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Plátano

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaPlátanos
Folhas de P. acerifolia
Folhas de P. acerifolia
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Proteales
Família: Platanaceae
Género: Platanus
Espécies
Ver texto.
A árvore dá nome a um dos bairros de Santa Maria, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul: Pé de Plátano. Na foto a direita um plátano e aos fundos o bairro que homenageia a planta comum na região.

Os plátanos são árvores do gênero Platanus, da família Platanaceae, as quais são nativas da Eurásia e da América do Norte. São típicas dos climas subtropical e temperado. No geral, são árvores de interesse ornamental, podendo atingir entre 40 e 50 metros de altura. Elas são comuns em florestas temperadas e subtropicais. Possuem folhas lobadas semelhantes às do bordo, que ficam avermelhadas no outono antes de caírem no inverno, diferenciando-se, porém, dos bordos pelas flores reunidas em inflorescências globosas, em contraste com os amentos presentes nos bordos, e também pela ausência de resina nos plátanos, entre outras diferenças estruturais menores.

O género Platanus compreende dez espécies e vários híbridos, cultivados para fins ornamentais. Os exemplares mais antigos deste grupo datam do Cretácico (ca. 115 milhões de anos).

Muitas vezes, crê-se que a folha do plátano é a que está simbolizada na bandeira do Canadá. No entanto, a folha ilustrada é a de bordo vermelho; a confusão ocorre devido à semelhança física entre elas. As duas árvores pertencem a gêneros diferentes: plátano (Platanus) e bordo (Acer).

As mudas são feitas por sementes que passam todo o inverno na árvore só estão maduras quando começam a se dispersar, soltar do ouriço ou por estaquia, galhos cortados da árvore no inverno com cerca de 20 cm, antes de colocar na terra (substrato arenoso) aconselha-se deixar uma noite numa solução com enraizador.

O mês de Julho é propício à propagação do plátano por estaquia. 

Detalhe: o plátano desenvolve-se muito rápido. 

"Plátano" originou-se do grego plátanos, pelo latim platanu.[1]

História cultural

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Mitologia grega

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Em lendas e tradições gregas, o plátano era associado às ninfas, em particular à personificação de Helena e a eventos da Guerra de Troia. Platanê era uma palavra que no dialeto espartano significava "ninfa", e na ilha de Lesbos uma inscrição denomina uma ninfa de Plataneis. Segundo Pausânias, um culto dórico na ilha de Rodes adorava a Helena Dendritis (Helena das Árvores). No poema de Teócrito Epitalâmio a Helena, são-lhe feitas oferendas sob um plátano:[2]

"E uma redação dórica seja escrita na casca para aquele que passa notar,
“Eu sou a árvore de Helena; adora-me.”"

A Academia, fundada por Platão em Atenas, foi estabelecida nos campos dedicados a Academo, herói grego que teve participação em um resgate de Helena. Os relatos indicam que abundavam plátanos no local. Devido a isso, Tímon de Flios realizou um trocadilho com o nome de Platão em seus versos:[2]

"Um peixe-plano liderava todos eles, mas este era um que falava,

e que voz doce nisso! Em seus escritos, ele combina com as cigarras,

derramando suas músicas liriais da árvore de Academo."

Estáter grego (século IV a.C.) com Europa sentada sobre o plátano

Platão teria feito recurso poético ao mito de Helena e referência à própria Academia em seu diálogo Fedro, quando põe Sócrates sentado sob essa árvore na introdução. Segundo Andrea Capra, Sócrates considerou-a uma deusa que figura a própria presença física da Helena: "Juro a você - mas por quem, por quem entre os deuses? Que tal este plátano aqui?". Segundo Capra, referências à estátua erigida a Sócrates na Academia após sua morte e, posteriormente, à de Platão, indicam que elas teriam sido postas sob um plátano.[2]

Por causa de Platão, a árvore também desempenhou um papel importante no cenário do De Oratore de Cícero. Além da Academia de Platão, as árvores também forneceriam a sombra sob a qual a escola de Aristóteles era mantida.[3]

No mito do estupro de Europa por Zeus, sob a forma de touro, com quem teve os filhos Minos, Radamanto e Sarpedão, é reportado por Teofrasto que havia na cidade de Gortina, em Creta, um plátano cujas folhas não caíam, pois se conta que sob ela teria ocorrido o hieros gamos. Isso também é relatado por Plínio, o Velho.[4][5]

Um relato de Heródoto indica que Xerxes, a caminho de Sardis em sua marcha à invasão da Grécia, pousou sob um plátano e ofereceu-lhe ornamentos de ouro de presente, além de designar um guardião para nela ficar de posto para sempre. Isso posteriormente inspirou a composição de Handel Ombra mai fu.[6]

Espécies e origem

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Classificação do gênero

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Sistema Classificação Referência
Linné Classe Monoecia, ordem Polyandria Species plantarum (1753)

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 345
  2. a b c Andrea, Capra. Plato's Four Muses: The Phaedrus and the Poetics of Philosophy. Col: Hellenic Studies Series 67. Washington, DC: Center for Hellenic Studies. OCLC 932812820 
  3. Annalisa, Marzano (24 de maio de 2020). «Walking, talking and showing off – a history of Roman gardens». The Conversation 
  4. Naumann, Helmut (2007). "Die Platane von Gortyna". In Kämmerer., Thomas Richard (ed.). Studien zu Ritual und Sozialgeschichte im Alten [Orient / Studies on Ritual and Society in the Ancient Near East. Tartuer Symposien 1998–2004]. De Gruyter: Berlin. p. 207–226.
  5. Reeves, Bridget T. (2003). The Rape of Europa in Ancient Literature. McMaster University.
  6. Stubbings, Frank H. (1946). «Xerxes and the Plane-Tree». Greece & Rome (44): 63–67. ISSN 0017-3835. Consultado em 24 de junho de 2021 

Ligações externas

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