Azulão
Azulão | |||||||||||||||
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Fêmea
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Cyanoloxia brissonii Lichtenstein, 1823 | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Distribuição do azulão
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Sinónimos | |||||||||||||||
O azulão, azulão-bicudo, azulão-do-nordeste, azulão-do-sul, azulão-verdadeiro, azulinho, guarundi-azul, gurundi-azul ou tiatã[4][5] (nome científico: Cyanoloxia brissonii)[1] é uma ave passeriforme da família dos cardinalídeos (Cardinalidae).
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O nome vernáculo guarundi (e na forma sincopada gurundi[6]) deriva do tupi gwïrau'ndi no sentido de 'ave negrinha'.[6] Ainda existe a grafia guiraundi, mas que está associada a outra espécie, o tiê-preto (Tachyphonus coronatus). O primeiro registro deste termo foi em 1587 como urandi.[7] Já o termo vernáculo tiatã tem origem incerta, mas provavelmente deriva de uma onomatopeia.[8]
Caracterização
[editar | editar código-fonte]O azulão mede aproximadamente 15 centímetros de comprimento. O macho possui plumagem totalmente azul-escura quando adulto, com a fronte, sobrancelhas e coberteiras superiores das asas azuis-brilhantes. A fêmea e os imaturos são marrons-pardos. Tem canto sonoro, intenso, melodioso, fluente e extenso que varia no crepúsculo e pela madrugada. Reside no topo de arbustos e árvores de porte médio. Se excitado, arrepia as penas da cabeça. É territorialista durante o período de reprodução, com o casal demarcando sua área para afastar outros casais e o macho cantando intermitentemente para delimitar seu espaço. Faz seu ninho com folhas secas escondido entre a folhagem de arbustos baixos e o forra com raízes. Bota de dois a três filhos e seus filhotes nascem após 13 dias de incubação. São cuidados pela mãe quando juvenis e atingem a maturidade sexual aos 10 meses. Alimentam-se de insetos, pequenas frutas silvestres e sementes de capim, de preferência verdes.[3]
Distribuição e habitat
[editar | editar código-fonte]Esta ave tem alcance extremamente grande. A tendência populacional não é conhecida, mas não se acredita que a população esteja diminuindo suficientemente rápido. O tamanho da população não foi quantificado.[1] Vive em áreas com água abundante na beira de pântanos, grotas, brejo, bordas de matas, florestas ralas, formações secundárias espessas e plantações.[3] Ocorre no Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Colômbia, Venezuela e no Brasil, do Rio Grande do Sul até o nordeste, cobrindo vastas áreas do centro do país.[1] Em 2005, foi classificada como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[9] em 2014, como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo.[10] Em 2018, foi registrado como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)[11][12] e vulnerável na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[13]
Referências
- ↑ a b c d BirdLife International (2016). «Cyanoloxia brissonii». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T22723932A94841030. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22723932A94841030.en. Consultado em 15 de abril de 2022
- ↑ Wells, Mic G. World Bird Species Checklist With Alternative English and Scientific Names. Hertfordshire: Worldlist. p. 402
- ↑ a b c «Azulão (Passerina brissonii)». Diagnóstico do Tráfico de Animais Silvestres na Mata Atlântica. Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2012
- ↑ «Azulão». Michaelis. Consultado em 15 de abril de 2022
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 313. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
- ↑ a b Grande Dicionário Houaiss, verbete guarundi
- ↑ Grande Dicionário Houaiss, verbete guiraundi
- ↑ Grande Dicionário Houaiss, verbete tiatã
- ↑ «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022
- ↑ Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022
- ↑ «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018
- ↑ «Cyanoloxia brissonii Boie». Sistema de Informação Sobre a Biodiversidade Brasileira (SIBBr). Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022
- ↑ «Texto publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro contendo a listagem das 257 espécies» (PDF). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro. 2018. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022
- Espécies pouco preocupantes
- Cyanoloxia
- Aves descritas em 1823
- Fauna da Caatinga
- Aves da Argentina
- Aves do Paraguai
- Aves da Bolívia
- Aves da Colômbia
- Aves da Venezuela
- Aves do Uruguai
- Fauna da Mata Atlântica
- Aves do Espírito Santo (estado)
- Aves do Rio Grande do Sul
- Aves do Paraná
- Aves de Santa Catarina
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- Aves de Goiás
- Aves do Tocantins
- Aves do Rio Grande do Norte
- Aves da Paraíba
- Aves de Alagoas
- Aves de Sergipe
- Aves de Pernambuco
- Aves do Piauí
- Aves do Ceará
- Espécies citadas no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção
- Espécies citadas na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo
- Espécies citadas na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro
- Espécies citadas no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo