História da arte (disciplina)
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Outubro de 2015) |
História da arte |
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Por expressão artística |
História da arte ou ciência da arte, é um ramo do conhecimento histórico que examina a arquitetura, a escultura, a pintura e as artes aplicadas – as artes visuais e as artes plásticas foram gradualmente alargando os seus limites por forma a incluir novos tipos de expressão como o cinema, a fotografia, a cenografia, a instalação, as artes multimédia, as artes gráficas e a performance. O espectro do trabalho histórico da arte e da ciência da arte varia desde análises formais e iconográficas, estilísticas e materiais até teoria do design, prática artística e investigações estéticas de percepção até interpretações sociais e políticas da arte e arquitetura nos seus contextos locais, regionais e globais, e artistas, contribuindo para a compreensão da criação artística do passado e do presente.[1][2] Integra-se no campo das designadas ciências sociais e humanas, e encontra apoio disciplinar em áreas próximas como a História (social, económica e política), a Filosofia (estética), a Psicologia (da perceção), a Antropologia, a Sociologia e a Geografia.[3] Foca-se no domínio e interpretação critica(os) das principais metodologias, problemáticas e conceitos da investigação histórico-artística, desde a arte pré-histórica à arte contemporânea.
Se bem que as ideias sobre a definição de arte tenham sofrido mudanças ao longo do tempo, o campo da história da arte tenta categorizar as mudanças na arte ao longo do tempo e compreender melhor a forma como a arte modela e é modelada pelas perspectivas e impulsos criativos dos seus praticantes.[carece de fontes]
Encontramos estas questões perante colecções de objectos e práticas desde a Antiguidade Mediterrânica (Xenócrates de Sicião (1° metade do século III a.C.), Plínio, o Velho[4], Abhinavagupta ), China antiga (Confúcio, Xie He[5], Su Shi[6]), Islão medieval (Al-Kindi, Al-Farabi[7], Avicena), até ao Renascimento (Dante, Cennini, Ghiberti, Alberti, Leonardo da Vinci, Vasari) bem como, desde então, nas diversas tradições de escritos e discussões sobre arte[8], como crítica de arte, tratados de artistas, antiquários, viajantes, etc. É no contexto da renovação das questões científicas do século XVIII (em particular com Winckelmann, Rumohr[9] e Burckhardt), que a história da arte ganha forma, paralelamente ao desenvolvimento da arqueologia, bibliotecas e museus públicos no Ocidente (em cada quadro nacional emergente[10]), como especialidade de filosofia e de história complementar ao estudo de textos, da literatura.
Estudo académico
[editar | editar código-fonte]Johann Joachim Winckelmann, no século XVIII, estabeleceu os fundamentos para o estudo da história da arte. Mas esse tipo de história só se tornou uma disciplina acadêmica a partir de 1844, na Universidade de Berlim.[carece de fontes]
Abordagens sobre a história da arte, no século XIX:
- Contexto social da arte: ver Jacob Burckhardt;
- Aspectos formais da arte: ver Heinrich Wölfflin
No século XX, Erwin Panofsky rejeita o formalismo de Wölfflin em seus estudos de iconografia. Ernst Gombrich, foi uma figura importante nessa área, com sua popular divulgação da História da Arte (1950) e seu relativismo cultural. Em recentes tendências dos estudos históricos de arte, a partir dos anos de 1980, houve uma valorização das ideologias de determinados grupos sociais, como os estudos feministas por exemplo.
Introdução aos grandes momentos da história da arte
[editar | editar código-fonte]Arte rupestre
[editar | editar código-fonte]A arte rupestre é a primeira demonstração de arte que se tem notícia na história humana. Seus vestígios datam de antes do desenvolvimento das grandes civilizações e tribos, como as do Antigo Egito. Esse tipo de arte era caracterizado por ser feito com materiais como terra vermelha, carvão, e pigmentos amarelos (retirados também da terra). Os desenhos eram realizados em peles de animais, cascas de árvores e em paredes de cavernas. Retratavam animais, pessoas, e até sinais. Havia cenas de caçadas, de espécies extintas, e em diferentes regiões. Apesar do desenvolvimento primitivo, podem-se distinguir diferentes estilos, como pontilhado (o contorno das figuras formado por pontos espaçados) ou de contorno contínuo (com uma linha contínua marcando o contorno das figuras). Apesar de serem vistas como mal-feitas e não-civilizadas, as figuras podem ser consideradas um exemplo de sofisticação e inovação para os recursos na época. Não existem muitos exemplos de arte-rupestre preservada, mas com certeza o mais famoso deles é o das cavernas de Lascaux, na França.
Características da arte na pré-história e suas diferenças com a arte na atualidade
[editar | editar código-fonte]As características da arte na pré-história podem ser inferidas a partir dos povos que vivem actualmente ou viveram até recentemente na pré-historia (por exemplo, os aborígenes, os índios). Na pré-história, a arte não era algo que pudesse ser separada das outras esferas da vida. Ela não se separava dos mitos, da economia, da política, e essas actividades também não eram separadas entre si. Todas essas esferas formavam um todo em que tudo tinha que ser arte, ter uma estética, porque nada era puramente utilitário, como são hoje um abridor de latas ou uma urna eleitoral. Tudo era ao mesmo tempo mítico, político, económico e estético. E todos participavam nessas coisas.
A arte como uma palavra que designa uma esfera separada de todo o resto só surgiu quando surgiram as castas, classes e Estados, isto é, quando todas aquelas esferas da vida se tornaram especializações de determinadas pessoas: o governante com a política, os camponeses com a economia, os sacerdotes com a religião e os artesãos com a arte. Só aí é que surge a arte "pura", separada do resto da vida, e a palavra que a designa.
Mas antes do renascimento, os artesãos eram muito ligados à economia, muitos eram mercadores e é daí que vem a palavra "artesanato". Então a arte ainda era raramente separável da economia (embora na Grécia antiga, a arte tenha chegado a ter uma relativa autonomia), por isso, a palavra "arte" era sinónimo de "técnica", ou seja,"produzir alguma coisa" num contexto urbano. No renascimento, alguns artesãos foram sustentados por nobres, os mecenas (os Médicina, por exemplo), apenas para que produzissem arte, uma arte realmente "pura". Surgiu então a arte como a arte que conhecemos hoje, assim como a categoria daqueles que passaram a ser chamados de "artistas".
Esquema de periodização
[editar | editar código-fonte]O campo de arte se tornou bastante abrangente e pode ser subdividido da seguinte maneira:
Arte da Pré-História | |||||||||
Arte da antiguidade | |||||||||
Arte da Mesopotâmia | |||||||||
Arte do vale do Nilo | |||||||||
Arte celta | |||||||||
Arte germânica | |||||||||
Arte egeia | |||||||||
Arte fenícia | |||||||||
Arte da Antiguidade Clássica | |||||||||
Arte do cristianismo | |||||||||
Arte da Idade Média | |||||||||
Arte pré-românica | |||||||||
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Arte do Renascimento à modernidade | |||||||||
Arte moderna | |||||||||
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Arte contemporânea | |||||||||
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Por localização geográfica
[editar | editar código-fonte]Ver também: Arte etnográfica
Arte europeia | |||||||||
Arte africana | |||||||||
Arte berbere | Arte mourisca | |||||||||
Arte asiática | |||||||||
Arte do Próximo Oriente: Arte islâmica Arte do Extremo Oriente: Arte chinesa (Cerâmica) | Arte japonesa (arquitetura | cerâmica) | Arte tibetana | Arte indiana | |||||||||
Arte americana | |||||||||
Arte pré-colombiana: (Mesoamérica) - Arte olmeca | Arte tolteca | Arte maia | Arte azteca | (Andes) - Arte inca Arte norte-americana: Arte índia | |||||||||
Arte oceânia | |||||||||
Arte aborígene |
Ver também
[editar | editar código-fonte]Temas gerais
[editar | editar código-fonte]História das artes
[editar | editar código-fonte]- História da arte ocidental
- História da arte no Brasil
- História da arte em Portugal
- História da arquitectura
- História do cinema
- História da pintura
- História da música
- História da História
Listas
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna; São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
- BRADBURY, Malcolm & McFARLANE, James. Modernismo : guia geral, ed. Cia. Das Letras 1989.
- COUTINHO, Sylvia Ribeiro. Textos de Estética e História da Arte, João Pessoa: EDUFPB, 1999.
- ECO, Umberto. Arte e Beleza na Estética Medieval, Globo.
- GOMBRICH, E. H.; História da Arte; São Paulo: LTC Editora, 2002.
- HOBSBAWN, Eric J., As Artes Transformadas in A era dos impérios: 1875-1914, ed. Paz e Terra - Rio de Janeiro, 1988 p. 307-337.
- HOBSBAWM, Eric J. As Artes 1914-45 in A Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1991), São Paulo: Cia das Letras, 1996.
- MICHELLI, Mario de, As vanguardas artísticas, São Paulo: Martins Fontes, 1991.
- RAMALLO, Germán. Saber Ver a Arte Românica, São Paulo: Martins Fontes, 1992.
- RAMINELLI, Ronald. Imagens da Colonização, São Paulo: EDUSP.
- RICKEY, George. Construtivismo, São Paulo: Cosac & Naify.
- MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. Sobre Literatura e Arte, São Paulo: Global, 1980.
- NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte, São Paulo: Ática, 1999.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- História da Arte (DMOZ)
- NYC Linha do tempo para a História da Arte no site do Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque
- História da Arte [ligação inativa]
- Referências Bibliográficas sobre a História das Artes Plásticas
- «ARTE- Blog de novas Artes Portugues»
- ↑ "Art History Arquivado em 2020-06-25 no Wayback Machine". WordNet Search - 3.0, princeton.edu
- ↑ Connections em catalão
- ↑ «História da Arte». Infopédia
- ↑ Plínio, o Velho (século I), Naturalis Historia, livros XXXIII a XXXVII Cf. /entreprises02.htm A. Rouveret], História e imaginação da pintura antiga: século V - século I d.C., Roma, Paris, 1989 (Biblioteca das Escolas Francesas de Atenas e Roma); : colecção Milliet, 1921 (nova ed. Paris, 1985 (entre século II e século II d.C.), o Nâtya- shâstra, ao lendário (em inglês) Bharata. teoria da rasa (online) e Asawari Bhat, notes2.htm Vislumbres de Natyashastra, notas de curso, IIT Mumbai.
- ↑ Xie He Xie He ou Hsieh Ho, Sie Ho (século VI) Xie He, /intro_peinture_chine_japon_intro.html Seis Cânones ou regras de pintura (绘画六法, Huìhuà Liùfǎ) (ed. . por Laurence Binyon em 1911 na sua Introdução à pintura da China e do Japão; trad. 1968), extraído de Catálogo de classificação de pintores antigos (O Registo da Classificação de Pintores Antigos) (古画品录, Gǔhuà Pǐnlù); ver também François Cheng, Souffle-esprit: Chinese teórico texts on pictorial art, Paris, 1989, p. 23-24; e o artigo Shitao.
- ↑ também se diz Su Tung P’o (1037-1101). Cf. Ku Teng, Su Tung P'o als Kunstkritiker, in Ostasiatische Zeitschrift, novo. ser. 8, 1932.
- ↑ Abu Nasr al-Farabi (872-950 ) (erro: código de língua 'rtl' não reconhecido!), O grande livro de música (Kitab al musiki al-kabir); 1993, p. 387-377,
- ↑ Ver por exemplo Conferências da Real Academia de Pintura e Escultura [de 1648], ed. revisão completa sob a ed. por J. Lichtenstein e Chr. Michel, et al., Paris, desde 2006 [estão previstos dez volumes em 20 volumes]: vol. 978-2-84056-190-3}} e vol. II ISBN 978-2-84056-235-1.
- ↑ Veja o artigo http://arthistorians.info/rumohrk] em (em inglês) sobre Dictionaryofarthistorians e (em alemão) / stream/italienischefors00rumo# page/n7/mode/2up Italianische Forschungen, Berlim, 1827-1831 (nova edição em 1920 com introdução de J. von Schlosser).
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