O guarda-roupa de Frida Kahlo aberto 50 anos após sua morte

Fotógrafa japonesa registrou artefatos pessoais e roupas da pintora mexicana, que ficaram trancados em um banheiro a pedido de seu marido, Diego Rivera.

Foto: © Ishiuchi Miyako | Cortesia Michael Hoppen Gallery
Legenda da foto, Após a morte da pintora mexicana Frida Kahlo, em 1954, seu marido Diego Rivera guardou roupas e objetos pessoais dela em um banheiro – e pediu que ele só fosse reaberto 15 anos após a morte dele. Entre os objetos estava esse par de óculos de sol.
Foto: © Ishiuchi Miyako | Cortesia Michael Hoppen Gallery
Legenda da foto, Após a reabertura do banheiro, em 2004, a fotógrafa japonesa Ishiuchi Miyako teve acesso a mais de 300 artefatos pessoais de Kahlo. Uma exposição em Londres revela pela primeira vez estas imagens. Ao lado, um traje de banho.
Foto: © Ishiuchi Miyako | Cortesia Michael Hoppen Gallery
Legenda da foto, A perna direita de Kahlo era mais fina que a esquerda, uma sequela da poliomielite que a acometeu na infância. Aos 18 anos, a mesma perna foi fraturada em 11 lugares em um acidente de ônibus quase fatal. A partir daí, ela começou a usar vestidos tradicionais tehuana, da região de Oaxaca, no México. As saias longas e rodadas escondiam as marcas em suas pernas.
Foto: © Ishiuchi Miyako | Cortesia Michael Hoppen Gallery
Legenda da foto, Após o acidente de ônibus, seu corpo permaneceu imobilizado com gesso por três meses. A pintora passou por inúmeras cirugia e sofreu com dores agudas durante toda a sua vida. Ela decorava seus gessos, como este ao lado, preso a uma saia.
Foto: © Ishiuchi Miyako | Cortesia Michael Hoppen Gallery
Legenda da foto, Nas botas de Frida Kahlo, nota-se que o salto do pé direito é maior do que o do pé esquerdo. A fotógrafa Miyako, famosa por seus retratos do Japão pós-guerra, conhecia pouco sobre a mexicana ao ser convidada para registrar seus pertences, mas diz ter sido atraída pelos rastros que a pintora deixou em seus objetos pessoais.
Foto: © Ishiuchi Miyako | Cortesia Michael Hoppen Gallery
Legenda da foto, Os amigos da artista notaram que quanto mais incapacitada ela ficava com o passar do tempo, mais elaboradas tornavam-se suas roupas. Ao lado, uma saia amarela bordada presa a um corpete.
Foto: © Ishiuchi Miyako | Cortesia Michael Hoppen Gallery
Legenda da foto, O mais duro golpe na saúde de Kahlo foi a amputação de sua perna direita em 1953. Mesmo no momento difícil, ela desenhou sua prótese, que tinha uma bota vermelha decorada com motivos chineses e um pequeno sino.
Foto: © Ishiuchi Miyako | Cortesia Michael Hoppen Gallery
Legenda da foto, O véu de renda e outros trajes tehuanas também são considerados uma saudação feminista à sociedade matriarcal das mulheres de etnia zapoteca. Imagens de Frida Kahlo usando as vestimentas tradicionais tornaram-se mundialmente conhecidas.
Foto: © Ishiuchi Miyako | Cortesia Michael Hoppen Gallery
Legenda da foto, Juntas, as fotos de Ishiuchi Miyako compõem um retrato da artista que usou a moda para canalizar seu sofrimento físico em uma afirmação de identidade, força e beleza. Ao lado, dois dos esmaltes usados por Kahlo. Um deles chama-se "orquídeas para você".
Foto: © Ishiuchi Miyako | Cortesia Michael Hoppen Gallery
Legenda da foto, A exposição "Frida por Ishiuchi Miyako" acontece na Michael Hoppen Gallery, em Londres, de 13 de maio a 12 de julho de 2015. As fotografias também estão à venda. Ao lado, as luvas longas azuis de Frida Kahlo.