Diarbaquir
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Área metropolitana (büyükşehir) | ||||
Da esquerda para a direita e de cima para baixo: 1) Mesquita Ali Paxá (Ali Paşa Cami); 2) Mesquita Nebi; 3) Parque Seyrangeha; 4) Mesquita Şeyh Muhtar; 5) Deriyê Çiyê; 6) Ponte de Gözlü (ou Ponte Silvã), sobre o rio Tigre; 7) Muralhas de Diarbaquir; 8) Pavilhão Gazi (Gazi Köşkü) | ||||
Localização | ||||
Mapa dos distritos da província de Diarbaquir | ||||
Localização de Diarbaquir na Turquia | ||||
Coordenadas | 37° 55′ N, 40° 14′ L | |||
País | Turquia | |||
Região | Sudeste da Anatólia | |||
Província | Diarbaquir | |||
Características geográficas | ||||
População total (2012) [1] | 892 713 hab. | |||
Altitude | 675 m | |||
Código postal | 21000 | |||
Prefixo telefónico | 412 | |||
Sítio | Governo distrital: www.diyarbakir.gov.tr Prefeitura: www.diyarbakir.bel.tr |
Diarbaquir[2][3][4] ou Diarbaquer[5] (em turco: Diyarbakır) é uma cidade e área metropolitana (em turco: büyükşehir belediyesi) do sudeste da Turquia. É a capital da província homónima e faz parte da Região do Sudeste da Anatólia. Em 2012, a população da área metropolitana era 892 713 habitantes,[1] o que a faz a segunda maior cidade do sudeste da Turquia a seguir a Gaziantep.
Os distritos (em turco: ilçe) que constituem a área metropolitana são Bağlar, Kayapınar, Yenişehir e Sur, cujos centros urbanos tinham, respetivamente, 343 065, 253 323, 195 791 e 100 534 habitantes em 2012.[6]
A cidade situa-se nas margens do rio Tigre, a uma altitude média de 675 metros. É frequente chamar-lhe a capital do Curdistão turco. A grande maioria da sua população é de etnia curda.
A parte da cidade muralhada e jardins de Hevsel, que a ligam ao rio Tigre, encontra-se integrada no sítio Paisagem cultural das muralhas de Diarbaquir e dos jardins de Hevsel, classificado pela UNESCO em 2015 como Património da Humanidade.[7]
Etimologia e história
[editar | editar código-fonte]A cidade é mencionada com o nome de Amid na bainha de uma espada do período assírio, um nome que também aparece em fontes antigas siríacas e árabes. Os Romanos e Bizantinos chamaram-lhe Amida (em grego: Ἄμιδα).
Entre os ortóquidas e a Confederação do Cordeiro Branco era conhecida como Cara Amide (Amide Escura), devido à cor escura das suas muralhas. Na obra Zafername, uma coletânea de panegíricos de vitórias militares aparece como Kara Kale ("Fortaleza Negra"). No Livro de Dede Korkut, um épico sobre os Turcos Oguzes, é mencionada como Kara Hamid. O explorador português António Tenreiro, que visitou a cidade em 1525, usa o nome Caraemite no seu Itinerário.[8]
Durante o Império Otomano foi chamada Diyâr-ı Bekr (em turco otomano: دیاربکر). Uma das teses com mais aceitação é a de este nome deriva da transliteração do árabe Diyarbakr (terras da tribo dos Banu Bakr). Esta tribo ocupou a região após a conquista islâmica. Em 1923 o seu nome foi oficializado como Diyarbekir. Em 1937, Atatürk visitou a cidade e, depois de manifestar a sua incerteza sobre a verdadeira etimologia, ordenou que o nome fosse mudado para o atual, Diyarbakır, que significa "terra de cobre" em turco.
O nome em curdo é Amed (ئامهد), em zazaki é Diyarbekır, em sírio-aramaico é Āmîḏ (دیاربکر) e em arménio Amid (Ամիդ).
Foi colónia romana no século III e foi incorporada no Império Otomano em 1515.
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b «Büyüksehir belediyeleri ve bagli belediyelerin nüfuslari». TURKSTAT (em turco). rapor.tuik.gov.tr. Consultado em 22 de maio de 2013. Arquivado do original em 17 de dezembro de 2013
- ↑ Val 2003, p. 67.
- ↑ «Objecto: Restrições à liberdade de expressão na Turquia» (em inglês). Consultado em 14 de agosto de 2014
- ↑ «Turquia prudente quanto a uma intervenção no país vizinho» (em inglês). Consultado em 14 de agosto de 2014
- ↑ Correia, Paulo (Outono de 2022). «Turquia — apontamentos para ficha de país» (PDF). a folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. Consultado em 2 de fevereiro de 2023
- ↑ «Base de dados do sistema de registo de população baseada em moradas (ABPRS)». www.tuik.gov.tr (em turco). Instituto de Estatística da Turquia (TURKSTAT). Consultado em 22 de maio de 2013 [ligação inativa]
- ↑ publico.pt. «UNESCO soma 24 sítios à lista do património mundial». Consultado em 7 de maio de 2015
- ↑ Tenreiro 1560, p. 61.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Tenreiro, António (1560), «Cap. XXIX. Da cidade e reyno de Caraemite, & das grandes cousas que nella vi, & dos trabalhos que aquy passei», Itinerario em que contem como da India veo por terra a estes reynos de Portugal, consultado em 28 de março de 2018. Incluído na edição de 1829 de «Pinto, Fernão Mendes, Peregrinação, Lisboa: Typographia Rollandiana»
- Val, Reinaldo do (2003), A Fisiologia do Amor:Pequenos ensaios sobre grandes momentos do Critianismo à Luz da Verdade, Itaí, São Paulo: Reinaldo do Val
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Diyarbakır». kurumsal.kulturturizm.gov.tr (em turco). Portal institucional do Ministério da Cultura e Turismo. Consultado em 22 de maio de 2013