Malásia anuncia retomada da busca pelo voo MH370
20 de dezembro de 2024O governo da Malásia anunciou nesta sexta-feira (20/12) ter dado sinal verde para a retomada de operações de busca do voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu com 239 pessoas em março de 2014.
Em uma coletiva de imprensa, o ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, disse que está negociando um acordo para que a empresa de exploração britânica Ocean Infinity assuma a busca pelo avião em uma área de 15 mil quilômetros a oeste da Austrália.
Loke chamou as informações da Ocean Infinity sobre a possível localização do avião de "confiáveis" e acrescentou que espera assinar um acordo no início de 2025, assim que os termos forem definidos.
"Sem localização, sem pagamento"
"Essa nova busca será conduzida sob o princípio de 'sem localização, sem pagamento'. De acordo com esse princípio, o governo da Malásia não terá que pagar nenhuma taxa à Ocean Intinity se os destroços não forem encontrados", disse o ministro em um comunicado transmitido pela televisão malaia.
Loke disse que os esforços das autoridades malaias para encontrar o avião têm como objetivo permitir que as famílias possam colocar um ponto final à tragédia.
Ainda segundo o ministro, a Ocean Infinity receberá 70 milhões de dólares (R$ 425 milhões) "se os destroços encontrados forem substanciais".
Dez anos de mistério
O voo MH370 desapareceu em 8 de março de 2014, cerca de 40 minutos após decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, quando, ao deixar o espaço aéreo da Malásia e entrar no espaço aéreo do Vietnã, desviou-se da rota para o sul do Oceano Índico, sem causa conhecida até o momento.
A última transmissão do avião foi cerca de 40 minutos após a decolagem de Kuala Lumpur para Pequim. Pouco depois, seu transponder foi desligado, dificultando o rastreamento.
A análise dos dados de satélite indicou que o avião provavelmente caiu em algum lugar no sul do Oceano Índico, na costa da Austrália Ocidental.
Destroços, alguns confirmados e outros que se acredita serem do avião, apareceram ao longo da costa da África e em ilhas do Oceano Índico.
A bordo do Boeing 777 estavam 153 chineses, 50 malaios (12 dos quais eram tripulantes), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos.
Inicialmente, a Malásia, a China e a Austrália realizaram uma busca conjunta de cerca de 120 mil quilômetros quadrados no Oceano Índico, mas encerraram as operações em janeiro de 2017, sem conseguirem encontrar os destroços.
A Ocean Infinity também tentou localizar o avião em uma área de 25 mil quilômetros quadrados entre janeiro e junho de 2018, também sem sucesso.
md (EFE, Reuters, AFP)