Com expressivos resultados no esporte que praticam, as atletas da Canoagem Velocidade, Terceiro-Sargento Andréa Santos e Ângela da Silva são as apostas da Marinha do Brasil (MB) para medalha de ouro no Pan-Americano da Flórida (EUA), que acontece em abril do ano que vem e garante à dupla vencedora uma vaga para as Olimpíadas de Paris 2024.

As atletas, acompanhadas pelo treinador Raul Tamayo, recebem apoio da MB desde 2020 e somaram, nos Campeonatos Brasileiro e Sul-Americano de Canoagem Velocidade, 14 medalhas, entre ouro, prata e bronze. As disputas ocorreram em Minas Gerais, entre 20 e 25 de setembro e entre 29 de setembro e 1º de outubro, respectivamente. No Pan, a dupla disputará a vaga olímpica dos 500 metros da categoria C2 (Canoa para duas pessoas com comprimento máximo de 6,50 m e peso mínimo de 20kg).

Ângela, que na próxima segunda-feira (9) iniciará curso de formação de Grumetes na MB, afirma que o apoio institucional, de hospedagem, alimentação e locais de treinamento proporcionados pela Marinha foram fundamentais para atingir tais resultados, além de terem sido essenciais para seu desenvolvimento pessoal e profissional.

“A Instituição fez com que a gente conseguisse se manter como atletas. Deu apoio, nos fazendo sentir em casa. A Força sempre coloca pessoas à nossa disposição para ajudar com a parte logística – como, por exemplo, o traslado dos barcos, que seria inviável fazermos por conta própria – até mesmo ajuda com traduções, quando estamos em outro país. E este Sul-Americano foi imprescindível para mostrar o quanto a Marinha é essencial para mim”, destacou.

Com 10 anos de dedicação à canoagem, a Terceiro-Sargento Andréa sente que está em sua melhor forma física e esportiva, e destacou o apoio dado pelo Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN) nos treinamentos no Rio de Janeiro, e também pelo seu centro atual de treinamento, o Clube Naval de Brasília. “São muitas as pessoas que nos apoiam no âmbito da Marinha. Todas as pessoas de Marinha são extremamente simples no modo de agir e falar, no carinho e na educação. É um respeito que muitas vezes não encontramos no meio civil”, acrescentou a atleta de alto rendimento.

O assessor de canoagem do Clube Naval, Capitão de Mar e Guerra Luciano Ponce Carvalho Júdice destaca os benefícios que os atletas obtêm ao integrar o Programa Olímpico da Marinha (PROLIM). “Toda essa mobilização certamente garantirá maiores chances olímpicas para o ano que vem. O soldo (remuneração dos militares) de Terceiro-Sargento, a formação militar, o caráter, a vibração e a irmandade as garantem no rumo certo, com chances reais para o Pan e para a conquista da vaga olímpica.”

PROLIM

Falta pouco mais de um ano para os Jogos Olímpicos de Paris, e a MB, por meio do PROLIM, possui 223 atletas distribuídos em quatro grupos de modalidades: esportes militares (30 atletas), esportes coletivos (35 atletas), esportes de combate (71 atletas) e esportes individuais (87 atletas).

A candidatura dos atletas ao PROLIM é voluntária e o processo seletivo (no qual a atleta Ângela foi aprovada) avalia resultados em competições nacionais e internacionais. Após aprovados no certame, os esportistas passam por curso de formação militar-naval de 45 dias. Ao final do estágio, os atletas retomam as rotinas de treinamento, já percebendo benefícios da carreira militar: soldo, férias, assistência médica, entre outros.

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