Movimento dos Focolares: diferenças entre revisões
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A Economia de Comunhão (EdC) é uma proposta de modelo de negócios que objetiva promover uma cultura econômica baseada na comunhão, na gratuidade e na reciprocidade. Proposta por Chiara Lubich em maio de 1991, em São Paulo, Brasil, [1] - fundadora do Movimento dos Focolares - e é um método para enfrentar problemas sociais a partir do trabalho. O projeto convida as empresas membros que comprometam, após um investimento adequado na sustentabilidade do negócio, uma parte de seus lucros para ajudar aos necessitados e outra parte para o promover a “cultura da partilha”[2] . Com o objetivo de construir uma sociedade fraterna, a exemplo das primeira comunidades cristãs, "Nem havia entre eles nenhum necessitado" (at 4,34). 1[3][4][5] Embora a iniciativa tenha surgido de um movimento religioso, no seio do Movimento dos Focolares, ela está se transformando em um movimento humanitário, independentemente da inclinação religiosa[6]. É uma proposta dirigida não apenas a empresários, mas também aos trabalhadores, gestores, consumidores, acadêmicos, operadores econômicos e cidadão que queiram viver suas relações socioeconômicas de maneira fraterna. |
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Parte empresarial do movimento dos Focolares,<ref name="Zsolnai">{{citar livro|título=Post-Materialist Business: Spiritual Value-Orientation in Renewing Management|último=Zsolnai|primeiro=László|ano=2015|página=52|editora=Palgrave Macmillan|doi=10.1057/9781137525987|isbn=978-1-137-52596-3|url=https://link.springer.com/book/10.1057%2F9781137525987|acessodata=03/04/2019|arquivodata=2018-06-11|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180611165957/https://link.springer.com/book/10.1057%2F9781137525987}}</ref> que ''"visa atrair a intervenção divina para o mundo dos negócios"'' a partir da visão de que a busca do [[lucro]] é atitude divina, apresentando o [[empresário]] como modelo de [[ética]] e principal protagonista social e na [[exploração]] dos [[trabalhador]]es através da [[coerção|manipulação]] psicológica.<ref name="CARVALHO_GUARESCHI_2009">{{citar periódico|primeiro1=Maria Luisa|último1=CARVALHO|primeiro2=Pedrinho|último2=GUARESCHI|título=Economia de comunhão: responsabilidade social, ideología e representações sociais.|periódico=Psicologia: ciência e profissão|número=1|edição=29|data=março de 2009|página=88-101|local=Brasília|issn=1414-9893|url=http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000100008&lng=pt&tlng=pt|acessodata=04/07/2019|arquivodata=2020-06-19|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200619142342/http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000100008&lng=pt&tlng=pt}}</ref> |
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Ele reúne empresas que se comprometem a empregar o seu [[lucro]] em favor de três causas: o sustento daqueles que se encontram em necessidade, projetos de formação cultural e de incentivo ao empreendedorismo e o incremento da própria empresa. O projeto tem um objetivo claro: produzir riquezas em prol de quem se encontra em dificuldade e fomentar uma nova cultura em que a economia não esteja atrelada ao individualismo e ao crescimento das desigualdades.<ref name="GazetaDoPovo">{{Citar web|titulo=O que é Economia de Comunhão e por que essa ideia tem atraído cada vez mais adeptos|url=https://www.semprefamilia.com.br/virtudes-e-valores/o-que-e-economia-de-comunhao-e-por-que-essa-ideia-tem-atraido-cada-vez-mais-adeptos/|data=15/04/2017|último=Koller|primeiro=Felipe|obra=Sempre Família|acessodata=2020-02-16|lingua=pt-BR|arquivodata=2020-02-16|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200216222222/https://www.semprefamilia.com.br/virtudes-e-valores/o-que-e-economia-de-comunhao-e-por-que-essa-ideia-tem-atraido-cada-vez-mais-adeptos/}}</ref> |
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Especificamente, a EdC convida a: viver e difundir uma nova cultura econômica e civil, das crianças aos idosos - “cultura da partilha”[2]; a formar novos empresários conscientes sobre a importância da cultura da partilha na redução da miséria e exclusão social; a difusão da cultura da partilha e da comunhão; o desenvolvimento da empresa e a criação de empregos; empresários que concebem e vivem a sua empresa como vocação e serviço ao bem comum e aos excluídos de todas as latitudes e contextos sociais;[7] a combater as várias formas de pobreza, exclusão e miséria com uma dupla inclusão: comunitária e produtiva - uma vez que a EdC considera que qualquer forma de pobreza para ser combatida pressupõe as pessoas atingidas como partícipes do processo de mudança social almejado sob o princípio da fraternidade;[7][8] e a viver a ética, a legalidade e sustentabilidade em todos as relações de negócio e interpessoais.[9][10] |
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Revisão das 01h30min de 6 de dezembro de 2023
Fundação |
7 de dezembro de 1943 (81 anos) |
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Tipo |
Associação de Fiéis de Direito Pontifício |
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Fundador |
Chiara Lubich |
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Presidente |
Margaret Karram (d) |
Website |
(en + it) www.focolare.org |
Obra de Maria, também conhecido como Movimento Focolare,[1] é um movimento católico fundado por Chiara Lubich em 1943 na cidade de Trento, norte da Itália.
O movimento foi criado baseado no que Chiara Lubich viveu com as companheiras em bunkers na segunda guerra mundial. Onde elas viram que tudo passava menos a palavra de Deus. Elas se reuniam e compartilhavam a leitura de um trecho do evangelho. E isso, mais tarde, ficou conhecido como palavra de vida.
O Movimento se insere na chamada Espiritualidade da Comunhão,[3] que também se faz presente em vários outros movimentos e segmentos da Igreja Católica,[3] enraizado no que chamam de Carisma da Unidade.[4]
Apesar de ser uma organização oficialmente católica, afirmam permitir a participação de membros outras religiões, desde que estes se liguem ao movimento no sentido religioso.[5] O Movimento alega operar em 182 países, com mais de 2 milhões de aderentes.
Etimologia
O termo focolares vem do italiano focolari, plural de focolare, que significa "lareira" como sinédoque de "casa" ou mais propriamente "lar". O termo focolare tem sua origem no latim tardio focularis, derivado de focŭlus, diminutivo de focus, «fogo».[6]
História
Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, a professora Chiara Lubich, então com 23 anos, criou o Movimento Focolares junto com seus amigos mais próximos.[7] Ao final dessa mesma década com a guerra terminada, já contava com um número de seguidores suficiente para ocupar um acampamento de verão nas montanhas Dolomitas.[7]
Somente 19 anos depois, em 1962, obteve a aprovação papal de João XXIII, recebendo deste o nome de Obra de Maria, durante o Concílio Vaticano II.[2]
Em mensagem dirigida aos sete cardeais e 137 bispos amigos do Movimento dos Focolares, provenientes de 50 países, reunidos em Trento por ocasião do centenário de nascimento de Chiara Lubich, o Papa Francisco afirmou que o carisma da unidade, defendido por ela, “é uma dessas graças do nosso tempo, que experimenta uma mudança histórica e pede uma reforma espiritual e pastoral simples e radical, que leve a Igreja à fonte sempre nova e atual do Evangelho de Jesus".[8]
Focolares no Brasil
O Movimento alega que o primeiro brasileiro a ter contato com o Movimento foi o Pe. João Batista Zattera, de Pelotas, que passou a ter um relacionamento profundo com Chiara Lubich.[9] Em 1958 chegam ao Brasil um grupo de vários focolarinos vindos da Itália, inluindo Lia Brunet, Marco Tecilla, Fiore Ungaro, Ginetta Calliari, Volo Morandi e outros, que se estabeleceram em Recife e depois em São Paulo. Dez anos depois, um grupo adere ao convite de Dom Helder Câmara e se estabelecem na Ilha de Santa Teresinha.[10]
Em 25 de março de 2014, Maria Voce, então presidente do Movimento dos Focolares, esteve no Brasil para a inauguração da "Cátedra Chiara Lubich de Fraternidade e Humanismo" na Universidade Católica do Recife.[11]
Economia de Comunhão (EdC)
A Economia de Comunhão (EdC) é uma proposta de modelo de negócios que objetiva promover uma cultura econômica baseada na comunhão, na gratuidade e na reciprocidade. Proposta por Chiara Lubich em maio de 1991, em São Paulo, Brasil, [1] - fundadora do Movimento dos Focolares - e é um método para enfrentar problemas sociais a partir do trabalho. O projeto convida as empresas membros que comprometam, após um investimento adequado na sustentabilidade do negócio, uma parte de seus lucros para ajudar aos necessitados e outra parte para o promover a “cultura da partilha”[2] . Com o objetivo de construir uma sociedade fraterna, a exemplo das primeira comunidades cristãs, "Nem havia entre eles nenhum necessitado" (at 4,34). 1[3][4][5] Embora a iniciativa tenha surgido de um movimento religioso, no seio do Movimento dos Focolares, ela está se transformando em um movimento humanitário, independentemente da inclinação religiosa[6]. É uma proposta dirigida não apenas a empresários, mas também aos trabalhadores, gestores, consumidores, acadêmicos, operadores econômicos e cidadão que queiram viver suas relações socioeconômicas de maneira fraterna.
Especificamente, a EdC convida a: viver e difundir uma nova cultura econômica e civil, das crianças aos idosos - “cultura da partilha”[2]; a formar novos empresários conscientes sobre a importância da cultura da partilha na redução da miséria e exclusão social; a difusão da cultura da partilha e da comunhão; o desenvolvimento da empresa e a criação de empregos; empresários que concebem e vivem a sua empresa como vocação e serviço ao bem comum e aos excluídos de todas as latitudes e contextos sociais;[7] a combater as várias formas de pobreza, exclusão e miséria com uma dupla inclusão: comunitária e produtiva - uma vez que a EdC considera que qualquer forma de pobreza para ser combatida pressupõe as pessoas atingidas como partícipes do processo de mudança social almejado sob o princípio da fraternidade;[7][8] e a viver a ética, a legalidade e sustentabilidade em todos as relações de negócio e interpessoais.[9][10]
No Brasil, a Economia de Comunhão está presente em 177 empresas de 12 estados. No mundo todo, são mais de 800 empresas. Sendo empresas de vários setores, entre elas a Padaria Espiga Dourada [1].
Referências
- ↑ «International Associations of the Faithful». La Santa Sede. Consultado em 17 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 26 de setembro de 2011
- ↑ a b Magalhães, Renan; Aguiar, Sylvana. Subcampo conservador e lucro tripartido: um estudo dos focolares e de sua economia de comunhão (pdf). III Colóquio de História. Consultado em 3 de abril de 2019. Cópia arquivada (PDF) em 3 de abril de 2019
- ↑ a b Santos, Ivanaldo Oliveira; Neto, José Pereira Silva (2018). «A Espiritualidade da Comunhão no Movimento dos Focolares». REVELETEO - Revista Eletrônica Espaço Teológico. ISSN 2177-952x (21): 96–117. ISSN 2177-952X. doi:10.23925/2177-952X.2018v12i21p96-117. Consultado em 4 de março de 2021. Cópia arquivada em 31 de outubro de 2022
- ↑ Maskulak, Marian (13 de junho de 2018). «Religion and leadership». New York : Routledge, [2018] | Series: Routledge studies in religion: Routledge: 109–119. ISBN 978-1-351-13912-0. Consultado em 4 de março de 2021. Cópia arquivada em 31 de dezembro de 2022
- ↑ Estatutos Gerais da Obra de Maria. Vargem Grande Paulista: Cidade Nova. 1998. pp. 13–15; 28
- ↑ Enciclopedia Treccani. «Verbete "focolare" na Enciclopedia Treccani». Consultado em 20 de novembro de 2020
- ↑ a b Erro de citação: Etiqueta
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomeTheBostonGlobe
- ↑ Raviart, Michele (8 de fevereiro de 2020). «Papa: o carisma da unidade é uma graça para o nosso tempo - Vatican News». www.vaticannews.va. Consultado em 16 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 31 de dezembro de 2022
- ↑ Administrador, Por (27 de setembro de 2011). «Pe. João Baptista Zattera». Movimento dos Focolares. Consultado em 9 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2020
- ↑ «A Ilha de Santa Terezinha». Humanidade Nova - Movimento dos Focolares. Consultado em 9 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2020
- ↑ «Catedra em memória de Chiara Lubich é inaugurada em Recife». Gaudium Press. 27 de março de 2014. Consultado em 16 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 16 de fevereiro de 2020
Bibliografia
- Bowie, Fiona (janeiro de 2003). «An anthropology of religious experience: spirituality, gender and cultural transmission in the Focolare movement». Ethnos: Journal of Anthropology. 68 (1): 49–72. ISSN 0014-1844. doi:10.1080/0014184032000060362
- Urquhart, Gordon (1995). The Pope's Armada: Unlocking the Secrets of Mysterious and Powerful New Sects in the Church. Londres: Bantam Press. 456 páginas. ISBN 9780593033883
Ligações externas
- «Sítio oficial» (em inglês)
- «Sítio oficial»