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Sionologia

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Sionologia (em Língua Russa: сионология sionologiya) foi uma doutrina promulgada pela União Soviética durante a Guerra Fria, e intensificada após a Guerra dos seis dias de 1967. Foi oficialmente patrocinada pelo departamento de Propaganda do Partido Comunista da União Soviética e pela KGB.

Contexto

A Sionologia foi apresentada como uma ciência sócio-politica, mas há pouca ou nenhuma evidência de que ela seja compatível com o método científico. Na linha das políticas oficiais soviéticas anti-Israel e anti-ocidentais, os soviéticos reciclaram frequentemente as difamações anti-semitas no contexto Marxista.


O Sionismo, o movimento nacional pelo regresso do povo Judeu a Sion, e sua auto-determinação ali, formado sob uma forte influência esquerdista e socialista, foi deturpado de acordo com a política do partido comunista. No seu livro de 1969 Cuidado! Sionismo, um dos principais Sionologistas, Yuri Ivanov definiu-o como a "ideologia de organizações informalmente coneccionadas e prática política da burguesia Judia, fusionada com esferas monopolistas nos EUA. O Sionismo põe em andamento o chauvinismo militante e o anti-comunismo".

Alguns livros sionologistas, "expondo" o Sionismo e o Judaísmo, foram incluídos na "lista de leitura obrigatória" para pessoal militar, da polícia, estudantes, professores e membros do partido comunista soviético e foram publicados em grandes números.


Vários notáveis Sionologistas eram Judeus étnicos, que supostamente deveriam representar uma "opinião de um perito". Frequentemente, as suas obras consideravam qualquer expressão do Judaísmo como Sionista e consequentemente recomendavam a sua repressão.

Em Novembro de 1975, o famoso historiador e académico soviético M. Korostovtsev escreveu uma carta ao Secretário do Comité Central, Mikhail Suslov, referindo-se ao livro A Contra-REvolução Transgressora de Vladimir Begun nos seguintes termos: "...ele incita perceptivelmente o anti-Semitismo debaixo da bandeira do anti-Sionismo."

A terceira edição da "Grande Enciclopédia Soviética", de trinta volumes, publicada oficialmente pelo estado soviético, do periodo 1969-1978, Большая Советская энциклопедия (БСЭ qualifica o Sionismo como racismo e faz as seguintes afirmações:

  • "os principais postulados do moderno Sionismo são o chauvinismo militante, racismo, anti-Comunismo e anti-Sovietismo"
  • "A essência reacionária anti-humana do Sionismo" é "luta aberta e secreta contra a liberdade de movimento e contra a URSS"
  • "A Organização Sionista Internacional detém grandes fundos financeiros, em parte através de monopolistas judeus e em parte recolhidos por caridades judaicas obrigatórias", ela também "influencia ou controla parte significativa das agências informativas e outras fontes do ocidente"
  • "servindo como a frente avançada do colonialismo e do neo-colonialismo, o Sionismo internacional participa activamente na luta contra movimentos de libertação nacional dos povos da África, Ásia e América Latina"
  • "Um processo de assimilação natural e objectivo dos Judeus está a crescer por todo o mundo." ([1])

Paul Johnson e outros historiadores afirmam que a Resolução 3379 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 10 de Novembro de 1975 que rotulava "Sionismo" como "racismo" foi orquestrada pela URSS. Ela foi anulada pela Resolução 4686 da Assembleia Geral das Nações Unidas em Dezembro de 1991, coincidindo com o colapso da União Soviética.

Another recurring Zionology theme was Holocaust denial, such as the allegation of secret ties between the Nazis and the Zionist leadership. The thesis of 1982 doctoral dissertation of Mahmoud Abbas, a cofounder of Fatah and one of the leaders of the Palestinian Liberation Organization who earned his Ph.D. in history at the Oriental College in Moscow, was "The Secret Connection between the Nazis and the Leaders of the Zionist Movement". [2], [3]

Ficheiro:Iudaism bez prikras 63-7.gif
Cover of the book Judaism Without Embellishments by Trofim Kichko, published by the Ukrainian SSR Academy of Sciences in 1963

Zionology sources

  • [4] Judaism Without Embellishments by Trofim K. Kichko, published by the Ukrainian Academy of Sciences, 1963
Quote: "It is in the teachings of Judaism, in the Old Testament, and in the Talmud, that the Israeli militarists find inspiration for their inhuman deeds, racist theories, and expansionist designs..."
A worldwide outcry forced the Communist Party's Ideological Commission to acknowledge in April 1964 that the book "might be interpreted in the spirit of antisemitism." But on January 20, 1968, the official newspaper of the Communist Party of Ukraine (CPU) Pravda Ukrainy gave notice that the Supreme Council of the CPU has awarded Kichko with a diploma of honor. His other book, Judaism and Zionism (1968), spoke of "chauvinistic idea of God chosenness of the Jewish people... and the idea of ruling over other people of the world"
  • The Encroaching Counter Revolution by Vladimir Begun, Minsk, 1974
Alleges that the Torah is an "unsurpassed textbook of bloodthirstiness and hypocrisy, treachery, perfidy and vile licentiousness"
  • Zionism in the service of Anti-Communism by V.V. Bolshakov
Contains accusations of Zionists of having "served Hitler’s Fifth Column in order to establish Nazi German domination of the world."
  • Beware! Zionism, by Yury Ivanov, Evgeniy Evseev, 1969.
The text in Russian on a Russian ultra-nationalist website.

References

  • Portraits of Infamy: A Study of Soviet Antisemitic Caricatures and Their Roots in Nazi Ideology by Abraham Cooper. L.A. Simon Wiesenthal Center, 1986.
Presented to the Helsinki-process discussions on security and cooperation in Europe, Berne, May 1986. Contains illustrations of Soviet antisemitic caricatures, sometimes almost identical to Nazi caricatures, especially those from Der Stürmer. Compares Soviet and Nazi use of classical antisemitic themes such as dehumanization of Jews, the Jew as warmonger and greedy manipulator, the world Jewish conspiracy, etc. Points to the Soviet identification of Israelis with Nazis.
  • The Nazification of Russia: Antisemitism in the Post-Soviet Era by Semyon Reznik. Wash., DC: Challenge Publications, 1996.
  • Russian Antisemitism, Pamyat, and the Demonology of Zionism by William Korey. Chur (Switzerland): Harwood Academic Publishers for the Vidal Sassoon International Center for the Study of Antisemitism, The Hebrew University of Jerusalem, 1995.