Nellie Weekes
Nellie Weekes | |
---|---|
Nome completo | Muriel Odessa Walcott |
Nascimento | 26 de agosto de 1896 Saint Michael, Índias Ocidentais Britânicas |
Morte | 11 de maio de 1990 (93 anos) Bridgetown, Barbados |
Nacionalidade | britânica barbadense |
Ocupação | enfermeira, parteira, política e ativista |
Período de atividade | 1916–1982 |
Nellie Weekes (Saint Michael, 26 de agosto de 1896 – Bridgetown, 11 de maio de 1990) foi uma enfermeira, parteira e ativista política barbadense ativa na campanha pelos direitos das mulheres. Em campanha por melhores salários e trabalhando em projetos de bem-estar social, ela se voltou para a política na década de 1940, época em que a maioria das mulheres não eram politicamente ativas em Barbados. Embora ela tenha concorrido sem sucesso a um assento na Assembleia três vezes na década de 1940, ela foi eleita para a sacristia de Christ Church, servindo lá por muitos anos.
Início de vida
[editar | editar código-fonte]Muriel Odessa "Nellie" Weekes (nascida Walcott) nasceu em 26 de agosto de 1896 na paróquia de Saint Michael da colônia de Barbados, nas Índias Ocidentais Britânicas.[1][2] Seus pais eram donos de uma mercearia.[2] Weekes tinha doze irmãos e frequentou a Belmont Girls' School.[1] Após terminar o ensino médio na Lynch's Secondary School, ela estudou enfermagem enquanto trabalhava no Old Barbados General Hospital e era parteira na St. Michael's Almshouse.[1][2]
Carreira e ativismo
[editar | editar código-fonte]Weekes trabalhou como enfermeira e parteira. Com o objetivo de aprimorar o atendimento à comunidade, ela fundou escolas femininas de enfermagem e culinária.[2][3] Ela também era ativa no Coral de Animação de Doentes e Incapacitados,[2] uma organização fundada por Harold Rock que usava musicoterapia para alegrar pacientes confinados em orfanatos, hospitais, em casa ou na prisão.[4] Participando de muitos projetos em prol do bem-estar social, ela fez campanha por melhores salários para enfermeiros e professores.[1][2] Weekes casou-se com Charles Nathaniel Weekes, veterano da Primeira Guerra Mundial[2] e hoteleiro, com quem operava alguns hotéis locais e uma empresa de catering.[3]
Após décadas trabalhando no catering e como enfermeira, Weekes reconheceu que se o status das mulheres na sociedade deveria ser melhorado, elas teriam que se envolver na política. Embora fosse muito criticada pela sua crença declarada na igualdade, ela concorreu a um assento na Assembleia representando Saint George em 1942.[1] Sem sucesso, ela concorreu novamente a um cargo público em 1944 como representante da cidade de Bridgetown.[2]
Naquele ano o direito ao voto foi concedido às mulheres, que também podiam concorrer às eleições se preenchessem os requisitos de moradia e tivessem renda de no mínimo vinte libras por ano.[5][6] Em seu comício de 13 de outubro todas as oradoras eram mulheres, mas Weekes foi novamente derrotada.[1] Ela contestou mas perdeu a corrida pelo assento em Saint George novamente em 1946. No entanto, conseguiu se eleger para a sacristia de Christ Church em 1958.[2] Em 1959, ela tornou-se fundadora e serviu como a primeira vice-presidente da Liga Feminina do Partido Trabalhista de Barbados.[2]
Enquanto servia em Christ Church, Weekes levantou questões como salário mínimo, maiores salários para funcionários como bombeiros, enfermeiros, policiais, carteiros e professores; estabelecimento de serviços públicos e medidas para exigir que o governo forneça refeições adequadas e nutritivas para pessoas que estavam sob os cuidados do governo. Ela também defendeu o ensino de história africana.[3] Weekes também era ativa na Aliança Feminina de Barbados e defendeu que julgamentos de estupro fossem realizados em câmaras privadas, oportunidades iguais na educação de meninas e treinamento adequado sobre planejamento familiar.[2][3] Ela permaneceu ativa na militância sobre questões sociais até o início da década de 1980, quando teve que amputar as duas pernas.[3]
Morte
[editar | editar código-fonte]Weekes morreu em 11 de maio de 1990 em Bridgetown, Barbados.[2] Ela é lembrada como uma pioneira na luta pelos direitos da mulher no país.[1][2]
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Alexander, Robert J.; Parker, Eldon M. (2004). A History of Organized Labor in the English-speaking West Indies. Westport, Connecticut: Praeger Publishing. ISBN 978-0-275-97743-6
- Bourne, A. (30 de novembro de 2012). «2012 Independence Day Honours List – Chief Justice Knighted, Please Do Not Let Fame Spoil You?». The Bajan Reporter. Saint Michael, Barbados. Consultado em 7 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 12 de outubro de 2018
- Burrowes, Avonda (1982). «Profile: Nellie Weekes—Activist, Organizer and Champion» 7 ed. Pinelands, Saint Michael, Barbados: University of the West Indies for the Caribbean Women's Association. Woman Speak!: 14–15. OCLC 12795393. LCCN 89649470. Consultado em 6 de setembro de 2020 – via Library of Congress
- Jemmott, Jenny (2016). «Weekes, Muriel Odessa "Nellie" (1897–1990), registered nurse, businesswoman, and women's rights activist». In: Knight, Franklin W.; Gates, Jr., Henry Louis. Dictionary of Caribbean and Afro–Latin American Biography. Oxford, Inglaterra: Oxford University Press. ISBN 978-0-199-93580-2. (pede subscrição (ajuda))
- «Women in Politics in Barbados». Nation News. Fontabelle, Saint Michael, Barbados. Junho de 2018. Consultado em 7 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2019