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Fernando Cabrita

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Fernando Cabrita
Informações pessoais
Nome completo Fernando da Silva Cabrita
Data de nasc. 1 de maio de 1923
Local de nasc. Lagoa, Portugal Portugal
Local da morte Loures, Portugal Portugal
Informações profissionais
Posição Treinador (ex-Atacante)
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1942-1951
1951-1953
1953-1959
Portugal Olhanense
França Angers
Portugal Sporting Covilhã
Seleção nacional
1945-1957 Portugal Portugal 7 (1)
Times/clubes que treinou
1954-1958
1959-1960
1967-1968
1970-1972
1973-1974
1977-1979
1980
1981
1981-1982
1983-1984
1984-1986
1986-1987
1987-1988
1988-1989
1990-1991
1992
Portugal Unhais da Serra
Portugal Portimonense
Portugal Benfica
Portugal União de Tomar
Portugal Benfica
Portugal Beira Mar
Portugal Rio Ave
Portugal Rio Ave
Portugal Académico de Viseu
Portugal Portugal
Portugal Penafiel
Portugal Estrela Amadora
Marrocos Raja Casablanca
Portugal Académico de Viseu
Marrocos Raja Casablanca
Portugal Esperança Lagos

Fernando da Silva Cabrita OIH (Lagoa, 1 de Maio de 1923Loures, 22 de Setembro de 2014) foi um futebolista e treinador português.

Fernando Cabrita foi jogador de futebol durante as décadas de 1940 e 1950, começando a sua carreira no Olhanense, clube que então se encontrava na primeira divisão. Cabrita integrou o plantel em 1942 e aí permaneceu até 1951.

O contributo de Fernando Cabrita para a sua equipa foi excepcional, com o Olhanense a atingir lugares respeitáveis na classificação. Atacante, é recordado como um jogador "de ouro" da equipa de Olhão.

Um dos seus jogos mais memoráveis ocorreu a 1 de julho de 1945 em Lisboa, quando disputou a final da Taça de Portugal contra o Sporting, a qual perdeu por 1-0.

Pouco antes da final da taça, no mesmo ano, Cabrita foi convocado para a seleção portuguesa pela primeira vez, para a partida contra Espanha disputada a 11 de março de 1945. O jogo terminou com um empate a 2-2.

Fernando Cabrita foi o autor de um golo na seleção, marcado durante o seu segundo jogo internacional, disputado contra Espanha a 2 de abril de 1950, cinco anos depois de ter sido convocado pela última vez. Este jogo, decorrido em Madrid, terminou com uma derrota por 5-1 para Portugal, tendo feito parte das Eliminatórias do Campeonato Mundial de Futebol de 1950.

A sua última participação na selecção nacional deu-se durante um jogo amigável contra o Brasil, em São Paulo, que terminou com a derrota de Portugal por 3-0. Somou ao todo sete internacionalizações, marcando um golo pela equipa nacional.

Após a despromoção do Olhanense no fim da temporada 1950/1951, Cabrita tentou a sua sorte em França, no Angers, clube onde jogou na segunda divisão francesa, e onde permaneceu dois anos.

Depois de jogar em França, o jogador regressou a Portugal, onde integrou a equipa do Sporting Covilhã, que jogava na primeira divisão.

Um ano após a sua chegada à equipa, Cabrita tornou-se, em simultâneo com a sua carreira de jogador, treinador de um clube pequeno perto da Covilhã, o Unhais da Serra, que jogava na divisão regional de Castelo Branco (AF Castelo Branco).

Durante a sua carreira no Sporting da Covilhã, o jogador viu o seu clube ser despromovido para a II Divisão - Zona Norte. Durante a temporada 1957/1958, a sua penúltima como jogador, a equipa atingiu o segundo lugar da classificação e foi novamente promovido para o principal escalão do campeonato português. A equipa terminaria a época na oitava posição.

Foi em 1956 que sua carreira como treinador começou, primeiro com o Unhais da Serra. Apesar de ser a primeira vez que o clube poderia ser promovido para a III Divisão, a equipa acabaria, no entanto, por ser despromovida.

Na época 1959/1960, Cabrita foi treinador do Portimonense, clube da 2ª divisão. Na época seguinte, juntou-se às reservas do Sport Lisboa e Benfica, onde permaneceu como adjunto e orientador das camadas jovens até à sua ascensão como treinador principal na época de 67/68, entre a saída de Fernando Riera e o regresso de Otto Glória. A aposta foi bem sucedida: o clube foi campeão nesse ano e ainda conquistou a Taça da Honra.

Mais tarde, o treinador juntou-se ao União de Tomar, após ter sido despromovido. Em 1970, a equipa terminou na segunda posição regressando para o principal escalão do futebol português.

Após esta passagem pela cidade dos Templários, o treinador foi chamado de novo para o Benfica durante a temporada 1973/1974, tendo conquistado apenas a Taça de Honra. Cabrita permaneceu no clube como adjunto até 77/78, altura em que regressou ao comando de um clube da segunda divisão, desta vez o Beira Mar, com o qual terminou o campeonato em primeiro lugar.

O Rio Ave chamá-lo-ia também para treinar a equipa entre 1980 e 1981. Na temporada seguinte, Cabrita foi treinador do Académico de Viseu.

Tendo já demonstrado talento e domínio da táctica como treinador, Cabrita foi escolhido como seleccionador nacional de Portugal em 1983. Foi sob a sua orientação que a Selecção Nacional chegou à fase final do Euro 1984 que decorreu em França. A participação de Portugal foi memorável, com embates contra a Alemanha (0-0) Espanha (1-1), Roménia (1-0), que permitiram à equipa chegar à meia final, onde encontrou a França. O jogo foi disputado a 23 de junho de 1984 em Marselha. A equipa esteve perto da final, conseguindo dar a volta a um resultado negativo já no prolongamento. No entanto, os portugueses cederam à pressão e acabaram por perder por 3-2 já no fim do encontro, graças a golos de Domergue e Platini.

A 24 de Agosto de 1985, Fernando Cabrita foi feito Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[1]

Após a eliminação no Europeu, Fernando Cabrita passou a orientar a equipa de Penafiel, mas não conseguiu evitar que o seu clube acabasse despromovido para a 2ª divisão.

Em 1986/1987, assumiu o comando da equipa do Estrela da Amadora, que jogava na segunda divisão, e terminou em segundo lugar.

No ano seguinte, Fernando decidiu tentar um novo desafio, e deslocou-se para Marrocos para treinar o Raja Casablanca para a temporada 1987/1988. Foi o primeiro treinador estrangeiro do clube, conseguindo o feito de atingir o título de campeão pela primeira vez na história da equipa.

Depois do título conquistado em Marrocos, regressou à primeira divisão portuguesa durante a temporada 1988/1989 para treinar o Académico de Viseu, que recorreu a Cabrita para ajudar a salvar o clube da despromoção. Porém, a aposta não foi bem sucedida e o clube terminou em 20° lugar, o último na Liga.

Em 1990/1991, Cabrita fez uma nova passagem por Marrocos, regressando ao Raja Casablanca, onde desta vez não conquistou quaisquer títulos.

Em 1991/1992, a sua última temporada como treinador, Fernando Cabrita decidiu ficar próximo da sua família e do Algarve, onde nasceu, para ser treinador do Esperança de Lagos.

Fernando Cabrita faleceu a 22 de Setembro de 2014, em Loures, com 91 anos. Encontra-se sepultado no Cemitério de Benfica, em Lisboa.

Estatísticas

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Temporada Clube País Divisão Temporada em clube Seleção de Portugal
1942/1943 Olhanense Portugal Portugal 1 ? -
1943/1944 Olhanense Portugal Portugal 1 ? -
1944/1945 Olhanense Portugal Portugal 1 ? 1 jogo
1945/1946 Olhanense Portugal Portugal 1 ? -
1946/1947 Olhanense Portugal Portugal 1 ? -
1947/1948 Olhanense Portugal Portugal 1 ? -
1948/1949 Olhanense Portugal Portugal 1 ? -
1949/1950 Olhanense Portugal Portugal 1 ? 2 jogos
1950/1951 Olhanense Portugal Portugal 1 ? -
1951/1952 Angers  França 2 ? -
1952/1953 Angers  França 2 ? 2 jogos
1953/1954 Sporting Covilhã Portugal Portugal 1 ? -
1954/1955 Sporting Covilhã Portugal Portugal 1 ? -
1955/1956 Sporting Covilhã Portugal Portugal 1 ? -
1956/1957 Sporting Covilhã Portugal Portugal 1 ? 2 jogos
1957/1958 Sporting Covilhã Portugal Portugal 2 ? -
1958/1959 Sporting Covilhã Portugal Portugal 1 22 jogos / 1 golo -

Jogos internacionais

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  • Taça de Honra : 1968 (?), 1974
  • II Divisão - Zona Centro : 1978

Raja Casablanca

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  • Campeonato de Marrocos : 1988

Referências

  1. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Fernando da Silva Cabrita". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 7 de julho de 2014 

Ligações externas

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