Economia do Sudão
Edifícios modernos em Cartum. | |
Moeda | Libra sudanesa |
Blocos comerciais | OMC, União Africana |
Estatísticas | |
---|---|
PIB | 80,43 mil milhões(2012) (80º lugar) |
Variação do PIB | -11,2% (2012) |
PIB per capita | 2 400 (2012) |
PIB por setor | agricultura 32%, indústria 25%, comércio e serviços 43% (2012) |
Inflação (IPC) | 31,5% (2012) |
População abaixo da linha de pobreza |
46,5% (2009) |
Força de trabalho total | 11,92 milhões (2007) |
Força de trabalho por ocupação |
agricultura 80%, indústria 7%, comércio e serviços 13% (1998) |
Desemprego | 20% (2012) |
Principais indústrias | extração do petróleo, tingimento de algodão, tecelagem, cimento, óleos comestíveis, açúcar, produção de sabão, calçados, refino de petróleo, fármacos, armamentos, montagem de caminhões leves e automóveis[1] |
Exterior | |
Exportações | 4 548 milhões (2012) |
Produtos exportados | petróleo e derivados, algodão, gergelim, animais vivos, amendoim, goma arábica, açúcar |
Principais parceiros de exportação | República Popular da China 48%, Japão 32,2%, Indonésia 5,3% (2008) |
Importações | 6 645 milhões (2012) |
Produtos importados | alimentos, manufaturados, equipamentos para refino de petróleo, medicamentos e produtos químicos, têxteis, trigo |
Principais parceiros de importação | República Popular da China 20,3%, Arábia Saudita 8,5%, Emirados Árabes Unidos 6,3%, Egito 5,6%, Índia 5,1%, Itália 4,1% (2008) |
Dívida externa bruta | 39,7 mil milhões (2012) |
Finanças públicas | |
Receitas | 4 521 milhões (2012) |
Despesas | 10,07 mil milhões (2012) |
Fonte principal: [[1] The World Factbook] Salvo indicação contrária, os valores estão em US$ |
Até à segunda metade de 2008, a economia do Sudão cresceu vigorosamente apoiada nos altos preços e no crescimento da produção de petróleo, além de um elevado fluxo de investimento externo. O crescimento econômico superou os 10% ao ano entre 2006 e 2007.[1]
Desde 1997 o Sudão tem trabalhado com o Fundo Monetário Internacional com vistas a implementar reformas macroeconômicas, incluindo a administração de uma taxa de câmbio flutuante. Desde janeiro de 2007 a moeda do país é a libra sudanesa, que substituiu o dinar sudanês na proporção de 1 libra para cada 100 dinares.[1]
Comércio Exterior
[editar | editar código-fonte]Em 2020, o país foi o 118º maior exportador do mundo (US $ 5,1 bilhões).[2][3] Já nas importações, em 2019, foi o 111º maior importador do mundo: US $ 6,6 bilhões.[4]
As Exportações sudanesas foram de US$ 8,47 bilhões em 2009. Os principais parceiros comerciais do país são a República Popular da China (48% das exportações), o Japão (32,2%), e a Indonésia (5,3%).[1]
Setor primário
[editar | editar código-fonte]Agricultura
[editar | editar código-fonte]A economia do Sudão é baseada na agricultura, especialmente nas regiões mais úmidas do sul do país ou na região centro e norte, nas áreas próximas ao rio Nilo. O principal produto agrícola é o algodão.
O Sudão produziu, em 2018[5]:
- 5,9 milhão de toneladas de cana de açúcar;
- 4,9 milhão de toneladas de sorgo (3.º maior produtor do mundo, somente atrás de EUA e Nigéria);
- 2,8 milhão de toneladas de amendoim (4.º maior produtor do mundo, somente atrás de China, Índia e Nigéria);
- 2,6 milhão de toneladas de milhete (3.º maior produtor do mundo, somente atrás de Índia e Niger);
- 1,5 milhão de toneladas de cebola (11.º maior produtor do mundo);
- 981 mil toneladas de gergelim (maior produtor do mundo);
- 951 mil toneladas de banana;
- 907 mil toneladas de manga (incluindo mangostim e goiaba);
- 674 mil toneladas de tomate;
- 595 mil toneladas de trigo;
- 442 mil toneladas de batata;
- 440 mil toneladas de tâmara (7.º maior produtor do mundo);
- 304 mil toneladas de quiabo;
- 283 mil toneladas de limão;
- 240 mil toneladas de pepino;
- 234 mil toneladas de grapefruit;
- 234 mil toneladas de batata doce;
- 187 mil toneladas de inhame;
- 172 mil toneladas de melancia;
- 161 mil toneladas de laranja;
- 160 mil toneladas de algodão;
Além de produções menores de outros produtos agrícolas.[5]
Pecuária
[editar | editar código-fonte]Em 2019, o Sudão produziu 2,9 bilhões de litros de leite de vaca, 1,1 bilhões de litros de leite de cabra (3º maior produtor do mundo), 415 milhões de litros de leite de ovelha (10º maior produtor do mundo), 62 milhões de litros de leite de camela, 388 mil toneladas de carne bovina, 265 mil toneladas de carne de cordeiro, 146 mil toneladas de carne de camelo, 120 mil toneladas de carne de cabra, 75 mil toneladas de carne de frango, entre outros.[6]
Setor secundário
[editar | editar código-fonte]Indústria
[editar | editar código-fonte]O Banco Mundial lista os principais países produtores a cada ano, com base no valor total da produção. Pela lista de 2009, o Sudão tinha a 105ª indústria mais valiosa do mundo (US $ 2,8 bilhões).[7]
Em 2018, o país foi o 5º maior produtor mundial de óleo de amendoim (177,8 mil toneladas).[8]
Mineração
[editar | editar código-fonte]Em 2019, o país era o 13º maior produtor mundial de ouro.[9]
Energia
[editar | editar código-fonte]Nas energias não-renováveis, em 2020, o país era o 48º maior produtor de petróleo do mundo, extraindo 64,7 mil barris/dia.[10] Em 2011, o país consumia 95,5 mil barris/dia (79º maior consumidor do mundo).[11][12] O país foi o 38º maior exportador de petróleo do mundo em 2010 (97,2 mil barris/dia).[10] O país não produz gás natural.[13] O país não produz carvão.[14]
Petróleo
[editar | editar código-fonte]Um setor relativamente novo e em rápida expansão na economia sudanesa é o petróleo. Apesar da exploração ter começado nos anos 1960, não foram encontrados poços com grandes reservas antes dos anos 1990. A produção petrolífera começa em 1993, com apenas 2.000 barris diários. Rapidamente a renda obtida pela exportação de petróleo se torna alvo de disputa entre as províncias petrolíferas e o Governo Federal (Kartum), adicionando um novo elemento a disputas regionais históricas. Recentemente as reservas sudanesas foram reavaliadas para 6 bilhões de barris provados recuperáveis.
Os interesses internacionais
[editar | editar código-fonte]Em 2005 a produção foi de 379.000 barris por dia e em 2006 já ultrapassou os 500.000 b/d. Como os Estados Unidos iniciou sanções com o Sudão desde 1997, suas petrolíferas se retiraram do país neste ano, sendo substituídas por empresas de outros países como a TotalEnergies (França), KFPC (Kuwait), ONGC (Índia), Petronas (Malásia) e CNPC (China).
A CNPC é controladora do consórcio Greater Nile Petroleum Operating Company (GNPOC), que inclui a Total, a ONGC e a Sudapet (estatal sudanesa). A GNPOC é responsável pela maior parte da produção sudanesa, controlando os blocos 1, 2 e 4.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e «The World Factbook». CIA. Consultado em 9 de abril de 2013
- ↑ Trade Map - List of exporters for the selected product in 2018 (All products)
- ↑ Market Intelligence: Disclosing emerging opportunities and hidden risks
- ↑ «International Trade Statistics». International Trade Centre. Consultado em 25 de agosto de 2020
- ↑ a b Sudan production in 2018, by FAO
- ↑ Pecuária do Sudão em 2019, pela FAO
- ↑ Fabricação, valor agregado (US $ corrente)
- ↑ Oil,Cottonseed production by FAO
- ↑ USGS Gold Production Statistics
- ↑ a b Annual petroleum and other liquids production
- ↑ Statistical Review of World Energy, June 2020
- ↑ The World Factbook — Central Intelligence Agency
- ↑ CIA. The World Factbook. Natural gas - production.
- ↑ Statistical Review of World Energy 2018