente transferida para as 15h. Ambientada durante a II Guerra Mundial e protagonizada pela então startelet emergente, Maria Fernanda Cândido, e Edson Celulari.
2000

"Porto dos Milagres", estreada em março de 2001, não conseguiu manter os bons índices dos últimos episódios de "Laços de Família". A rival "Olhos de Água" da TVI levou a melhor. Baseada em alguns romances de Jorge Amado, a produção não vingou num país cuja memória de "Gabriela" já era algo distante.
2001

Primeira telenovela portuguesa da SIC, com Catarina Furtado, não convenceu. A produção viria a conhecer posteriormente vários horários, fim-de-semana, 17h, até que estacionou nas 19h. Mudanças de autor, episódios regravados, personagens dispensados, alterações no enredo marcaram uma produção bastante fraca e um arranque da produção nacional da SIC com o pé esquerdo. Recordo algumas cenas de Catarina Furtado a tentar chorar. A "sirigaita", como é carinhosamente tratada por Maria Vieira, provou que já não era a "namoradinha de Portugal" que conquistou o país nos anos 1990.
2001

Com uma forte concorrência por parte da TVI no outono de 2001, estação que exibia êxitos como "Anjo Selvagem" ou "Filha do Mar", a SIC responde com "As Filhas da Mãe". Face aos fracos resultados, a novela é transferida para o horário das 19h, onde conquista a liderança. Fracasso no Brasil, a telenovela também esteve longe de ser um hit em Portugal, não obstante o facto de seguir a mesma linha de outras tramas do autor que haviam sido autênticos êxitos no passado como "Guerra dos Sexos" ou "Sassaricando", evidenciando o desgaste das novelas brasileiras por cá. Protagonizada por Fernanda Montenegro no papel de uma mulher que é obrigada a esconder a sua identidade, tornando-se eventualmente numa famosa atriz de Hollywood, e que a certa altura resolve regressar ao Brasil e recuperar o amor das filhas. Uma delas, Ramona, interpretada por Cláudia Raia, foi provavelmente a primeira personagem trans de uma telenovela. As audiências não fizeram justiça à qualidade do enredo. Uma das minhas preferidas.
2001