Diogo Mainardi
Diogo Mainardi | |
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Nascimento | 22 de setembro de 1962 (62 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Colunista, escritor, produtor, roteirista |
Outros prêmios | |
Prémio Jabuti 1990 |
Diogo Briso Mainardi (São Paulo, 22 de setembro de 1962) é um escritor, produtor, roteirista de cinema e colunista brasileiro. Nos últimos anos, tornou-se um nome conhecido no Brasil, principalmente devido à sua coluna semanal na Revista VEJA, onde escrevia críticas à sociedade brasileira e às tendências políticas em geral. É um crítico constante de governos de esquerda, em particular o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sobre quem escreveu o livro Lula É Minha Anta, que reúne uma coletânea de crônicas sobre o escândalo do mensalão publicadas pelo autor na VEJA.[1] É irmão do cineasta Vinícius Mainardi, falecido em abril de 2021.
É também o fundador do portal O Antagonista.[2] Em maio de 2018, Mainardi passava a escrever novamente colunas semanais, dessa vez para a Revista Crusoé. Em 10 de setembro de 2022, o jornalista deixou de escrever e redatar no portal, apenas se tornando sócio do periódico.[3][4] Atualmente é comentarista no Manhattan Connection, programa do qual também foi integrante fixo entre outubro de 2003 e abril de 2021.[5][6]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho do publicitário Enio Mainardi, seus pais moravam num kibutz em Israel e retornaram ao Brasil pouco antes do seu nascimento. Diogo viveu mais de catorze anos em Veneza, na Itália. Depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, mas voltou a morar na Itália.
Antes de morar em Veneza, ingressou na London School of Economics, mas só concluiu o primeiro ano.[7] Em 1980, na cidade de Londres, na Inglaterra, conheceu Ivan Lessa, a quem considera, ao lado de Paulo Francis, seu mentor.[8] Segundo o próprio Mainardi, ele abandonou os estudos universitários para poder ler os livros que Ivan Lessa lhe emprestava.[8][9]
Mudou-se então para a Itália, onde se casou com uma italiana, com quem hoje tem dois filhos.[10] O primeiro, devido a um erro médico no parto, sofre de paralisia cerebral,[11] o que obrigou Mainardi a voltar a morar no Brasil, na cidade de Rio de Janeiro.
Após a apresentação midiática do exoesqueleto na abertura da Copa do Mundo por Miguel Nicolelis, ao custo de R$ 33 milhões de verba pública, Mainardi apontou que o princípio do exoesqueleto já havia sido validado e demonstrado.[12] Um dos principais questionamentos recaíram sobre o que foi prometido por Nicolelis e o que foi efetivamente apresentado, uma vez que o projeto recebeu 33 milhões de reais do Governo Federal sem edital. Nicolelis, em resposta a esta observação de Mainardi, tentou desqualificar o jornalista, acusando-o de 'desinformado'[13]
Ainda em Veneza, ao trabalhar como colunista de Veja, tornou-se um forte crítico do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), em especial, do ex-presidente Lula.[14] Em sua coluna na revista, Mainardi tece comentários polêmicos, na maior parte das vezes dirigidos à classe política em geral: "Brasil não tem partido de direita, de esquerda, de nada, tem um bando de salafrários que se reúnem pra roubar juntos."[15]
Diogo Mainardi foi citado em um telegrama diplomático americano vazado pelo WikiLeaks e intitulado "10RIODEJANEIRO32", que menciona um "almoço reservado" no dia 2 de fevereiro de 2010, onde ele teria se encontrado com o cônsul norte-americano do Rio de Janeiro.[16] Segundo o documento, na ocasião Diogo disse que sua coluna propondo Marina Silva como a candidata ideal a vice na chapa de José Serra nas eleições presidenciais daquele ano foi baseada em um almoço entre ele e o então pré-candidato à presidência, que teria dito que Marina era sua "companheira de chapa dos sonhos".[17][18]
Trabalhos
[editar | editar código-fonte]A coluna em Veja
[editar | editar código-fonte]No início de sua coluna semanal em Veja, em 1999, os temas principais de Mainardi eram Literatura e Arte. Passou três anos escrevendo sobre cultura. Em 2002 abandonou o tema e passou a tratar de política e economia.
O texto simbólico indicativo dessa mudança é "A cultura me deprime",[19] um resumo de suas impressões sobre a cultura: "As páginas de cultura não forneceram um único assunto que valesse dez minutos de conversa despretensiosa, numa mesa de restaurante. O ambiente cultural se acostumou à ideia de que não tem nada de relevante para acrescentar à realidade. Esse papel passou a ser cumprido sobretudo pelos economistas, que cultivam o gosto pela polêmica e pelo paradoxo, gerando as melhores discussões na sociedade. Quanto à cultura, tornou-se um blefe."
Mainardi afirma ser ateu.[20] Faz críticas frequentes à religião e ao misticismo em geral, apresentando-se sempre como cético.[21]
Programa de TV
[editar | editar código-fonte]Mainardi integra a equipe de apresentadores do programa dominical Manhattan Connection, que foi transmitido pelo canal de TV por assinatura Globo News (anteriormente pelo GNT) até novembro de 2020 e atualmente compõe a grade do BM&C News.[22] Desde sua entrada em 2003, Mainardi apenas ficou fora no ano de 2022 após pedir demissão do programa em 2021.[23] Ele reintegrou o programa quando foi reestreado em novembro de 2023.[24]
Roteiros para o cinema
[editar | editar código-fonte]Como roteirista, escreveu 16060 (1995) e Mater Dei (2000), filmados por seu irmão, o cineasta Vinícius Mainardi. Segundo Mainardi, seu filme não usou verba pública: Mater Dei foi custeado pelos próprios irmãos Mainardi e pelo empresário brasileiro João Paulo Diniz.[25] Os protagonistas do filme são Carolina Ferraz, Dan Stulbach e Gabriel Braga Nunes.
Obra bibliográfica
[editar | editar código-fonte]- Malthus (1989), pelo qual ganhou o Prêmio Jabuti em 1990;[26]
- Arquipélago (1992);
- Polígono das Secas (1995), onde questiona os mitos sertanejos e a literatura brasileira neles baseada.
- Contra o Brasil (1998), que traz como protagonista Pimenta Bueno, um anti-herói que percorre o livro de ponta a ponta repetindo frases de figuras históricas reais que proferiram as mais diversas imprecações contra o Brasil.
- A Tapas e Pontapés (2004);
- Lula É Minha Anta (2007);
- A Queda (2012). Nesse livro ele conta a história de seu filho Tito, que sofre de paralisia cerebral devido a um erro médico durante o parto.
Diogo também traduziu Le città invisibili ("As cidades invisíveis"), de Ítalo Calvino, Como Faço o que Faço e Talvez Inclusive o Porquê, de Gore Vidal, e Um Punhado de Pó, de Evelyn Waugh.
Rádio
[editar | editar código-fonte]Mainardi participou da Cobertura da Copa do Mundo 2010, na África do Sul, fazendo comentários na Rede Jovem Pan.[27]
Internet
[editar | editar código-fonte]Desde 1º de janeiro de 2015 Mainardi dedica-se a um website informativo e opinativo sobre política e economia chamado O Antagonista, fundado por ele e Mario Sabino.[2]
Estilo
[editar | editar código-fonte]Em seus textos, Mainardi tenta unir temas aparentemente díspares a fim de enriquecer a narrativa e explicitar seus argumentos. Como, por exemplo, em "Corra, Diogo, corra!",[28] em que Mainardi combina o cantor Caetano Veloso, a bomba nuclear iraniana e o renascentista Ticiano com análises técnicas de investimentos na bolsa de valores para concluir, inesperadamente: "Se o investimento der certo, nunca mais farei um artigo. Se der errado, terei de me transformar num colunista baiano."
Mainardi é ciente da parcela de artificialidade do procedimento. Tanto que, já pelos idos de agosto de 2000, escreveu "A ilusão de significado",[29] texto em que se utiliza escancaradamente do expediente. Logo no primeiro parágrafo, elenca os temas da crônica, aparentemente sem qualquer relação aparente: "Nem sei por onde começar: Edgar Allan Poe, hambúrgueres de frango, Mobutu, o sequestrador filipino ou embriões humanos. Talvez seja melhor começar com o senador Joseph Lieberman, candidato à vice-presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata." E, após discorrer sobre todos eles, explicitando as imprevistas relações ocultas, conclui, mas não sem a devida ironia: "O tempo todo somos bombardeados por notícias. Com um pouco de sorte, elas acabam estabelecendo conexões em nossa cabeça, o que gera uma ilusão de significado, como aconteceu comigo nesta semana. Por falta de espaço, só não consegui falar sobre o sequestrador filipino, mas juro que tinha a ver com Poe."
Voltaire e Jonathan Swift são autores recorrentes em sua obra. Sobre o segundo, já disse: "Não sei, não, mas, se me perguntassem, eu diria que é o maior escritor de todos os tempos. (…) representa o elo perdido da literatura. O caminho que esta poderia ter tomado e não tomou."[30] E, sobre o primeiro, não foi menos exaltado no título de seu texto de 1995: "Furacão libertário".[31]
Ao descrever estes autores, Mainardi costuma ressaltar as qualidades que refletem características de seu próprio estilo. Sobre Voltaire: "A sua ironia mordaz não se reduz a inofensivas tiradas de efeito ou jogos de palavras. É muito mais cruel, (…) a destruição lógica dos mitos através da leitura atenta dos próprios mitos."[31] Sobre Swift: "O estilo paródico (…), a lógica alucinada (…), não interessa profundidade psicológica, ambiguidade de caráter e questionamento da alma humana. (…) nos considera muito mais rudimentares (…), previsíveis."[30]
Polêmicas
[editar | editar código-fonte]Em 2014, ele foi um dos citados na Lista negra do PT,[32] nome por qual ficou conhecida uma lista de citados em um artigo do então vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Alberto Cantalice, intitulado como "A desmoralização dos pitbulls da grande mídia",[33] em que, além de Madureira, tinha Danilo Gentili, Lobão, Arnaldo Jabor, Marcelo Madureira, Marcelo Madureira, Guilherme Fiuza e Demétrio Magnoli chamando-os de "elitistas e os acusando de serem contra os pobres e de fomentarem ódio".[32]
Em 27/10/2014, numa entrevista no programa Manhattan Connection, ao comentar sobre a reeleição de Dilma Rousseff como Presidente da República, o jornalista se referiu ao povo da região Nordeste do Brasil como "retrógrados", "governistas", "subalternos" e "bovinos":[34]
"Essa eleição é a prova de que o Brasil ficou no passado. Não é Bolsa Família, não é marquetagem. O Nordeste sempre foi retrógrado, sempre foi governista, sempre foi bovino, sempre foi subalterno durante a ditadura militar, depois com o reinado do PFL e agora com o PT. É uma região atrasada, pouco educada, pouco instruída, que tem uma grande dificuldade para se modernizar na linguagem. A imprensa livre só existe da metade do Brasil para baixo. Tudo que representa a modernidade tá do outro lado"
Diogo Mainardi, Manhattan Connection, 27/10/2014
Apesar do teor e escopo de sua fala, o jornalista pediu desculpas posteriormente alegando não ter querido "culpar a vítima da manipulação e sim quem a pratica".[35][36]
Ainda na mesma entrevista, Diogo Mainardi afirmou que vota pelo grande empresariado brasileiro e que "naquele momento se sentia mais paulista do que brasileiro", pelo eleitorado de São Paulo ter tido um percentual de 66% de votos contra a candidata à reeleição.[34]
Em 2021, em entrevista para o programa Manhattan Connection, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro foi xingado por Mainardi. O xingamento foi censurado por um bipe,[37] e cortado da versão disponibilizada no YouTube.[23] Seis dias após o incidente, Mainardi pediu demissão do programa, de modo a "preservá-lo", em suas próprias palavras.[23][37] Ao informar seu pedido de demissão no site Antagonista, Mainardi concluiu o seu texto novamente xingando o Antônio Carlos.[37][38]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ MAINARDI, Diogo (2007), Lula É Minha Anta, ISBN 978-8-50108070-7 1ª ed. , São Paulo: Editora Record
- ↑ a b «Diogo Mainardi e Mário Sabino, ambos ex-Veja, lançam site de notícias com opinião», Jornalismo, Portal Imprensa
- ↑ https://www.poder360.com.br/midia/pedro-cerize-sera-o-novo-dono-do-antagonista-e-da-revista-crusoe/
- ↑ https://www.poder360.com.br/midia/diogo-mainardi-diz-que-nao-escrevera-mais-para-o-antagonista/
- ↑ REDAÇÃO (4 de maio de 2021). «Mainardi anuncia demissão do Manhattan Connection após xingar convidado no ar». Notícias da TV. Consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ Elizabete Antunes - O Globo (16 de abril de 2011). «Caio Blinder diz que Diogo Mainardi é a 'estrela' do 'Manhattan Connection'». oglobo.globo.com. Consultado em 28 de abril de 2011
- ↑ MAINARDI, Diogo (13 de agosto de 2003), «A van da literatura», Abril, Veja (1815).
- ↑ a b AbrilVeja, 13 de agosto de 2003.
- ↑ Mainardi, Diogo (13 de agosto de 2003). «A van da literatura». Veja. Consultado em 19 de julho de 2023. Arquivado do original em 1 de janeiro de 2008
- ↑ «A comovente narrativa de Diogo Mainardi sobre o filho que nasceu com paralisia cerebral». Pioneiro. Clic RBS. 2 de setembro de 2012. Consultado em 20 de outubro de 2020
- ↑ MAINARDI, Diogo, «O Grande Botão Vermelho» online ed. , Abril, Veja.
- ↑ «diogomainardi on Twitter». Twitter
- ↑ «Miguel Nicolelis on Twitter». Twitter
- ↑ Zambarda, Pedro (20 de abril de 2017). «Diogo Mainardi é o meu anta favorito». Portal Comunique-se. Consultado em 20 de outubro de 2020
- ↑ Mainardi fala ao Itu.com.br antes de sua saída do Brasil.
- ↑ Nogueira, Davi. «Entre tucanos: segundo Wikileaks, Mainardi sugeriu Marina para vice de Serra nas eleições de 2010». Diário do Centro do Mundo. Consultado em 20 de outubro de 2020
- ↑ Telegrama 10RIODEJANEIRO32, Wikileaks, fevereiro de 2010.
- ↑ «Wikileaks: além de relação com William Waack, EUA analisam a mídia brasileira», Jornal do Brasil, 28 de outubro de 2011.
- ↑ AbrilVeja, 14 de agosto de 2002.
- ↑ Azevedo, Reinaldo (12 de março de 2012). «Diogo Mainardi e os crucifixos: "Em Deus, eu não acredito, não! Mas na Igreja, sim!" | Reinaldo Azevedo». VEJA. Consultado em 20 de outubro de 2020
- ↑ Diogo Mainardi no centro do Roda Viva | Roda Viva | TV Brasil | Notícias, 20 de agosto de 2012, consultado em 20 de outubro de 2020
- ↑ «Manhattan Connection estreia neste domingo na Globo News». Globo Imprensa. 19 de janeiro de 2011. Consultado em 20 de outubro de 2020
- ↑ a b c «Diogo Mainardi pede demissão da TV Cultura e deixa 'Manhattan Connection' após xingar advogado». G1. 4 de maio de 2021. Consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ Folha de S.Paulo (18 de novembro de 2023). «Manhattan Connection reestreia com Danilo Gentili em novo canal na TV». Folha de S.Paulo. Consultado em 19 de novembro de 2023
- ↑ «Mater Dei», UOL (sinopse), Folha da Manhã.
- ↑ Jabuti, Câmara Brasileira do Livro, 1990.
- ↑ «Jovem Pan contrata reforço para a Copa do Mundo», UOL, Copa do mundo, Folha da manhã.
- ↑ AbrilVeja, 2 de junho de 2010.
- ↑ AbrilVeja, 30 de agosto de 2000.
- ↑ a b AbrilVeja, 17 de agosto de 1994.
- ↑ a b AbrilVeja, 12 de abril de 1995.
- ↑ a b «A lista do PT». O Globo. 19 de junho de 2014. Consultado em 27 de outubro de 2023
- ↑ «Alberto Cantalice: A desmoralização dos pitbulls da grande mídia». Partido dos Trabalhadores (em inglês). Consultado em 27 de outubro de 2023
- ↑ a b Diogo Mainardi: Eleição da Dilma e Nordeste - 27/10/2014: https://www.youtube.com/watch?v=MRC-SPPSJOE
- ↑ Diogo Mainardi pede desculpas a Hulk e ao Nordeste: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/apos-polemica-diogo-mainardi-pede-desculpas-a-hulk-e-ao-nordeste/
- ↑ https://revistaforum.com.br/noticias/apos-declaracoes-polemicas-mainardi-pede-desculpas-nordestinos/
- ↑ a b c «Diogo Mainardi explica pedido de demissão da TV Cultura após xingar advogado». Isto É. 4 de maio de 2021. Consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ Schuquel, Thayná (4 de maio de 2021). «Mainardi pede demissão e xinga Kakay pela 2ª vez: "Vai tomar no c…"». Metrópoles. Consultado em 4 de maio de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «GNT», Globosat, Globo: canal que transmite o programa Manhattan Connection.
- Sobre Diogo (blogue), Google: discussão sobre suas colunas e entrevistas.
- Petrik, Manuel (2006). O duelo verbal: um estudo sobre o polemista no jornalismo (Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social). PUCRS
- Apt, Michel Kahan (20 de dezembro de 2010). «Discurso e poder: o modelo mental como instrumento ideológico de manipulação». Dissertação de Mestrado, FFLCH. doi:10.11606/d.8.2010.tde-08022011-124024
- Júnior, José Luiz Foureaux de Souza (20 de dezembro de 2008). «Diogo Mainardi e uma(sua) nacionalidade outra». Nau Literária. 4 (2). ISSN 1981-4526. Consultado em 29 de outubro de 2016