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Colónias (Antiguidade)

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As colónias (português europeu) ou colônias (português brasileiro), na Antiguidade, eram cidades/estado fundadas por uma cidade-mãe, não tendo, ao contrário de colónias mais recentes, extensões muito grandes de território - somente o necessário para o objectivo com que cada cidade era fundada.

Colónias fenícias

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Os fenícios eram o maior poder comercial no Mediterrâneo no primeiro milénio antes de Cristo. Tinham contatos comerciais com o Egipto e a Grécia, estabelecendo também colónias na península Ibérica, em Gadir (moderna Cádis). De Gadir, controlavam o acesso ao oceano Atlântico e às rotas comerciais da Britânia. A mais famosa e próspera colónia fenícia foi Kart-Hadasht, uma colónia fundada a partir de Tiro. Seria mais tarde conhecida como Cartago.

Colónias gregas ("apoikia")

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Mediterrâneo no século VI a.C.; Colonização fenícia em amarelo, grega em vermelho, e outras em cinzento

Na Grécia Antiga, as colónias eram por vezes fundadas por povos conquistados que deixaram as suas origens para escapar à subjugação às mãos do invasor; outras vezes eram fundadas devido a desordens civis, quando os derrotados das disputas internas deixavam a cidade para formar outra; outro motivo seria para aliviar a cidade-mãe do excesso de população, evitando assim conflitos internos. Mas na maior parte dos casos, o objectivo era estabelecer e facilitar relações comerciais com países estrangeiros e trazer riqueza para a cidade-mãe.

Várias cidades-estado (mais de trinta) da Antiga Grécia tinham múltiplas colónias dispersas um pouco por todo o mundo mediterrânico, sendo que a mais activa era Mileto, com noventa colónias espalhadas pelo mar Mediterrâneo. Havia colónias desde as costas do mar Negro e Anatólia (moderna Turquia), no leste, até à costa sul da península Ibérica a oeste, bem como várias na costa norte de África.

Havia dois tipos de colónias, as apoikiai e as emporia. As primeiras eram cidades-estado autónomas; as segundas eram colónias que funcionavam como meros entrepostos comerciais.

As cidades-estado gregas começaram a estabelecer colónias por volta de 800 a.C. em Al Mina, na costa da Síria e Pithekoussai, em Ísquia, na Baía de Nápoles.

Novos colonos partiram da Grécia na transição entre a Idade das Trevas e o início do Período Arcaico. Uma vaga partiu no início do século VIII a.C. e outra durante o século VI a.C. Não só algumas cidades-mãe estavam sobrepovoadas, como a dinâmica económica e política grega, na altura, incitava as diversas cidades-estado a expandirem-se de modo a alargarem a influência comercial, num ritmo competitivo que se ia intensificando. Com tal expansão, o uso de moedas floresceu ao longo do Mediterrâneo.

Colónias gregas influentes no Mediterrâneo Oeste incluíam Cime, Régio por Cálcis e Zankle (século VIII a.C.), Siracusa por Corinto (cerca de 734 a.C.), Naxos por Cálcis (cerca de 734 a.C.), Massília pela Foceia (cerca de 598 a.C.), Agathe [desambiguação necessária] pela Foceia (pouco depois de Massília), Eleia pela Foceia e Massília (cerca de 540 a.C.), Empório, por Foceia e Massília (início do século VI a.C.), Antípolis pela Acaia, Alália (Córsega) pela Foceia e Massília (cerca de 545 a.C.) e Cirene, no Norte de África por Tera (762/61 e 632/31 a.C.).

Colónias romanas

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Império romano em 125

Era um velho costume Itália Antiga enviar colonos com o objectivo de assegurar novas conquistas. Os romanos, à falta de um exército, costumavam povoar as colónias com os seus próprios cidadãos nas cidades conquistadas como uma espécie de guarnição. A população era composta por não mais de trezentos cidadãos romanos, por um número maior de cidadãos da Liga Latina; uma segunda parte do território conquistado era entregue a outros colonos. As coloniae civium Romanorum (colónias de cidadãos romanos) tinham como objectivo principal segurar as duas principais costas da Itália, e foram chamadas, por isso, de coloniae maritimae. As coloniae latinae, que eram em muito maior número, tinham o mesmo propósito em terra firme.