Ériu
Na mitologia irlandesa, Ériu (AFI: [ˈeːrʲu]), filha de Ernmas dos Tuatha Dé Danann, era a deusa epônima padroeira da Irlanda. Seu marido era Mac Gréine ("Filho do Sol").[1] Foi mãe de Bres com o príncipe Elatha dos Fomorianos.
O nome em inglês para Irlanda vem de Ériu e da palavra land ("terra" em germânico, nórdico antigo ou anglo-saxão).
Papel místico
Com suas irmãs Banba e Fódla, fez parte de um importante triunvirato de deusas. Quando os Milesianos chegaram vindos da Espanha, cada uma das irmãs pediu que seu nome fosse dado ao país. Embora a honraria tenha sido concedida a ela e Ériu (Éire) tenha se tornado o nome ainda em uso, Banba e Fódla ainda são às vezes usados como nomes poéticos para a Irlanda, tal como Albion é usado para a Grã-Bretanha.
Ériu, Banba e Fódla são interpretadas como as deusas da soberania.[2]
De acordo com Seathrún Céitinn as três deusas reverenciadas por Éire, Banba e Fódla eram Badhbh, Macha e Móirríoghan (respectivamente?).[3]
Nome e etimologia
A Universidade de Gales reconstruiu o léxico proto-céltico *Φīwerjon- (nominativo singular Φīwerjō) como a etimologia proto-céltica para o nome.[4] Esta forma céltica implica o proto-indo-europeu *piHwerjon-, provavelmente relacionado ao adjetivo *piHwer- "gordo" (conforme o sânscrito pīvan, f. pīvarī e derivado pīvara, "gordo, pleno, abundante") significando assim "terra gorda" ou "terra da abundância", aplicada desde cedo à ilha da Irlanda. A forma proto-céltica tornou-se *īweriū[5] no céltico-Q (proto-goidélico). De uma forma similar ou ligeiramente posterior surgiram os termos gregos Ἰέρνη, I[w]ernē, Ἰουερνία e Iouernia; a última forma convertendo-se no latim Hibernia.
Referências
- ↑ Lebor Gabála Érenn. Tradução online em www.ancienttexts.org
- ↑ «Astro-Teologia e Mitologia Sideral». Consultado em 28 de abril de 2008. Arquivado do original em 25 de fevereiro de 2008
- ↑ Seathrún Céitinn. Foras Feasa ar Érinn. Tradução online CELT.
- ↑ Proto-Celtic—English Lexicon
- ↑ Mallory, J.P. e D.Q. Adams, ed. Encyclopedia of Indo-European Culture. Londres: Fitzroy Dearborn Pub., 1997, p. 194