A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta terça-feira (24) a combinação de ativos entre Amil e Dasa, anunciada em junho.
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Com a operação, 25 hospitais, seis clínicas oncológicas e seis clínicas médicas das companhias passarão a ser controladas por uma joint venture que pertence a ambas as empresas, a Ímpar Serviços Hospitalares.
Esses hospitais e clínicas estão localizados em São Paulo, Brasília, Niterói e no Rio de Janeiro, e reúnem 4,4 mil leitos. Entre os hospitais estão nomes conhecidos, como Nove de Julho, Santa Paula, Leforte, Samaritano e Pró-Cardíaco.
Segundo comunicado publicado no site do Cade, a análise conduzida pelo conselho “indica a presença de elementos de entrada e rivalidade suficientes para afastar a probabilidade de exercício de poder de mercado por parte das empresas em todos os mercados relevantes”.
Em junho, a Dasa informou que o acordo “estabelece uma nova parceria entre duas empresas relevantes para o setor e que atuam de maneira mais abrangente em saúde, incluindo os segmentos de diagnósticos e de operadores de planos de saúde”.
Como informado pelo Valor, a joint venture já nasce com receita líquida anual de R$ 10 bilhões e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 777 milhões. Ela poderá ser listada em bolsa no futuro.
A transação também inclui a transferência de uma dívida de R$ 3,85 bilhões da Dasa ao novo grupo hospitalar.
O setor de saúde foi palco de consolidações em 2024. Um mês antes do anúncio de Dasa e Amil, a Rede D’Or e a Bradesco Seguros também se uniram para criar uma empresa hospitalar.