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O '''Convênio de Girón''' ou '''Tratado de Girón''' foi um acordo assinado em 27 de fevereiro de 1829 como consequência da [[batalha de Portete de Tarqui]], na qual se enfrentaram o exército da [[Grã-Colômbia]], sob o comando do marechal [[Antonio José de Sucre]]; e o exército da [[Peru|República Peruana]], comandado pelo General [[José de La Mar]], Presidente Constitucional da República.<ref name='Basadre1'>Basadre 2005, tomo 1, p. 290. El historiador peruano, para sustentar la afirmación de que solo la vanguardia peruana actuó en Tarqui, cita el Diario político y militar (21 de marzo de 1829) de José Manuel Restrepo.</ref> |
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Os objetivos do general peruano José de La Mar eram impedir a anexação das províncias setentrionais de Tumbes, Jaén e Maynas à Grã-Colômbia, através de um [[bloqueio naval]] e posterior desembarque no porto de [[Guayaquil]]. |
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O tratado continha os seguintes pontos: |
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{{cita|'''1.''' O exército peruano deverá desocupar todos os territórios do Estado de Quito.}} |
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{{cita|'''2.''' A desocupação deverá ocorrer no dia 2 de março de 1829 e terminar no prazo improrrogável de 20 dias.}} |
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{{cita|'''3.''' No Tratado definitivo, que deverá ser celebrado em Guayaquil, todas as reivindicações do Peru e da Colômbia serão resolvidas.}} |
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{{cita|'''4.''' Guayaquil deve ser desocupada, levantando o bloqueio ao norte.}} |
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{{cita|'''5.''' Para assuntos fronteiriços, será tomado como base o princípio do ''[[uti possidetis iure]]'' de 1810.}} |
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== Resultado == |
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Após a batalha de Portete de Tarqui, o general José de La Mar assinou o Tratado de Girón em 28 de fevereiro, mas não desocupou Guayaquil, alegando que considerava humilhante que Sucre ordenasse a construção de uma coluna no [[campo de batalha]] onde se leria com letras douradas o seguinte: |
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{{cita|«''O exército peruano de oito mil soldados que invadiu a terra de seus libertadores foi derrotado por quatro mil valentes da Colômbia em vinte e sete de fevereiro de mil oitocentos e vinte e nove.''»<ref>Citado por [[Rubén Vargas Ugarte|Vargas Ugarte, Rubén]]: ''Historia General del Perú''. Séptimo Tomo, pág. 192. Segunda Edición. Editor Carlos Milla Batres. Lima, Perú, 1984.</ref>}} |
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[[Arquivo:Placa en el Portete de Tarqui.jpg|thumb|Placa no Portete de Tarqui]] |
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La Mar protestou em carta que endereçou a Sucre de Gonzamaná e suspendeu o Convênio de Girón até que as injúrias fossem retiradas, estando disposto a renová-lo se os erros indicados fossem corrigidos. Embora [[Simón Bolívar]] as descrevesse zombeteiramente como "queixas de velha", La Mar estava disposto a continuar a guerra caso as reparações correspondentes não fossem feitas. Além disso, argumentou que o tratado deveria ser ratificado pelo Congresso para que entre em vigor. |
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Ao final, o exército peruano retirou-se de Guayaquil e a placa comemorativa permanece no setor denominado "Victoria del Portete", próximo à cidade de [[Cuenca (Equador)|Cuenca]]. |
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No entanto, a guerra terminou abruptamente com o golpe de Estado do General [[Agustín Gamarra]] contra o governo do Presidente La Mar, que foi desterrado na [[Costa Rica]]. |
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Depois que La Mar foi deposto, facilitou-se a celebração da paz entre o Peru e a Grã-Colômbia. O General Agustín Gamarra, já como presidente provisório do Peru, deu instruções nesse sentido. Em 10 de julho de 1829, ambas as partes assinaram o Armistício de Piura, pelo qual foi acordado um armistício de 60 dias, bem como a devolução de Guayaquil à Grã-Colômbia e a suspensão do bloqueio peruano à costa pacífica grã-colombiana, entre outros acordos. Posteriormente, os delegados peruanos e grã-colombianos, [[José de Larrea y Loredo]] e [[Pedro Gual]], reuniram-se em Guayaquil e, em primeiro lugar, prorrogaram o armistício, que havia expirado. No total tiveram seis reuniões, entre 16 e 22 de setembro de 1829, dia em que finalmente assinaram o tratado de paz e amizade, conhecido como Tratado Larrea-Gual ou [[Tratado de Guayaquil]]. |
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Revisão das 13h32min de 31 de dezembro de 2024
O Convênio de Girón ou Tratado de Girón foi um acordo assinado em 27 de fevereiro de 1829 como consequência da batalha de Portete de Tarqui, na qual se enfrentaram o exército da Grã-Colômbia, sob o comando do marechal Antonio José de Sucre; e o exército da República Peruana, comandado pelo General José de La Mar, Presidente Constitucional da República.[1]
Conteúdo
Os objetivos do general peruano José de La Mar eram impedir a anexação das províncias setentrionais de Tumbes, Jaén e Maynas à Grã-Colômbia, através de um bloqueio naval e posterior desembarque no porto de Guayaquil.
O tratado continha os seguintes pontos:
Resultado
Após a batalha de Portete de Tarqui, o general José de La Mar assinou o Tratado de Girón em 28 de fevereiro, mas não desocupou Guayaquil, alegando que considerava humilhante que Sucre ordenasse a construção de uma coluna no campo de batalha onde se leria com letras douradas o seguinte:
La Mar protestou em carta que endereçou a Sucre de Gonzamaná e suspendeu o Convênio de Girón até que as injúrias fossem retiradas, estando disposto a renová-lo se os erros indicados fossem corrigidos. Embora Simón Bolívar as descrevesse zombeteiramente como "queixas de velha", La Mar estava disposto a continuar a guerra caso as reparações correspondentes não fossem feitas. Além disso, argumentou que o tratado deveria ser ratificado pelo Congresso para que entre em vigor.
Ao final, o exército peruano retirou-se de Guayaquil e a placa comemorativa permanece no setor denominado "Victoria del Portete", próximo à cidade de Cuenca. No entanto, a guerra terminou abruptamente com o golpe de Estado do General Agustín Gamarra contra o governo do Presidente La Mar, que foi desterrado na Costa Rica.
Depois que La Mar foi deposto, facilitou-se a celebração da paz entre o Peru e a Grã-Colômbia. O General Agustín Gamarra, já como presidente provisório do Peru, deu instruções nesse sentido. Em 10 de julho de 1829, ambas as partes assinaram o Armistício de Piura, pelo qual foi acordado um armistício de 60 dias, bem como a devolução de Guayaquil à Grã-Colômbia e a suspensão do bloqueio peruano à costa pacífica grã-colombiana, entre outros acordos. Posteriormente, os delegados peruanos e grã-colombianos, José de Larrea y Loredo e Pedro Gual, reuniram-se em Guayaquil e, em primeiro lugar, prorrogaram o armistício, que havia expirado. No total tiveram seis reuniões, entre 16 e 22 de setembro de 1829, dia em que finalmente assinaram o tratado de paz e amizade, conhecido como Tratado Larrea-Gual ou Tratado de Guayaquil.
Referências
- ↑ Basadre 2005, tomo 1, p. 290. El historiador peruano, para sustentar la afirmación de que solo la vanguardia peruana actuó en Tarqui, cita el Diario político y militar (21 de marzo de 1829) de José Manuel Restrepo.
- ↑ Citado por Vargas Ugarte, Rubén: Historia General del Perú. Séptimo Tomo, pág. 192. Segunda Edición. Editor Carlos Milla Batres. Lima, Perú, 1984.