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Marco Pláucio Silvano

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 Nota: Para seu filho, de mesmo nome, veja Marco Pláucio Silvano (defenestrador).
Marco Pláucio Silvano
Cônsul do Império Romano
Consulado 2 a.C.
Nascimento 35 a.C.
Morte 9 d.C.

Marco Pláucio Silvano (em latim: Marcus Plautius Silvanus; 35 a.C.9 (43 anos)) foi um general romano da gente Pláucia eleito cônsul em 2 a.C. com o imperador Augusto[1]. Silvano foi depois procônsul da Ásia de 4 a 5[2], mas ganhou sua reputação atuando na Panônia[3], Dalmácia[4] e Ilírico[5] à época da Grande Revolta Ilíria.

De acordo com Pierre Bayle, Silvano era filho de Marco Pláucio e Urgulânia, uma amiga da imperatriz-consorte Lívia, e foi por intercessão dela que Silvano avançou pelo cursus honorum até chegar ao consulado em 2 a.C.[6][1]. Entre 4 e 5 d.C., Silvano serviu como procônsul da Ásia[7] e depois foi legado imperial da Galácia em 6 d.C., onde atuou para sufocar uma revolta dos isáurios[8].

Ainda na Galácia Silvano soube da Grande Revolta da Ilíria. Em 6, foi convocado pelo general Tibério, encarregado das forças militares romanas em Ilírico, com ordens de trazer consigo suas tropas — as legiões IV Scythica e V Macedonica — para ajudar a sufocar a revolta[9]. Silvano se juntou a Aulo Cecina Severo, o legado imperial da Mésia e travou uma grande batalha contra os rebeldes em Sírmio. Os romanos venceram, mas sofreram baixas pesadíssimas[10]. Depois da batalha, Silvano permaneceu no comando de suas tropas até 9, atuando na Panônia e na Dalmácia[11] [12]. Por seus sucessos, Silvano recebeu a ornamenta triumphalia.

Apesar de ter servido sob o comando de Tibério durante a revolta, ele tinha dúvidas sobre Silvano, especialmente por causa da relação próxima dele com sua mãe, Lívia[13].

Silvano se casou com Lárcia e teve quatro filhos:

  • Marco Pláucio Silvano. Casado primeiro com Fábia Numantina, mas separado já em 24, quando se casou com Aprônia, filha de Lúcio Aprônio. Aparentemente assassinou Aprônia atirando-a de uma janela[14][15]. Este assassinato foi investigado pelo próprio Tibério, tamanho foi o escândalo. Urgulania enviou ao seu neto uma adaga e pediu que ele se matasse, o que ele fez. Logo depois, Fábia foi "acusada de ter causado insanidade no marido através de poções e encantos mágicos", mas foi absolvida[14].
  • Aulo Pláucio Urgulânio, que morreu aos nove anos [16].
  • Públio Pláucio Pulcro, amigo e companheiro de seu sobrinho Cláudio Druso. Foi questor de Tibério e áugure; também governou a Sicília[17].
  • Pláucia Urgulanila, primeira esposa do imperador Cláudio.
Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Lúcio Cornélio Lêntulo

com Marco Valério Messala Messalino

Augusto XIII
2 a.C.

com Marco Pláucio Silvano
com Caio Fúfio Gêmino (suf.)
com Lúcio Canínio Galo (suf.)
com Quinto Fabrício (suf.)

Sucedido por:
Cosso Cornélio Lêntulo Getúlico

com Lúcio Calpúrnio Pisão
com Aulo Pláucio (suf.)
com Aulo Cecina Severo (suf.)


Referências

  1. a b Dião Cássio, História romana LV.0
  2. Ronald Syme, The Roman Revolution, Oxford University Press 1939, p. 435; Ronald Syme, The Augustan Aristocracy, Oxford University Press 1989, p. 340
  3. Dião LV.34
  4. Dião LVI.12
  5. Veleio Patérculo II.112
  6. Syme, pg. 422
  7. Syme, pg. 435; Ronald Syme, The Augustan Aristocracy, Oxford University Press 1989, p. 340
  8. Syme, pgs. 399 & 435
  9. Syme, pgs. 399 & 436
  10. Syme, pg. 399
  11. Dião Cássio, História romana LV.34, LVI.12
  12. Veleio Patérculo, Compêndio da História Romana II.112
  13. Syme, pgs 422-423
  14. a b Tácito, Anais IV.22.3
  15. Syme, R., Augustan Aristocracy (1989), p. 418
  16. CIL XIV, 3606
  17. CIL XIV, 3607
  • Syme, Ronald (1939). The Roman Revolution (em inglês). Oxford: Clarendon Press