Começo este artigo renovando meu agradecimento à Gazeta, jornal que é parte indissociável da história do Espírito Santo. Para mim, como capixaba, é uma honra ter este espaço para contribuir com visões e experiências, que muitas vezes adquiro longe de nossas terras. Mas carrego sempre comigo, com orgulho, os laços e as memórias das minhas origens.
Estamos chegando ao final de um ano que, para muitos, não foi fácil. Os percalços econômicos e políticos foram inúmeros, e o cenário que se desenhou foi, sem dúvida, um dos mais desafiadores dos últimos tempos. Tivemos uma taxa de juros real próxima de 7,5%, uma inflação que caminha para alcançar os 5% e um dólar que chegou a ultrapassar a barreira histórica dos R$ 6,20. Esses números, mais do que estatísticas, refletem o peso de um desequilíbrio fiscal que exige um ajuste urgente nas contas públicas.
Mas o que significa esse ajuste? Para nós, cidadãos e empreendedores, significa o risco de que a conta seja paga por meio de impostos mais altos e pela deterioração dos serviços públicos. O que não podemos ignorar é que nossa participação no processo de construção de soluções é essencial. E aqui entra a força do empreendedor brasileiro - e, mais especificamente, do capixaba.
Você que está lendo este artigo provavelmente montou seu negócio ou iniciou sua trajetória profissional em um ambiente desfavorável. E é exatamente esse ambiente desafiador que molda pessoas fortes. O empreendedor brasileiro, em especial o capixaba, tem resiliência por natureza, pois nasceu e cresceu na adversidade. Somos filhos de imigrantes que chegaram aqui com quase nada, mas que, com trabalho duro e determinação, construíram esse Estado maravilhoso que hoje chamamos de lar.
Empreender não é apenas um ato econômico; é um ato de coragem e fé que desafia cenários e prognósticos. É saber que, apesar dos obstáculos, o cliente tem de estar no centro de tudo que se faz, que processos eficientes são fundamentais para a sobrevivência e que acreditar no sucesso representa o primeiro de muitos passos para alcançá-lo. O poder da mente, a capacidade de visualizar um futuro melhor e trabalhar arduamente para construí-lo são qualidades indispensáveis a quem empreende.
Ao final deste ano desafiador, minha mensagem aos leitores da Gazeta é de confiança e otimismo. Desejo a todos os meus conterrâneos um Natal cheio de paz, união e fé no futuro. Que possamos nos inspirar na bandeira do nosso Estado: ela nos convida a trabalhar e confiar. Que em 2025 continuemos fazendo o que está ao nosso alcance: acreditar, lutar, trabalhar e construir. Afinal, como capixabas e brasileiros, é isso que sabemos fazer de melhor.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
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