ABORDAGEM EXPERIMENTAL INVESTIGATIVA PARA O ENSINO DE QUÍMICA COM A UTILIZAÇÃO DE INDICADORES NATURAIS
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A química é a ciência que estuda a matéria e seus fenômenos. O ensino de química deve integrar os princípios teóricos com as diversas áreas da sociedade, formando cidadãos críticos e responsáveis. No entanto, o ensino fragmentado não conecta teoria e prática de maneira clara e contextualizada, resultando em uma visão abstrata e desconexa da química. Ácidos e bases são fundamentais em processos químicos e biológicos. Em conjunto a isso, o pH (potencial hidrogeniônico) é usado para determinar a acidez e basicidade de um meio. No entanto, o ensino desses conceitos enfrenta desafios devido à dificuldade dos estudantes em compreendê-los. Portanto, é necessário desenvolver novas metodologias para o ensino desses conteúdos. A Experimentação Investigativa é uma abordagem pedagógica eficaz no ensino de química, pois proporciona aos estudantes maior autonomia na construção do conhecimento. Ao se envolverem na resolução de situações-problema, os alunos aplicam os conteúdos teóricos na prática, o que intensifica a aprendizagem e aprimora a compreensão dos conceitos químicos. Esta pesquisa teve como objetivo investigar como a atividade experimental investigativa no ensino de química influencia o processo de aprendizagem de uma turma da 2ª série do curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio, especificamente em relação aos conteúdos ácidos, bases e pH. Inicialmente foi desenvolvido e validado por pares um roteiro para a atividade experimental investigativa. A proposta de atividade concentrou-se na utilização de indicadores de pH feitos a partir de uva roxa, berinjela, feijão preto e cebola roxa. Na segunda etapa da validação, ocorreu a aplicação da atividade para o público alvo. A atividade foi organizada, seguindo o roteiro, em quatro etapas experimentais, sendo em cada etapa orientada a coleta de resultados e observações essenciais para o avanço da etapa seguinte. Para a coleta dos dados da pesquisa, foram aplicados dois questionários, um antes e outro após a atividade experimental, contendo questões na Escala de Likert e questões abertas. Ao analisar os resultados, observou-se que a compreensão dos estudantes em definir ácidos e bases (de Arrhenius), bem como citar exemplos e aplicações no dia a dia, aumentou de 51,4% para 82,8% após a aula. Além disso, 97,1% dos estudantes avaliaram a aula como divertida, dinâmica ou interessante. Com base nos resultados e nas observações realizadas, conclui-se que a atividade experimental investigativa aplicada contribuiu para o ensino de ácidos, bases e pH, visto que, essa abordagem facilitou a compreensão dos conceitos, estimulou a participação ativa dos estudantes, despertou maior interesse, motivação e proporcionou a aplicação dos conhecimentos adquiridos ao dia a dia dos discentes.
ABSTRACT: Chemistry is the science that studies matter and its phenomena. Chemistry education should integrate theoretical principles with various areas of society, fostering critical and responsible citizens. However, fragmented teaching often fails to connect theory and practice clearly and contextually, resulting in an abstract and disconnected perception of chemistry. Acids and bases are fundamental in chemical and biological processes. Additionally, pH (hydrogen potential) is used to determine the acidity and basicity of a medium. However, teaching these concepts faces challenges due to students' difficulty in understanding them. Therefore, it is necessary to develop new methodologies for teaching these topics. Investigative Experimentation is an effective pedagogical approach in chemistry education as it provides students with greater autonomy in building knowledge. By engaging in problem-solving situations, students apply theoretical content in practice, which enhances learning and improves their understanding of chemical concepts. This research aimed to investigate how investigative experimental activities in chemistry teaching influence the learning process of a second-year Technical Chemistry High School class, specifically regarding acids, bases, and pH content. Initially, a guide for the investigative experimental activity was developed and peer-validated. The activity focused on using pH indicators made from purple grape, eggplant, black beans, and red onion. In the second stage of validation, the activity was implemented with the target audience. The activity was organized, following the guide, into four experimental stages, with each stage guiding the collection of results and essential observations for progressing to the next stage. To collect research data, two questionnaires were applied—one before and one after the experimental activity—containing questions in Likert Scale format and open-ended questions. Analysis of the results showed that students' understanding of defining acids and bases (according to Arrhenius), as well as providing examples and daily applications, increased from 51.4% to 82.8% after the lesson. Additionally, 97.1% of the students rated the class as fun, dynamic, or interesting. Based on the results and observations made, it is concluded that the applied investigative experimental activity contributed to teaching acids, bases, and pH. This approach facilitated concept comprehension, stimulated active student participation, increased interest and motivation, and allowed students to apply acquired knowledge to their daily lives.
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