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Tech Trends 2024

Como lideranças e organizações pioneiras estão construindo o futuro por meio da inovação tecnológica emergente

O 15º relatório anual "Tech Trends" da Deloitte ajuda as lideranças empresariais e tecnológicas a separar o sinal do ruído e a adotar a evolução da tecnologia como uma ferramenta para revolucionar os negócios.Seis tendências tecnológicas emergentes demonstram que, em uma era de máquinas generativas, é mais importante do que nunca que as organizações mantenham uma estratégia empresarial integrada, uma base tecnológica sólida e uma força de trabalho criativa.

 

Elevando forças

 

A história da TI tem sido uma evolução constante de inovações pioneiras em interação, informação e computação, que juntas servem como os três pilares duradouros da computação moderna.

  • Interfaces em novos lugares: computação espacial e o metaverso industrial
    À medida que o metaverso industrial se transforma em ferramenta empresarial, as tecnologias espaciais estão tomando conta das aplicações industriais, utilizando dados e IA para replicar processos da vida real. No Brasil, o Agronegócio é um setor que tem sido pioneiro no uso da computação espacial. Aplicações como treinamento de colaboradores, simulações de colheitas e plantações, análise de dados, comércio e a possibilidade de proporcionar uma experiência imersiva a consumidores em feiras e eventos.
  • Gênio fora da garrafa: IA generativa como catalisador de crescimento
    Desde que a tecnologia GenAI explodiu em cena, muitas empresas têm lutado para determinar como seus negócios poderiam se beneficiar. A resposta pode ser mais simples do que se pensa. Duas pesquisas recentes da Deloitte, uma Global e outra local, nos mostram que o Brasil está acelerando seus investimentos em inteligência artificial de forma significativa, indicando inclusive um índice superior à média global.
  • Mais inteligente, não mais difícil: além da computação de força bruta
    As empresas estão aproveitando melhor a infraestrutura existente e adicionando hardware de ponta para acelerar os processos. Em breve, alguns olharão totalmente além da computação binária. Na perspectiva brasileira, de forma conservadora, espera-se um crescimento de 40 a 50% neste ano, impulsionado pelas indústrias de energia, óleo e gás, educação e pesquisa e telecom.

 

Forças de base

 

Os sistemas e investimentos existentes – representados pelos negócios de tecnologia, cibernética e confiança, e modernização central – precisam se integrar bem com inovações pioneiras para que as empresas possam operar sem problemas enquanto crescem.

  • Do DevOps ao DevEx: capacitando a experiência de engenharia
    Um novo foco está surgindo para as empresas que se dedicam a atrair e reter os melhores talentos tecnológicos: a experiência do desenvolvedor. O termo DevEx ainda não é plenamente difundido e adotado no Brasil. No entanto, estudos de produtividade e a adoção desses termos por empresas importantes no setor, como a GitHub, começou a difundi-los com maior intensidade e, em breve, devemos vê-los com mais frequência no mercado e nas organizações.
  • Defendendo a realidade: a verdade na era da mídia sintética
    Com a proliferação de ferramentas de IA, ficou mais fácil do que nunca fingir e enganar, mas as principais organizações respondem às possíveis falsificações por meio de uma combinação de políticas e tecnologias. No Brasil, por exemplo, houve um aumento de 830% no uso de deepfake entre 2022 e 2023, conforme apontou a pesquisa da Sumsub – uma plataforma internacional de verificação.
  • Treino básico: da dívida técnica ao bem-estar técnico
    As empresas que queiram liderar no futuro precisam abandonar abordagens fragmentadas à dívida técnica em favor de um novo quadro holístico de bem-estar técnico. Pesquisa Global de Lideranças de Tecnologia, realizada pela Deloitte, ouviu 1.1179 respondentes, sendo 47 executivos de do Brasil, e demonstrou justamente a preocupação em endereçar este tema e o quanto isto tem consumido de seus orçamentos de TI.

Visão Brasil

 

O propósito no centro das atividades
Um importante passo para a indústria no Brasil é colocar o propósito no centro da mineração e dos metais, criando uma dinâmica social e tomando para si a narrativa de uma mineração responsável. Com a procura de determinados metais críticos a ultrapassar a oferta no curto prazo, a indústria necessitará, provavelmente, buscar maior capacidade em regiões anteriormente não minadas. Diante dessa expectativa, é necessário que as organizações insiram propósito em todas as ações e gerar valor a todas as partes interessadas, sobretudo os povos originários.

Navegando pela incerteza global
A elaboração de estratégias dinâmicas e a incorporação dessas ações podem ajudar a permitir que o setor de mineração e metais se adapte a cenários em mudança e abrir margem para seguir diferentes caminhos, à medida em que as situações e as prioridades mudam. Neste cenário, o Brasil se destaca positivamente como um local democrático, localizado em uma região livre de conflitos geopolíticos e por configurar entre as 10 maiores economias do mundo. Assim, o País possui elementos que o diferenciam nesse cenário desafiador e, ao adotar uma perspectiva otimista, pode capitalizar sua posição estratégica e reforçar sua contribuição para um ambiente mais equilibrado e promissor para as organizações.

Iniciativas rumo ao carbono zero
Como fornecedoras das matérias-primas necessárias para criar um futuro sustentável, as empresas de mineração e metalurgia estão perfeitamente posicionadas para liderar o caminho em termos de sustentabilidade. De acordo com o levantamento, as organizações que agirem rapidamente poderão ser recompensadas através de maior resiliência e oportunidades de geração de valor. As organizações devem ir além do combate às emissões como uma questão autónoma e aplicar uma abordagem ampla e inovadora para mitigar as alterações climáticas, incluindo a criação de planos de ação para uma transição climática justa, que traga avanços para a sociedade, enquanto respeita as comunidades envolvidas Isso implica em garantir que as mudanças para reduzir os impactos ambientais não prejudiquem grupos sociais, mas, sim, gerem benefícios para todos, promovendo o desenvolvimento sustentável e o bem-estar geral.

Colaboração para repensar a regulamentação
Os processos de licenciamento para mineração podem durar décadas. Embora seja importante que os projetos passem por avaliações minuciosas, é necessária uma nova abordagem para fornecer minerais críticos dentro de um prazo que reflita as metas de zero emissões líquidas para 2050. Para isso, o estudo aponta que será preciso desenvolver um conjunto otimizado de projetos com as tecnologias certas, juntamente com um processo de candidatura e revisão integrado e simplificado. Também é importante fazer mais do que colaborar com as comunidades através de contrapartidas obrigatórias, e estabelecer parcerias que proporcionem a participação direta tanto em projetos quanto nos resultados.

Enfrentar os desafios da mão de obra
Com a escassez de competências e o envelhecimento dos profissionais, mineradoras e metalúrgicas deveriam repensar a forma como abordam os desafios da mão de obra. Uma maneira é mudar o foco nas organizações de funções para habilidades. Com a crescente importância da agilidade e da flexibilidade no local de trabalho, separar algumas tarefas das descrições de cargos permite que as empresas aproveitem toda a gama de capacidades dos colaboradores e encontrem novas formas de trabalhar. Um fator significativo e que deve ser levado em consideração, é a colaboração com as universidades para produzir currículos e educação profissional que se alinhem com as necessidades do setor. Mas se por um lado temos escassez de mão de obra, por outro temos novas tecnologias potencializadas pela conectividade e tecnologias exponenciais que abrem um enorme leque de oportunidades para atração e capacitação de profissionais, acessando um público que até o momento teve uma participação limitada no ambiente de mineração.

Trazer a GenAI para a mineração e os metais
Capitalizar as oportunidades atuais e futuras será fundamental para a indústria da mineração. É o caso da adoção da inteligência artificial generativa, que apresenta uma série de possibilidades, incluindo a abordagem da segurança energética e a melhoria da rentabilidade; a geração de eficiências operacionais e resiliência; e a redução de emissões. A indústria de mineração e metalurgia pode recorrer a outras indústrias que já aplicam a tecnologia para práticas e casos de utilização de alto impacto, como a forma como a GenAI pode ajudar as empresas a navegar em cadeias de abastecimento complexas, desbloquear o valor dos dados e transformar as suas forças de trabalho. As empresas devem determinar quais casos de uso são mais relevantes e podem ser dimensionados para obter o maior retorno do investimento. Mapear e priorizar implementações dessa forma também ajudará a estabelecer se uma abordagem de construção ou compra é a melhor.

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