Estêvão Ribeiro de Resende
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Estêvão Ribeiro de Resende,[1] primeiro barão com grandeza, conde e marquês de Valença, (Prados, 20 de julho de 1777 — Rio de Janeiro, 8 de setembro de 1856) foi um proprietário rural, desembargador e político brasileiro.
Biografia
Quando muito jovem, partiu para Coimbra, onde se formou. Entre 1806 e 1808, serviu como juiz de fora, em Palmela, próximo à Lisboa. Com a ocupação da capital de Portugal, pelos franceses, aí permaneceu até 1810, quando retornou ao Brasil, sendo nomeado primeiro juiz de fora de São Paulo. Em 1816, residia em Moji Mirim, sendo recenseado como fazendeiro potetado, com vinte e sete escravos. Nesta ocaisião adquiriu em Pontal, uma grande quantidade de terras, por compra que fez a José Fernandes Pena; tendo, posteriormente, a transmitido a Antônio Jacinto Nogueira. Foi, tabém, "Procurador de Defuntos e Ausentes", fiscal dos diamantes de Serro Frio, em 1816, ocasião que também exerceu o cargo de "Desembargador da Relação da Bahia". Em 1818, foi nmeado "Desembargador de Suplicação", e em 1824, "Desembargador do Paço", quando se posentou. Em 1822, fez parte da comitiva do Príncipe Regente Dom Pedro, em sua visita a Minas Gerais, ocasião em que foi nomeado Secretário de EStado, pelo período e estadia do Príncipe naquela província. Foi deputado à Assembléia Constituinte, por Minas, em 1823; deputado geral, pela mesma província, em 1825; Ministro do Império, no terceiro gabinete de 10 de novembro de 1823; Ministro da Justiça, no sexto gabinete de 15 de janeiro de 1827; Senador por Minas, em 1826, tendo também sido eleito pela Província de São Paulo, no mesmo ano. Foi senador do Império do Brasil entre 1826 e 1856, tendo sido presidente do Senado, em 1844; Conselheiro de Estado honorário, em 1827; Grande do Império; Cavaleiro FIdalgo; Grã Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro, Cavaleiro Profeso da Real Ordem de Cristo de Portugal; sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 1840. [2]
Genealogia
- Ascendência: O marquês era filho do Coronel Severino Ribeiro (de família lisboeta) e de Josefa Maria de Resende; neto paterno de Estêvão Ribeiro e de Leonarda Maria; neto materno de João de Resende Costa e de Helena Maria de Jesus, a da “ Terceira Ilhoa”.
- Descendência: Casou-se com Ilídia Mafalda de Sousa Queirós, dama de honra da Imperatriz, filha do brigadeiro Luís Antônio de Sousa Queirós e de Genebra de Barros Leite. Enganjou noivado quando Ilídia tinha apenas 7 anos de idade, por carta de procuração, contraindo matrimônio 7 anos depois.
De seu casamento com a marquesa, teve:
- Ilídia Mafalda de Resende (falecida em 1847) c.c. seu tio materno Comendador Luís Antônio de Sousa Barros.
- Capitão Luís Ribeiro de Sousa Resende (1827-1891) a 1ª vez c.c. sua prima Genebra de Sousa Queirós e a 2ª vez c.c. Maria Ambrosina da Mota Resende;
- Leopoldina de Sousa Resende (Faleceu solteira, em 1848);
- Amélia de Sousa Ribeiro de Resende,
- Francisca de Sousa Resende c.c. Victor Marie Hippolyte - Marques de Palarin e Conde de Cambolas;
- Pedro Ribeiro de Sousa Resende, segundo barão de Valença (1939-1894) c.c. Justina Emerich;
- Estêvão Ribeiro de Sousa Resende, barão de Resende e senador (1840-1909) , c.c. Ana Cândida da Conceição Resende, filha do Barão de Serra Negra;
- Maria de Sousa Resende (falecida em 1874) c.c. José da Costa Lima e Castro;
- Severino Ribeiro de Sousa Resende – “Moço Fidalgo” (falecido em 1894);
- Elisa de Sousa Resende (falecida solteira, em 1864)
- Geraldo Ribeiro de Sousa Resende, barão de Geraldo de Resende e de Iporanga, (1846-1907);
- Estêvão Ribeiro de Resende, barão de Lorena e presidente de Mato Grosso (falecido em 1878);
- Capitão Virgílio Ribeiro de Resende c.c. Mariana Policena de Assis Resende;
- Conselheiro Teófilo Ribeiro de Resende c.c. Laura Cândida das Chagas de Resende
- Delfina Henriqueta Júlia a 1ª vez c.c. o Coronel Francisco Antônio de Carvalho e a 2ª vez c.c Silvestre Antônio de Carvalho (2º casamento).
Teve, também, a filha legitimada:
- Josefina Augusta de Resende, que foi a 1ª mulher de Silvestre Antônio e Carvalho. Josefina morreu assassinada por um escravo, num domingo, enquanto seus familiares assistiam à missa no povoado.
Títulos nobiliárquicos
Tornou-se conselheiro honorário do Império em 1827. Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, recebeu a grã-cruz da Imperial Ordem de Cristo e da Imperial Ordem do CRuzeiro; , e cavaleiro da Ordem Militar de Cristo. Era Grande do Império.
Barão com grandeza, em 12 de outubro de 1825; conde,por decreto imperial de 10 de outubro de 1826; e marquês, este último concedido por carta de D. Pedro I do Brasil, em 29 de novembro de 1829.
Brasão de Armas
Escudo ibérico partido:
- o primeiro de blau com um leopardo rampante de argente, armado de jalde, e chefe do mesmo carregado de três estrelas de goles alinhadas - Armas de Damião Dias da Ribeira;
- o segundo de jalde, com duas cabras de sable, gotadas do campo e passantes, uma sobre a outra - Armas dos Resendes. Coronel de marquês.
- Timbre: o leopardo das armas, com uma estrela de goles na espádua; e por diferença, uma brica de blau com um lírio de jalde.(Brasão passado em 29 de Novembro de 1829.Reg.no Cartório da Nobreza,Liv.VI,fls.1).
Referências
- ↑ Pela grafia original do nome, Estevao Ribeiro de Rezende.
- ↑ José Guimarães - As Três Ilhoas - Volume 3 - "Helena Maria de Jesus" , pag. 100 - Reprox Artes Gráficas - 1998.
Precedido por João Severiano Maciel da Costa |
Ministro dos Negócios do Império do Brasil e Administrador do Rio de Janeiro 1824 — 1825 |
Sucedido por Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira Horta |
Precedido por José Feliciano Fernandes Pinheiro |
Ministro da Justiça do Brasil 1827 |
Sucedido por Lúcio Soares Teixeira de Gouveia |
Precedido por Francisco Vilela Barbosa |
Presidente do Senado Federal do Brasil 1841 |
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