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Manuel da Maia

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Manuel da Maia
Manuel da Maia
Nascimento julho ou agosto de 1677
Lisboa, Reino de Portugal Portugal
Morte 17 de setembro de 1768 (91 anos)
Lisboa, Reino de Portugal Portugal
Ocupação Arquitecto e engenheiro
Assinatura

Manuel da Maia (Lisboa, 5 de Agosto de 1677 (baptizado) — Lisboa, 17 de Setembro de 1768) foi um arquitecto e engenheiro português.

Manuel da Maia, que foi regente da Aula de Fortificação, onde teve o futuro rei D. José I como aluno, foi incumbido da realização de trabalhos de fortificação em Lisboa, Estremoz (1703), Beira (1704) e Abrantes (1704). Em 1747, participou da mesma forma, na reedificação do novo Hospital Termal da Rainha D. Leonor nas Caldas da Rainha com a autoria do projecto de execução de Eugénio dos Santos, nesta altura ainda não reconhecido pelo seu trabalho.

Baixa Pombalina: rua Augusta

Nomeado Engenheiro-Mor do Reino em 1754, esteve directamente envolvido e foi o responsável pela elaboração da planta da cidade de Lisboa e por alguns dos mais ambiciosos projectos de engenharia da sua época, como o Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa.

Foi alvo de várias homenagens em vida, das quais se destaca o título de Fidalgo da Casa Real e de General.

Contudo, seria em Novembro de 1755, na altura com cerca de 80 anos, na sequência do Terramoto de Lisboa, que Manuel da Maia deixaria, talvez, o seu maior legado: a coordenação da reconstrução da cidade de Lisboa. Optando pela proposta do capitão de engenharia Eugénio dos Santos, é um dos responsáveis pela Baixa Pombalina tal como a conhecemos hoje.

Menos conhecido, mas igualmente de grande importância para a história de Portugal, foi o trabalho desenvolvido por Manuel da Maia enquanto 31.° Guarda-mor da Torre do Tombo, lugar que assumiu em 12 de Novembro de 1745 e até 1768, quando faleceu. Foi sepultado no Convento de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto.

O Museu da Água, em Lisboa, dedicado à história do abastecimento de água à cidade, homenageia Manuel da Maia.

Arquivos da Torre do Tombo

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Se hoje os arquivos da Torre do Tombo estão intactos muito se deve ao seu guarda-mor. Pouco depois das nove da manhã de 1 de Novembro de 1755, Lisboa sucumbiu ao terramoto e ao maremoto. Enquanto a população fugia apavorada das explosões e dos múltiplos incêndios, Manuel da Maia, deixou a sua casa a arder e correu até ao topo do Castelo de São Jorge, onde estavam as instalações do Arquivo Real.

Tinha 75 anos, mas esqueceu-se das dores da idade e enfrentou as chamas para retirar os documentos. A coragem serviu de exemplo a empregados e populares, que, sob o seu comando, acabaram por resgatar todo o recheio, um património acumulado de 1161 a 1696 na torre do castelo. Os quase 90 mil documentos originais, reunidos em 526 calhamaços, ficaram armazenados num barracão improvisado próximo do castelo.

A solução provisória corria o risco de se tornar definitiva à boa moda portuguesa. Foi a teimosia do engenheiro militar que acabou por ditar mais uma vez os destinos do arquivo. Deu cabo da paciência ao Marquês de Pombal com sucessivas cartas, advertindo para os perigos a que o seu tesouro estava exposto. E foi portanto pela sua insistência que o espólio passou poucos anos depois para o Convento de São Bento.

Consta o seu nome de rua em Queijas (Oeiras), Loures, no Seixal, em Portimão, nas Caldas da Rainha, em Sesimbra, Évora ou Amadora. Em Lisboa até lhe atribuíram uma avenida[1].

Referências

Ligações externas

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