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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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 Nota: "UFRGS" redireciona para este artigo. Para a empresa ferroviária, veja VFRGS.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Brasão da UFRGS em sua versão tradicional
UFRGS
Fundação 29 de setembro de 1895 (128 anos) (Escola de Farmácia, Química e Engenharia)
28 de novembro de 1934 (89 anos) (Universidade de Porto Alegre)
Tipo de instituição Pública Federal
Mantenedora Ministério da Educação (Governo do Brasil)
Localização Porto Alegre,  Rio Grande do Sul,  Brasil (Reitoria)
Reitor(a) Carlos André Bulhões
Vice-reitor(a) Patricia Pranke
Total de estudantes 47087
Cores      Vermelho
     Azul
Afiliações CRUB, RENEX[1]
Orçamento anual 1.851.030.801,48 (2019)[2]
Página oficial www.ufrgs.br

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)[nota 1] é uma instituição de ensino superior pública brasileira, mantida pelo Governo Federal do Brasil. Fundada em 1934, a reitoria situa-se em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, com uma área de aproximadamente 22 km2. Em 2019, contava com mais de 29 mil alunos de graduação e foi eleita pelo 8º ano consecutivo como a melhor universidade federal do Brasil[3] sendo, também, eleita a melhor universidade entre todas as instituições de Ensino Superior da Região Sul do Brasil.[3]

A UFRGS mantém centros de graduação e pós-graduação nas áreas de ciências exatas, humanas, da saúde, entre outras. Em 2012, figurava na 5a posição nacional na Classificação Acadêmica das Universidades Mundiais elaborada pela Shanghai Jiao Tong University[4] e na 4a posição nacional no QS World University Rankings publicado pela Quacquarelli Symonds do Reino Unido. Em um ranking organizado pelo Ministério da Educação da Espanha, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul aparece em 152° lugar, entre 17 mil instituições pesquisadas, e na 3ª posição entre as melhores da América Latina.[5]

De 2012 a 2019 a UFRGS foi a melhor universidade federal do Brasil, com o maior IGC-Contínuo na avaliação do MEC, tendo sido, também, a melhor entre todas as universidades nos anos de 2012, 2013 e 2014.[6] Junto da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), é a universidade que mais vezes obteve o primeiro lugar na referida avaliação. A avaliação leva em conta o desempenho dos estudantes na prova do Enade, a infraestrutura, a formação dos professores e os indicadores da pós-graduação.

A UFRGS mantém-se como a melhor universidade federal do Brasil na mais recente avaliação da qualidade da educação superior realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do MEC, divulgada em dezembro de 2019. Mais uma vez, a UFRGS alcançou a maior pontuação entre todas as universidades federais do País, com Índice Geral de Cursos (IGC) de 4,29, na escala que vai de 1 a 5. A avaliação corresponde ao ano de 2018. Na listagem geral, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ocupa o primeiro lugar, com IGC de 4,39. A terceira instituição da listagem geral é a Universidade Federal de Minas Gerais, seguida pela Universidade Federal de São Paulo. A quinta melhor avaliação é da Universidade Federal de Santa Catarina.[7]

Entre os principais ex-alunos filiados à UFRGS, estão três presidentes do Brasil (Getúlio Vargas, João Goulart e Dilma Rousseff), três governadores do Rio Grande do Sul, nove ministros do Supremo Tribunal Federal, membros da Academia Brasileira de Letras e importantes atores, músicos e jornalistas brasileiros.[carece de fontes?]

O panorama educativo no estado do Rio Grande do Sul ao longo de todo o século XIX foi de precariedade, com poucas escolas, poucos professores, currículos fracos e desorganizados e baixa procura, com um alto índice de analfabetismo entre a população. Somente em 1860 foi criada a primeira Escola Normal para formação de professores primários, que só começou a operar nove anos depois, e a primeira biblioteca pública só foi instalada em 1877. Quem desejasse seguir cursos superiores devia se dirigir a São Paulo, Rio de Janeiro ou Recife, e mesmo lá teria poucas opções além dos tradicionais cursos de Medicina, Engenharia e Direito. Embora o governo reconhecesse a necessidade de melhorar a situação, os investimentos eram pequenos e esparsos e não havia um plano de desenvolvimento de longo prazo. Tampouco havia uma estrutura para cursos técnicos regulares.[8]

Escola de Engenharia

Esse contexto deficitário começou a mudar no fim do século, quando a elite política e intelectual, influenciada pelo positivismo e pelo cientificismo, passou a entender a organização regrada da sociedade, a educação popular e a qualificação profissional como ferramentas essenciais para o progresso, para o desenvolvimento econômico e para a entrada na modernidade.[8][9][10] O primeiro resultado dessa filosofia foi a criação da Escola Livre de Farmácia e Química Industrial em 29 de setembro de 1895. Seguiram-se a Escola de Engenharia em 10 de agosto de 1896; a Faculdade de Medicina em 25 de julho de 1898, formada com a fusão da Escola de Farmácia com o Curso de Partos da Santa Casa; a Faculdade Livre de Direito em 17 de fevereiro de 1900, e o Instituto Livre de Belas Artes em 22 de abril de 1908, todos instituições privadas e independentes entre si, embora contassem com decisivo apoio estatal, na forma de verbas, espaços e equipamentos.[8]

Várias outras escolas foram criadas a partir dessas instituições, sendo especialmente dinâmica a Escola de Engenharia, iniciativa de um grupo de engenheiros militares de formação positivista e professores da Escola Militar de Porto Alegre. Concebida como um instituto politécnico, tinha a meta de formar mão-de-obra qualificada, preparando profissionais para o desenvolvimento industrial do estado.[11] Segundo Maria de Nazareth Hansen,

"Um dos primeiros cursos que iniciaram na Escola de Engenharia foi o de Hidráulica, que incluía disciplinas que relacionavam-se ao saneamento e à melhoria da navegabilidade dos rios. [...] Os demais cursos iniciais, da mesma forma, atendiam todos às necessidades da época: Estradas, Agrimensura, Arquitetura e Agronomia. Cada um deles expressava uma frente de ação, que atacaria um a um os entraves ao progresso e que poderia produzir a autonomia da mão-de-obra do Estado, que até então importava profissionais especializados ou exportava seus filhos mais abastados para buscar conhecimentos e qualificação no além fronteiras".[12]

Reconhecida como o "núcleo central da proposta positivista de ensino superior",[10] a Escola de Engenharia instalou o Curso de Agronomia em 1898, o Instituto Ginasial Júlio de Castilhos em 1900, o Instituto Astronômico e Meteorológico e o Instituto Técnico Profissional em 1906, o Instituto Eletrotécnico em 1908, o Curso de Química Industrial em 1920 e o Instituto Experimental de Agricultura em 1922.[8][10] Já a Faculdade de Medicina criou o Curso de Odontologia em 1898, e, a Faculdade de Direito, a Escola de Comércio em 1909.[8]

A Faculdade de Medicina

Para receber essas escolas foram construídos suntuosos edifícios junto ao Campo da Redenção, uma área que no início do século XIX era uma vasta várzea alagadiça que servia de depósito de lixo e ponto de descanso de carreteiros e boiadeiros, e que recentemente, com a expansão da cidade, vinha sendo objeto de crescente interesse imobiliário e urbanístico. Esse conjunto arquitetônico hoje é um patrimônio histórico do estado. Essas escolas prestaram um serviço marcante à sociedade gaúcha, tanto no ensino superior, cortando o antigo ciclo de dependência de centros externos de formação, bem como no campo do ensino técnico profissionalizante, formando gerações de profissionais qualificados para as indústrias do couro, química, elétrica, mecânica e da construção civil, muito necessários numa época em que a industrialização se expandia rapidamente e o governo estadual desejava mostrar ao Brasil uma imagem de força e progresso. A própria concepção palaciana e ornamental dos edifícios levantados para as escolas era fruto do desejo da elite positivista de tornar Porto Alegre o "cartão de visitas" do estado, integrando-se a um amplo programa de reurbanização e higienização da zona central.[8][13]

Criação da universidade

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Busto de Manuel André da Rocha, o primeiro reitor

A partir do final da década de 1920 o ensino brasileiro passou por uma reavaliação, e em 1930 a Federação Acadêmica do Rio Grande do Sul propôs a criação de uma universidade "que rompesse com a inércia em que viam emperrado o sistema educacional vigente". As condições para isso foram favorecidas pela ascensão de Getúlio Vargas à presidência da República em 1930, criando o Ministério da Educação e Saúde, que através do Decreto nº 19.851 de 11 de abril de 1931 implantou a chamada Reforma do Ensino, estabelecendo todo um novo conjunto de normas para o funcionamento dos cursos superiores. Em 1932 era fundado o Partido Universitário, que lançou oficialmente o movimento pró-universidade, desencadeando um intenso debate local e ganhando ampla aceitação.[14]

Assim, em 28 de novembro de 1934, através do Decreto Estadual nº 5.758, foi criada a Universidade de Porto Alegre (UPA), a primeira universidade do estado, reunindo as escolas isoladas já existentes, sendo instalada oficialmente em maio de 1936. Seu primeiro reitor foi Manuel André da Rocha, professor da Faculdade de Direito. No mesmo ano foi criada a Faculdade de Educação, Ciências e Letras. Com a instauração do Estado Novo em 1937, que deu poderes ditatoriais a Vargas, André da Rocha renunciou e a administração da universidade entrou em crise, com cinco reitores diferentes nos oito anos seguintes. Apesar da instabilidade, em 1942 foram criados os cursos de Matemática, Física, Química e História Natural, em 1943 Filosofia, Geografia e História, Letras Clássicas, Letras Neolatinas, Letras Anglo-Germânicas, Pedagogia e Didática.[15][16]

Com a aprovação de um novo Plano Diretor Municipal na administração do prefeito José Loureiro da Silva (1937-1943), a Redenção teve sua área verde definida legalmente, não podendo (em tese) ser reduzida. Com isso as possibilidades de ampliação do campus foram anuladas, e a universidade se viu obrigada a encontrar novas áreas para acomodar a constante multiplicação de seus departamentos, cursos e corpo discente. Em 1943 foi lançada a pedra fundamental do Hospital de Clínicas, situado na Rua Ramiro Barcelos. Sua construção seria longa e complicada, mas a presença do hospital foi o primeiro passo para a formação do Campus Médico. Atendendo a uma antiga reivindicação, o Decreto-lei nº 736 de 30 de dezembro de 1944 deu à universidade ampla autonomia administrativa, financeira e pedagógica. Até 1946 foram criados os cursos de Arquitetura, Economia e Administração, e em 1947 a UPA foi transformada na Universidade do Rio Grande do Sul, incorporando faculdades de Farmácia, Odontologia e Direito existentes nas cidades de Pelotas e Santa Maria.[15]

O Colégio de Aplicação

Em 1950, durante a reitoria de Alexandre Martins da Rosa, ameaçada de insolvência, a universidade foi federalizada, tornando-se a moderna Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e na gestão do reitor Eliseu Paglioli (1952-1964) foi dado grande impulso às obras e à qualificação do ensino, criando o Colégio de Aplicação, os institutos de Matemática, Pesquisas Hidráulicas, Física, Filosofia, Administração, Sociologia e Política, Biofísica, Bioquímica, Ciências Naturais, Pesquisas Forrageiras, Fisiologia, Tecnologia Alimentar, Microbiologia, o Curso de Urbanismo, a Escola Dramática, a Escola de Auxiliares de Enfermagem, a Escola de Geologia, a Escola de Biblioteconomia, o Centro Pesquisas Oceanográficas, o Centro de Pesquisas Econômicas, além da Rádio da Universidade, Cinema Educativo, Teatro, Orquestra Sinfônica e Coral Universitário e faculdades de Medicina e Farmácia em Santa Maria, Odontologia e Direito em Pelotas, Colônia de Férias em Tramandaí e o Centro Agronômico em Eldorado do Sul. Segundo Tonioli, "as aspirações de Paglioli foram ao encontro dos interesses desenvolvimentistas do governo federal, fator determinante para o sucesso alcançado".[17]

Essa multiplicação de novos cursos e departamentos exigia acomodação física. Apesar dos limites impostos pelo Plano Diretor, a universidade conseguiu alguns terrenos extras na Redenção para a construção de diversas outras unidades. Até 1964 foram inaugurados no campus os prédios da Faculdade de Filosofia, o Anfiteatro, o Diretório Acadêmico, o Instituto de Ciências Naturais, o Pavilhão de Tecnologia, a Reitoria, o Salão de Atos, a Faculdade de Ciências Econômicas, a Faculdade de Arquitetura, a Engenharia Nova e o Colégio de Aplicação.[18]

A Faculdade de Farmácia

Também foi adquirida uma área de 20 hectares entre a Avenida Protásio Alves, a Avenida Ipiranga e a Rua Ramiro Barcelos para a instalação do Campus Médico, hoje chamado Campus Saúde, mas o local era alagadiço, requerendo um grande investimento para a viabilização do projeto. Em 1958 a Faculdade de Farmácia era a primeira Unidade de Ensino a ser inaugurada no novo Campus Saúde, instalada em um prédio modernista na Avenida Ipiranga nº 2752. Em seu redor seriam instalados ao longo dos anos a Faculdade de Odontologia, o Planetário, a Faculdade de Psicologia, a Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, a Escola de Enfermagem, o Instituto de Ciências Básicas da Saúde, a Casa do Estudante, uma creche, o Restaurante Universitário, o Centro de Orientação de Seleção Psicotécnica, a Editora e Gráfica e o Centro de Processamento de Dados.[15][10]

Faculdade de Agronomia no Campus do Vale

Enquanto isso, em 1958 iniciaram as obras de estruturação e ampliação do Campus do Vale, onde desde 1898 funcionava o Curso de Agronomia e Veterinária. Foi um movimento ousado, pois na época ainda não existia transporte público até esta área, na divisa com o município de Viamão, muito distante do centro, e a estrutura de segurança e serviços era quase nula, gerando grande resistência entre alunos, servidores e professores. Este campus foi inaugurado em 1977, reabilitando as instalações da Agronomia, e construindo prédios novos para o Instituto de Tecnologia de Alimentos, o Instituto de Letras e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Mais tarde foram instalados os Institutos de Matemática, Química, Biociências, Geociências, Informática e Pesquisas Hidráulicas, os Centros de Ecologia, Biotecnologia, Tecnologia, Diagnóstico em Patologia Aviária, Hidrologia Aplicada e Microscopia, o Instituto Latino Americano de Estudos Avançados, o Centro Estadual de Pesquisa em Sensoriamento Remoto e Meteorologia, o Colégio de Aplicação, o Observatório Astronômico, a Brinquedoteca, além de setores dos Cursos de Zoologia, Botânica, Biotecnologia, Biofísica e Genética, contando, ainda, com restaurante universitário, lanchonetes, posto bancário e outros serviços.[10][19]

Pavilhões da Estação Experimental Agronômica
Pavilhão no Campus Olímpico

Em 1960 a UFRGS adquiriu a Fazenda Evangelina no município de Eldorado do Sul para instalar a Estação Experimental Agronômica, e em 1963 inaugurou o novo Campus Olímpico no Bairro Jardim Botânico.[20]

Com a implantação da ditadura militar em 1964, que trouxe censura e repressão aos movimentos sociais, a universidade entrou em uma fase de intensa politização. Nas palavras de Sandra Pesavento, "com o golpe de 31 de março, iniciavam-se os anos autoritários, com inevitáveis alterações na vida acadêmica. Professores cassados, expurgos, prisões de estudantes, torturas, delatores, aulas vigiadas, controle sobre as entidades acadêmicas estudantis, na mira da repressão".[21]

Através da Lei nº 5.540 de 1968 foi instituída uma nova reforma do ensino superior inspirada em modelos norte-americanos, o que transformou a estrutura administrativa da UFRGS e introduziu o sistema de Departamentos, abolindo o antigo sistema das Cátedras. Ao fim da reforma, a UFRGS tinha os departamentos de Física, Geociências, Matemática, Química, Engenharia, Agronomia, Arquitetura, Ciências Econômicas, Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Pesquisas Hidráulicas, Biociências, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Odontologia, Veterinária, Educação Física, Filosofia e Ciências Humanas, Biblioteconomia e Comunicação, Direito, Educação, Artes e Letras. Em 1969 foi incorporada a Escola Superior de Educação Física, consolidando o Campus Olímpico. Em 1970 foi criado o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, em 1976 foram instituídas as pró-reitorias, e no mesmo ano foi firmado convênio para impulsionar as obras no Campus do Vale.[22]

As décadas de 1960 e 1970 foram marcadas por diversos avanços, mas também por turbulências e incertezas. Foi um período de lutas políticas e muitas greves de estudantes e professores. Com o fracasso do "milagre brasileiro", num contexto de crise econômica, crise política e descontentamento geral na sociedade, na década de 1980 iniciava o processo de redemocratização do país, quando vários professores e servidores perseguidos pelos militares foram reinstalados em suas funções.[23] Em 1983 foi inaugurado o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos no município de Tramandaí, a base para a futura formação do Campus Litoral Norte.[24]

O Campus Saúde

Na década de 1990, afetada por políticas econômicas governamentais, a universidade enfrentou problemas sérios de financiamento, atrasando obras, dificultando a manutenção das estruturas físicas e as atividades acadêmicas, e prejudicando o atingimento de muitas metas. Apesar disso, vários prédios novos foram concluídos até o fim do século XX, como a Escola Técnica e a Faculdade de Medicina no Campus Saúde e o novo Colégio de Aplicação no Campus do Vale, permitindo uma redistribuição de funções nos edifícios do sempre superlotado Campus Centro. Neste período o Campus do Vale, dentre os campi da UFRGS, foi o que mais sofreu ampliação em estrutura construída. Com a entrada da reitora Wrana Panizzi em 1996, foi dada grande ênfase na recuperação do patrimônio histórico edificado e na consolidação da universidade como um centro de cultura para o grande público.[25]

Contemporaneidade

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O Centro Cultural da UFRGS, instalado no antigo Instituto de Química

Em 1999 foi lançado o Projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural, objetivando conservar o seu valioso patrimônio arquitetônico e requalificar sua vasta área construída, na tentativa de amenizar a crônica carência de espaço físico que a universidade enfrenta em razão da sua constante expansão. Também esteve entre os objetivos do projeto oferecer novos recursos educativos e culturais para a comunidade. No ano seguinte a universidade criou a Secretaria de Patrimônio Histórico para coordenar as ações, e para depois manter um programa permanente de conservação das estruturas e desenvolvimento de atividades culturais e educativas, além de transformar o antigo Instituto de Química em um Centro Cultural, oferecendo para a população em geral uma programação diversificada que inclui cursos, apresentações artísticas, exposições, palestras, encontros, eventos e visitas guiadas pelos prédios históricos, com três deles servindo como museus.[26][27]

Em 2009 foi lançada a ideia da construção de um campus no litoral, a partir do desejo expresso das comunidades litorâneas. Com recursos dos Ministério da Educação e Cultura, o projeto foi desenvolvido a partir de 2011 e em dezembro de 2014 era inaugurado em Tramandaí o Campus Litoral Norte, oferecendo Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia e Licenciatura em Educação.[28] Em 2024 oferecia 12 cursos de graduação e 3 de pós-graduação, vários deles na modalidade de Educação à Distância.[29]

Pinturas murais na Faculdade de Direito

Uma das mais antigas universidades públicas brasileiras,[30] nas últimas décadas a UFRGS tem se mantido consistentemente entre as melhores universidades do Brasil, muitos anos sendo a primeira colocada na categoria das universidades públicas,[7] e permanece em continua expansão. Desde sua origem vem exercendo um impacto expressivo na sociedade gaúcha, não apenas em termos educativos, mas também científicos, sociais, políticos, tecnológicos, artísticos e culturais, sendo um grande centro de investigação, debate, transmissão e irradiação de ideias, filosofias e conhecimentos. Por essa importância, a história da universidade tem sido bastante estudada. Possui uma estrutura física espalhada em vários pontos do estado, com áreas e edifícios nos municípios de Porto Alegre, Eldorado do Sul, Gramado, Tramandaí, Imbé e Capão Novo. Em Porto Alegre, a universidade se organiza em quatro campi: Centro, Saúde, Olímpico e Vale, além de ocupar alguns edifícios avulsos em outros locais da cidade.[31]

Indicadores 2020[32][33]
  • Primeiras escolas fundadas em 1895
  • Ano da Fundação: 1934 (como Universidade de Porto Alegre)
  • Área Territorial: 22.005.051,71 m2
    • Porto Alegre: 6.246.66 m2
    • Imbé: 151,713 m2
    • Imbé (imóveis de terceiros): 95.924 m2
    • Eldorado do Sul: 15.566.000 m2
    • Outras Unidades: 38.590 m2
  • Área Construída: 397.389,41 m2
  • Graduação (4-6 anos de curso):
    • Cursos oferecidos: 84 (presenciais) e 2 (EAD)
    • Total de estudantes: (Segundo semetre de 2019) 29.190 alunos matriculados, sendo '15.031 mulheres e 14.159 homens.
  • Pós-graduação (Mestrado: 2 anos de curso; Doutorado: 4 anos de curso):
    • Cursos de Mestrado Acadêmico: 74
    • Cursos de Mestrado Profissional: 9
    • Cursos de Doutorado: 71
    • Cursos de Especialização (Lato sensu): 208 (160 em andamento; 48 concluídos)
    • Estudantes de Mestrado Acadêmico: 5.368
    • Estudantes de Mestrado Profissional: 384
    • Estudantes de Doutorado: 5.575
    • Estudantes de Especialização: 11.971
  • Colaboradores:
    • Professores: 2.749, dos quais 2.586 (94,13%) têm Doutorado e/ou Pós-Doutorado
    • Professores permanentes: 2.677
    • Professores substitutos/temporários: 72
    • Professores em regime de dedicação exclusiva: 2.318
    • Técnicos-administrativos: 2.731
    • Total de colaboradores: 5.480
  • Pesquisa:
    • Grupos de pesquisa: 900
    • Professores com participação registrada em projetos de pesquisa: 2.184
    • Técnicos com participação registrada em projetos de pesquisa: 290
    • Alunos de graduação com bolsas de iniciação científica: 2.945
    • Projetos em andamento: 5.036
Museu da UFRGS, no Campus Central

Com mais de 300 prédios, 29 unidades de ensino, nos quais se distribuem 94 departamentos e são ministradas as aulas dos cursos de graduação e pós-graduação, a UFRGS é a maior universidade do Rio Grande do Sul.

A área física da Universidade é de 2.185 ha, com 10.607 m² de área construída, divididas, além de unidades dispersas, em cinco campi:

O sistema que é disponibilizado aos aproximadamente 29 mil alunos de graduação, 12 mil de pós-graduação e 1.300 de ensino fundamental, médio e técnico pós-médio possui ainda mais de 500 laboratórios, 33 bibliotecas, 37 auditórios, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Editora, Museu, Jardim Botânico, Centro de Teledifusão, Observatório Astronômico, CPD, 3 Casas do Estudante, 6 Restaurantes Universitários, 2 Colônias de Férias e diversos outros centros.

Unidades acadêmicas

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Sede da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da universidade, no Campus Saúde.

Além das unidades de ensino superior acima, a UFRGS também conta com uma unidade de ensino básico, o Colégio Aplicação.

Outros órgãos

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A UFRGS conta com os seguintes órgãos adicionais:[34]

Órgãos suplementares
  • Biblioteca Central
  • Centro de Processamento de Dados
  • Centro de Teledifusão Educativa
  • Centro Nacional de Supercomputação
  • Cinema e Teatro
  • Editora
  • Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados
  • Museu
  • Centro de Microscopia e Microanálise (CMM)
  • Instituto do Patrimônio Histórico-Cultural (IpaHC)
  • Centro Técnico de Inovação Pedagógica e Educação a Distância.
Órgãos auxiliares
  • Centro de Ecologia, vinculado ao Instituto de Biociências
  • Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica, vinculado ao Instituto de Biociências
  • Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas, vinculado à Faculdade de Ciências Econômicas
  • Centro de Estudos e Pesquisas em Administração, vinculado à Escola de Administração
  • Centro de Estudos em Petrologia e Geoquímica, vinculado ao Instituto de Geociências
  • Centro de Estudos Linguísticos e Literários, vinculado ao Instituto de Letras
  • Centro de Investigação de Gondwana, vinculado ao Instituto de Geociências
  • Centro de Pesquisas em Odontologia Social, vinculado à Faculdade de Odontologia
  • Centro de Tecnologia, vinculado à Escola de Engenharia
  • Centro Olímpico, vinculado à Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança
  • Estação Experimental Agronômica, vinculada à Faculdade de Agronomia
  • Hospital de Clínicas Veterinárias, vinculado à Faculdade de Veterinária
  • Observatório Astronômico, vinculado ao Instituto de Física
  • Serviço de Pesquisa e Preparação Profissional, vinculado à Faculdade de Direito
  • Laboratório de Pesquisa do Exercício, vinculado à Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança
  • Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos, vinculado ao Departamento Interdisciplinar
  • Centro de Reprodução e Experimentação de Animais de Laboratório, vinculado ao Instituto de Ciências Básicas da Saúde
  • Estação Biológica da UFRGS, vinculada ao Instituto de Biociências
  • Centro de Gestão e Tratamento de Resíduos Químicos, vinculado ao Instituto de Química
  • Clínica de Atendimento Psicológico, vinculada ao Instituto de Psicologia
  • Centro de Empreendimentos em Informática, vinculado ao Instituto de Informática
  • Centro Polar e Climático, vinculado ao Instituto de Geociências
  • Et alii Acervo, Documentação e Pesquisa em Artes, vinculado ao Instituto de Artes
  • Centro de Documentação e Acervo Digital da Pesquisa (CEDAP), vinculado à Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação
  • Incubadora Tecnológica Hestia, vinculada à Escola de Engenharia e ao Instituto de Física
  • Centro Interdisciplinar em Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento (CISADE), vinculado à Faculdade de Ciências Econômicas
  • Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Atenção em Saúde (CIPAS), vinculado ao Instituto de Psicologia.
Centros de Estudos Interdisciplinares
  • Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto (CEPSRM)
  • Centro de Biotecnologia do Estado do Rio Grande do Sul (CBiot)
  • Centro de Estudos Interdisciplinares em Agronegócios (CEPAN)
  • Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias em Educação (CINTED)
  • Centro de Nanotecnologia e Nanociência (CNANO)
  • Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV)
  • Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (CEPED)

A universidade conta com mais de 700 grupos de pesquisa cadastrados, que atuam em pesquisa básica e/ou aplicada, em todas as áreas do conhecimento. Contando todos envolvidos, incluindo alunos de graduação e pós-graduação, técnicos de laboratório, docentes e visitantes, um conjunto de aproximadamente 14 mil pessoas está envolvido em atividades de pesquisa científica e inovação tecnológica.[35]

A inovação e o desenvolvimento tecnológico são as áreas que mais se destacam na pesquisa por se transformarem em aplicações,[35] principalmente em Química, Física, Biociências, e Engenharias.

A UFRGS tem contribuído para a preservação dos sítios paleontológicos no Rio Grande do Sul, publicando diversos estudos, inclusive internacionalmente. Possui um museu de Paleontologia, que esta localizado no Instituto de Geociências.

Grupos de estudos e outras iniciativas

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A UFRGS conta com grupos extracurriculares e iniciativas empreendedoras em todos Campi.

  • Tchê Baja SAE[36]
  • RS Racing UFRGS
  • Pampa Aerodesign

O concurso vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ocorre anualmente, em Porto Alegre e em cidades do interior do estado do Rio Grande do Sul. Até o concurso para o ano de 2020, as provas eram aplicadas no mês de janeiro do ano de ingresso, mas foram adiantadas para datas entre o final de novembro e início de dezembro do ano anterior. A Comissão Permanente de Seleção (COPERSE) é responsável pela aplicação do vestibular da UFRGS.

Sistema de cotas

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Na reunião do Conselho Universitário (Consun) da universidade de 29 de junho de 2007,[37] foi aprovado um sistema de cotas para ingresso no vestibular. O sistema reserva 30% das vagas de cada curso da universidade para estudantes de escolas públicas, metade dessas vagas sendo destinadas aos que se autodeclararem negros, pardos ou indígenas. Em novembro de 2017, frente a denúncias de supostas fraudes no sistema de cotas, a universidade anunciou uma comissão para análise fenotípica dos candidatos às cotas raciais, analisando as características de "cor da pele, o tipo de cabelo, o formato do nariz e dos lábios".[38]

As vagas reservadas são divididas em oito modalidades de cotas, destinadas exclusivamente aos candidatos que se enquadram nos critérios abaixo:

Exame Nacional do Ensino Médio

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A Universidade Federal do Rio Grande do Sul, assim como a maioria das universidades federais do país, passam a adotar a partir de 2010 o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como critério de ingresso em seus cursos.[39] Inicialmente a participação do candidato no exame será optativo, sendo que seu desempenho no ENEM irá somar-se com o desempenho no concurso vestibular, tendo peso proporcional a 10% na pontuação final.[40] Em 2013, foi aprovado o ingresso na universidade por meio do exame, sendo destinado para isso, no concurso de 2015, 30% das vagas.[41] A partir de 2019, a UFRGS decidiu retirar a soma de 10% na pontuação final com a nota do ENEM, dispondo, apenas, de vagas por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (30%) e/ou por meio do Vestibular(70%).

Prédio da Reitoria

A escolha do reitor na UFRGS ocorre através de um processo em três etapas. Inicialmente, são submetidas chapas de candidatos ao Conselho Universitário (CONSUN), a instância superior da instituição. Posteriormente, ocorre uma consulta à comunidade acadêmica, que elabora uma lista tríplice, a qual é votada no CONSUN e encaminhada para escolha do presidente da República, conforme decreto de 1996.[42][43] Desde então, o primeiro colocado na consulta à comunidade acadêmica sempre havia sido nomeado reitor, sendo esses os casos de Wrana Panizzi, José Carlos Ferraz Hennemann, Carlos Alexandre Netto e Rui Vicente Oppermann.

Em 2020, após a votação na universidade ter dado vitória para a chapa de Rui Oppermann e Jane Tutikian,[44] o presidente Jair Bolsonaro nomeou Carlos André Bulhões e Patrícia Pranke, os menos votados entre os concorrentes, como reitor e vice-reitora, respectivamente.[45] A decisão foi tomada por pressão dos deputados federais Bibo Nunes, e Ubiratan Sanderson, o deputado estadual Ruy Irigaray, os três do PSL, e do senador Luís Carlos Heinze, filiado ao PP.[46] Conforme Irigaray, a decisão de nomear o menos votado explica-se pelo objetivo de combater um suposto "aparelhamento ideológico" não comprovado pelo deputado.[46] Oppermann e Tutikian divulgaram nota no dia em que Bulhões e Pranke foram oficialmente nomeados, observando que o governo federal havia decidido pela "proposta amplamente derrotada para estar à frente da UFRGS" nos quatro anos seguintes.[47]

A decisão gerou protestos de professores, técnico-administrativos e professores, que qualificaram a nomeação de Bulhões como uma intervenção na universidade.[48] Em resposta, Bulhões afirmou que considera que a sua nomeação se deu seu currículo e sua trajetória acadêmica e administrativa.[49] Ao aceitar a nomeação do governo federal, Bulhões disse ter se "equivocado" quando afirmou, durante a campanha eleitoral, o "desejo de respeitar" o resultado do pleito interno no qual acabou sendo derrotado.[50]

Patrimônio arquitetônico

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A UFRGS mantém um rico patrimônio arquitetônico em seu campus central, com diversas edificações de dimensões palacianas e fachadas decoradas, como a Escola Técnica Estadual Parobé, a Escola de Engenharia, o Instituto de Química, a Faculdade de Direito, e a Faculdade de Medicina. Outros não são tão majestosos, mas possuem interesse histórico e estético, como o Castelinho, o Château, o Observatório Astronômico, a Rádio da Universidade e o Museu da UFRGS. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tombou em 1999 os prédios da Faculdade de Direito e do Observatório Astronômico. Todo o conjunto foi declarado Patrimônio Cultural do estado em 15 de setembro de 2000.[51][52]

Alunos notáveis

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Notas

  1. pronuncia-se "URGS", pois antes da reforma universitária brasileira de 1968 o nome da instituição era URGS - Universidade do Rio Grande do Sul. Mesmo com a mudança de nome a pronúncia urgs manteve-se devido à sua ampla divulgação entre a população.

Referências

  1. «Instituições». RENEX 
  2. «Portal da Transparência». Consultado em 28 de outubro de 2016. Arquivado do original em 28 de outubro de 2016 
  3. a b «UFRGS é a melhor universidade federal do Brasil pelo 8º ano consecutivo». www.ufrgs.br. Consultado em 30 de setembro de 2020 
  4. «ARWU 2012» 
  5. «Cópia arquivada». Consultado em 10 de outubro de 2009. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014 
  6. «Resultados - INEP». portal.inep.gov.br. Consultado em 30 de setembro de 2020 
  7. a b «UFRGS é a melhor universidade federal do Brasil pelo 8º ano consecutivo» 
  8. a b c d e f Silva, Rosângela Gomes da. Trabalho de gerações: um estudo sobre memória de famílias de servidores da UFRGS. Porto Alegre: CirKula, 2014, pp. 28-35
  9. Araújo, Cesar Augusto Papini. A trajetória do Observatório Astronômico do Rio Grande do Sul : 1907 a 1933 : tecendo relações entre História, Ciência e Patrimônio. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2013, pp. 18-38
  10. a b c d e Pinto, Gelson de Almeida & Buffa, Ester. "O câmpus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul". In: Arquitetura e Educação: campus universitários brasileiros. São Carlos: EdUFSCar, 2009, pp. 89-103
  11. Tonioli, p. 31
  12. Hansen, Maria de Nazareth Agra. Escola de Engenharia - UFRGS: um século. Porto Alegre: Tomo Editorial, 1996, p. 32
  13. Tonioli, Renata Manara. Cidade e universidade : arquitetura e configuração urbana do Campus Centro da UFRGS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014, pp. 63-64
  14. Tonioli, pp. 34-35
  15. a b c Silva, pp. 38-41
  16. Tonioli, pp. 35-37
  17. Tonioli, pp. 38-42
  18. Tonioli, pp. 45-48; 80-104
  19. Silva, p. 49
  20. Silva, pp. 48-50
  21. Apud Tonioli, p. 44
  22. Tonioli, pp. 44-45
  23. Tonioli, pp. 44-46
  24. Silva, p. 51
  25. Tonioli, pp. 47-50
  26. Devincenzi, Diego Speggiorin. "Ações de educação patrimonial na Ufrgs: a visita guiada". In: Semina — Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF, 2015; 14 (2) — Dossiê: História, Política e Relações de Poder
  27. Rodrigues, Noemia Fatima; Bem, Judite Sanson; Bernd, Zila. "O projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural da UFRGS - contribuições da Lei Rouanet". In: Colóquio – Revista do Desenvolvimento Regional - Faccat, 2017; 14 (1)
  28. "Histórico". Campus Litoral Norte - UFRGS, 2024
  29. "Cursos". Campus Litoral Norte - UFRGS, 2024
  30. Tonioli, p. 11
  31. Tonioli, pp. 17-18; 31-32
  32. «UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul». www.ufrgs.br 
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  37. «Conselho Universitário aprova sistema de cotas na UFRGS». 29 de junho de 2007. Consultado em 30 de junho de 2007 
  38. Bárbara Müller (25 de setembro de 2017). «Comissão para evitar fraudes no sistema de cotas raciais da UFRGS divide opiniões». Zero Hora. O critério utilizado será o fenótipo, ou seja, os membros da comissão irão avaliar a cor da pele, o tipo de cabelo, o formato do nariz e dos lábios. 
  39. «UFRGS define participação no Enem». 22 de julho de 2009. Consultado em 7 de outubro de 2009 
  40. «Entenda como a nota do Enem será usada no vestibular da UFRGS». 4 de agosto de 2009. Consultado em 7 de outubro de 2009 
  41. «UFRGS aprova adesão parcial ao Sisu». www.ufrgs.br. Consultado em 5 de janeiro de 2016 
  42. «DECRETO Nº 1.916, DE 23 DE MAIO DE 1996». www.planalto.gov.br. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  43. «CONSUN confirma consulta para reitor e aprova calendário eleitoral». www.ufrgs.br. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  44. «Rui Oppermann e Jane Tutikian vencem votação para reitoria da UFRGS | GaúchaZH». GZH. 14 de julho de 2020. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  45. «Bolsonaro escolhe candidato derrotado para reitor e gera crise na Ufrgs». Extra Classe. 16 de setembro de 2020. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  46. a b «Parlamentares bolsonaristas sustentaram nomeação de Bulhões à reitoria da UFRGS | GaúchaZH». GZH. 16 de setembro de 2020. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  47. «Reitoria da UFRGS divulga nota com críticas à nomeação do novo reitor por Bolsonaro | GaúchaZH». GZH. 16 de setembro de 2020. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  48. «Estudantes e entidades protestam contra escolha de Carlos Bulhões para novo reitor da UFRGS | GaúchaZH». GZH. 17 de setembro de 2020. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  49. Comércio, Jornal do. «Reitoria da Ufrgs: Bulhões diz que transição entre gestões começa na segunda-feira». Jornal do Comércio. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  50. «Bulhões aceita assumir reitoria da UFRGS e diz que se equivocou sobre "desejo de respeitar" resultado da consulta interna | GaúchaZH». GZH. 17 de setembro de 2020. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  51. Rodrigues, Noemia Fatima; Bem, Judite Sanson; Bernd, Zila. "O projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural da UFRGS - contribuições da Lei Rouanet". In: Colóquio – Revista do Desenvolvimento Regional - Faccat, 2017; 14 (1)
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Ligações externas

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