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Celso Russomanno

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Celso Russomanno
Celso Russomanno
Celso Russomanno em 2005
Deputado federal por  São Paulo
Período 1 de fevereiro de 1994
31 de janeiro de 2012
(4 mandatos consecutivos)
Dados pessoais
Nascimento 20 de agosto de 1956 (68 anos)
São Paulo, SP
Partido PFL (1985-1994)
PSDB (1994-1997)
PP (1997-2011)
PRB (2011- )
Religião Católico[1]
Profissão Jornalista, político

Celso Ubirajara Russomanno (São Paulo, 20 de agosto de 1956) é um Bacharel em Direito, especialista em defesa do consumidor, repórter e político brasileiro. Além de jornalista é formado em direito pela faculdade de direito de Guarulhos/SP. Tornou-se famoso no início dos anos 90 apresentando um quadro no programa jornalístico Aqui Agora, veiculado no SBT, em que mediava reclamações de consumidores que se sentiam lesados por empresas de diversos setores. É autor de dois livros e palestrante sobre o tema Defesa do Consumidor. Lançou-se candidato a deputado federal nas eleições de 1994 sendo o candidato mais votado daquele ano. Russomanno é presidente do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor.[2] Atualmente está na Rede Record no Programa da Tarde onde comanda a Patrulha do Consumidor. Em 2014, foi o candidato a Deputado Federal mais votado do Brasil, tendo a segunda maior votação da história 1.524.361, só perdendo para Enéas Carneiro em 2002.[3]

Biografia

Em 1986, iniciou sua carreira na Rádio Manchete FM, passando em seguida pela Bandeirantes FM, ambas da capital paulista. No ano seguinte estreou na televisão apresentando os programas noturnos "Night Clip" e "Circuito Night and Day" na TV Gazeta, ambos de colunismo social, que duraria dez anos. Em 1991 foi convidado a integrar a equipe de reportagem do programa Aqui Agora, no SBT no qual se especializou em matérias que defendia os consumidores prejudicados. Teve passagem também pelas emissoras CNT, Band e Rede TV!.[4]

Tornou-se candidato a deputado federal em 1994 pelo PSDB, tornando-se naquele ano o deputado mais votado do Brasil.[2]

Carreira política

Em 1985 Russomanno se filiou ao PFL (Atual Democratas), onde permaneceu até 1994, quando se mudou para o PSDB. Ainda neste ano foi eleito deputado federal com 233.482 votos, sendo a maior votação do Brasil. Em 1997 Russomanno se filiou ao PPB (Atual PP), onde novamente em 1998 foi eleito para seu segundo mandato como deputado federal. Em 2000, Celso candidatou-se à prefeitura de Santo André (SP) pelo PPB, mas foi vencido pelo candidato Celso Augusto Daniel (PT), que obteve 70,1% dos votos válidos.[5]

Celso permaneceu na Câmara dos Deputados até 2010 e foi autor de projetos de leis para a melhoria do Código de Defesa do Consumidor. Em 2010 Russomanno candidatou-se pelo PP ao Governo de São Paulo, mas acabou terminando em 3° lugar com 1.233.897 votos. Em 2011 desfiliou-se do Partido Progressista devido a desentendimentos com Paulo Maluf e filiou-se ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) para disputar a eleição em 2012.[6] Em 2012 lançou-se como candidato pelo PRB à Prefeitura de São Paulo, chegou a ficar em primeiro nas pesquisas, obteve 1.324.021 votos mas acabou perdendo no 1º turno. Celso Russomanno foi presidente da Frente Parlamentar da Polícia Federal durante 14 anos no Congresso Nacional. Em 2014, Russomanno foi novamente candidato a deputado federal, sendo eleito com a segunda maior votação da história: 1.515.162 votos.

Mandatos eletivos

Televisão

Controvérsias

Acusação de exercício ilegal da advocacia

Segundo a revista Consultor Jurídico, em 1998 Russomanno foi acusado por exercer ilegalmente a advocacia no qual mantinha o serviço "Plantão Jurídico", pelo sistema 0900, em que oferecia pelo telefone uma "orientação dos seus direitos". O serviço custava na época R$ 3,95 por minuto.[7]

Ainda segundo a revista, a denúncia foi registrada por dez subseções da Ordem dos Advogados do Brasil e contemplava os seguintes fatos a cerca de Russomanno:[7]

  • ser bacharel em direito pelas Faculdades Integradas de Guarulhos, mas não ser advogado, uma vez que ele não foi aprovado no exame da Ordem para obter o registro que autoriza o exercício da profissão;
  • ter se apresentado como advogado no repertório biográfico da Câmara dos Deputados;
  • ter praticado aliciamento de clientes, pois a captação de clientes foi feita através de anúncio em que a própria voz do Russomanno se apresentava.

Incor

Em 2002 Celso Russomanno foi acusado de agredir uma funcionária do Instituto do Coração (Incor) e de ter danificado as dependências do hospital, porém foi absolvido desta acusação pelo Supremo Tribunal Federal.[8][9][10]

Acusação de falsidade ideológica

Celso Russomanno tornou-se réu por falsidade ideológica no Supremo Tribunal Federal, acusado pelo Ministério Público Federal de simular contrato de imóvel para mudar seu domicílio eleitoral e assim concorrer a Prefeitura de Santo André, em 2000.[11].

1,1 milhão de reais para ONG

Em 2010 foi autor de uma emenda para destinar 1,1 milhão de reais para uma ONG que preside e administra em conjunto com familiares. A prática de apresentar emendas para parentes é vedada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).[12].

Após a revelação do caso, inicialmente o deputado negou a irregularidade e chegou a ameaçar abrir um processo contra o denunciante caso a reportagem fosse veiculada; porém, em segundo momento, Russomanno informou que iria redirecionar o R$ 1,1 milhão para outras entidades, em lugar da ONG administrada por seus familiares: o Incor e a Faculdade Paulista de Medicina.[13]

Suposto envolvimento com Carlos Cachoeira

Uma gravação interceptada pela Polícia Federal, durante a Operação Monte Carlo, indica que Celso Russomanno estaria relacionado ao esquema operado pela quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, vulgo Carlinhos Cachoeira. Um relatório da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, revelado pelo jornal Correio Braziliense, mostra que Russomanno é citado em diálogo como detentor de sete milhões de reais em uma conta que seria operada pelo grupo do bicheiro.[14]

O candidato Celso Russomanno negou envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira[15] e encaminhou documento à CPI colocando à disposição seus sigilos telefônico, fiscal e bancário.[16]

Referências

  1. Cláudio Gonçalves Couto (18 de setembro de 2012). «Russomanno, o católico». Estadão. Consultado em 17 de Março de 2013 
  2. a b «Resultados das Eleições 1994 - São Paulo - deputado federal». Tribunal Superior Eleitoral. 1 de maio de 1999. Consultado em 28 de agosto de 2012  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "TSE" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  3. «Celso Russomano é o deputado federal mais votado do país». 5 de outubro de 2014. Consultado em 5 de outubro de 2014 
  4. a b c d e f «Biografia Celso Russomanno». Câmara.gov.br. 30 de Fevereiro de 2010. Consultado em 30 de Fevereiro de 2010  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  5. «TSE - Resultado das Eleições de 2000» 
  6. Daniel Roncaglia - Folha de SP (26 de setembro de 2011). «Com críticas a Maluf, Russomano deixa PP e filia-se ao PRB» 
  7. a b «Celso Russomanno pode ser processado por exercício ilegal da advocacia». ConJur. 13 de agosto de 1998. Consultado em 31 de julho de 2012 
  8. «STF absolve Celso Russomanno da acusação por quebrar porta de hospital». Folha.com. 4 de novembro de 2010. Consultado em 31 de julho de 2012 
  9. Carolina Iskandarian e Roney Domingos (31 de janeiro de 2007). «Celso Russomano». Portal G1. Consultado em 2 de agosto de 2012 
  10. «Supremo recebe denúncia contra deputado Celso Russomanno». Folha de São Paulo. 1 de março de 2007. Consultado em 2 de agosto de 2012 
  11. «Russomanno é acusado de falsidade ideológica». O Estado de S.Paulo. 21 de junho de 2012. Consultado em 31 julho de 2012 
  12. «Russomanno destina R$ 1,1 milhão para ONG que preside». Portal iG. 8 de dezembro de 2012. Consultado em 31 de julho de 2012 
  13. «Russomanno revê emenda e retira recursos para sua ONG». Portal iG. 8 de dezembro de 2012. Consultado em 31 de julho de 2012 
  14. Agência O Globo (31 de julho de 2012). «Gravação da PF relaciona Russomanno a Cachoeira». Yahoo! Notícias. Consultado em 31 de julho de 2012 
  15. «Jornal usa relatório falso para acusar Russomano de ligação com Cachoeira». Consultado em 17 de agosto de 2012 
  16. «Após denúncia, Russomanno coloca sigilos à disposição de CPI». Consultado em 17 de agosto de 2012 

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Ligações externas

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