Movimento dos Focolares: diferenças entre revisões
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O '''Movimento dos Focolares''' (oficialmente '''Obra de Maria''') é um movimento católico internacional de renovação espiritual e social que busca contribuir para a unidade da família humana segundo o mandato evangélico: "Que todos sejam um" (Jo 17, 21)<ref>{{ |
O '''Movimento dos Focolares''' (oficialmente '''Obra de Maria''') é um movimento católico internacional de renovação espiritual e social que busca contribuir para a unidade da família humana segundo o mandato evangélico: "Que todos sejam um" (Jo 17, 21)<ref name=":0">{{citar periódico |url=https://www.redalyc.org/pdf/3216/321650853005.pdf |titulo=ALARGA-SE O HORIZONTE... REVISTA “CIDADE NOVA” |
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O Movimento foi fundado por [[Chiara Lubich]] em [[1943]] na cidade de [[Trento]], norte da [[Itália]], durante a Segunda Guerra Mundial.<ref name=":0" /><ref name="TheBostonGlobe">{{citar web|último=Heuser|primeiro=Stephen|url=https://noticias.uol.com.br/midiaglobal/boston/2005/04/19/ult583u231.jhtm|título=Movimentos católicos fundamentalistas cresceram com João Paulo 2º|data=19/04/2005|acessodata=03/04/2018|obra=The Boston Globe|tradutor=Danilo Fonseca}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/laity/documents/rc_pc_laity_doc_20051114_associazioni_en.html#WORK%20OF%20MARY|titulo=International Associations of the Faithful|acessodata=2020-10-17|website=La Santa Sede}}</ref> Está entre os movimentos eclesiais e novas comunidades que surgiram na Igreja Católica entre a primeira metade do século XX e os anos após o Concílio Vaticano II. |
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O Movimento se insere na chamada Espiritualidade da Comunhão<ref name="Santos2018">{{Citar periódico|url=https://revistas.pucsp.br/index.php/reveleteo/article/view/38714 |titulo=A Espiritualidade da Comunhão no Movimento dos Focolares|data=2018|acessodata=2021-03-04|jornal=REVELETEO - Revista Eletrônica Espaço Teológico. ISSN 2177-952x |número=21 |ultimo=Santos |primeiro=Ivanaldo Oliveira |ultimo2=Neto |primeiro2=José Pereira Silva |paginas=96–117 |lingua=pt |doi=10.23925/2177-952X.2018v12i21p96-117 |issn=2177-952X}}</ref>, que também se faz presente em vários outros movimentos da Igreja Católica,<ref name="Santos2018" /> enraizado no que chamam de Carisma da Unidade<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.4324/9781351139120-10 |titulo=Religion and leadership |data=2018-06-13 |acessodata=2021-03-04 |publicado=Routledge |ultimo=Maskulak |primeiro=Marian |local=New York : Routledge, [2018] {{!}} Series: Routledge studies in religion|paginas=109–119|isbn=978-1-351-13912-0}}</ref>. |
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Revisão das 21h14min de 8 de novembro de 2022
| Fundação |
7 de dezembro de 1943 (81 anos) |
|---|
| Tipo |
Associação de Fiéis de Direito Pontifício |
|---|
| Fundador |
Chiara Lubich |
|---|---|
| Presidente |
Margaret Karram (d) |
| Website |
(en + it) www.focolare.org |
O Movimento dos Focolares (oficialmente Obra de Maria) é um movimento católico internacional de renovação espiritual e social que busca contribuir para a unidade da família humana segundo o mandato evangélico: "Que todos sejam um" (Jo 17, 21)[1][2]. Aderem ao Movimento também cristãos de outras Igrejas, fiéis de diversas religiões e mesmo pessoas de convicções não religiosas[1]. É caracterizado pela vocação ao diálogo, a construir pontes e a estimular a fraternidade entre indivíduos e povos, atuando em âmbitos sociais e culturais.
O Movimento foi fundado por Chiara Lubich em 1943 na cidade de Trento, norte da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.[1][3][4] Está entre os movimentos eclesiais e novas comunidades que surgiram na Igreja Católica entre a primeira metade do século XX e os anos após o Concílio Vaticano II.
O Movimento se insere na chamada Espiritualidade da Comunhão[5], que também se faz presente em vários outros movimentos da Igreja Católica,[5] enraizado no que chamam de Carisma da Unidade[6].
De acordo com informações da instituição, o Movimento mantém atividades em 182 países, com mais de 2 milhões de aderentes (sendo fiéis de outras religiões aproximadamente 0,5% do total de membros)[7].
Etimologia
O termo focolares vem do italiano focolari, plural de focolare, que significa "lareira" como sinédoque de "casa" ou mais propriamente "lar". O termo focolare tem sua origem no latim tardio focularis, derivado de focŭlus, diminutivo de focus, «fogo».[8]
História
Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, a professora Chiara Lubich, então com 23 anos, criou o Movimento Focolares junto com seus amigos mais próximos.[3] Ao final dessa mesma década com a guerra terminada, já contava com um número de seguidores suficiente para ocupar um acampamento de verão nas montanhas Dolomitas.[3]
Somente 19 anos depois, em 1962, obteve a aprovação papal de João XXIII, recebendo deste o nome de Obra de Maria, durante o Concílio Vaticano II.[9]
Em mensagem dirigida aos sete cardeais e 137 bispos amigos do Movimento dos Focolares, provenientes de 50 países, reunidos em Trento por ocasião do centenário de nascimento de Chiara Lubich, o Papa Francisco afirmou que o carisma da unidade, defendido por ela, “é uma dessas graças do nosso tempo, que experimenta uma mudança histórica e pede uma reforma espiritual e pastoral simples e radical, que leve a Igreja à fonte sempre nova e atual do Evangelho de Jesus".[10]
Focolares no Brasil
O Movimento alega que o primeiro brasileiro a ter contato com o Movimento foi o Pe. João Batista Zattera, de Pelotas, que passou a ter um relacionamento profundo com Chiara Lubich.[11] Em 1958 chegam ao Brasil um grupo de vários focolarinos vindos da Itália, inluindo Lia Brunet, Marco Tecilla, Fiore Ungaro, Ginetta Calliari, Volo Morandi e outros, que se estabeleceram em Recife e depois em São Paulo. Dez anos depois, um grupo adere ao convite de Dom Helder Câmara e se estabelecem na Ilha de Santa Teresinha.[12]
Em 25 de março de 2014, Maria Voce, então presidente do Movimento dos Focolares, esteve no Brasil para a inauguração da "Cátedra Chiara Lubich de Fraternidade e Humanismo" na Universidade Católica do Recife.[13]
Economia de Comunhão (EdC)
Parte empresarial do movimento dos Focolares,[14] que "visa atrair a intervenção divina para o mundo dos negócios" a partir da visão de que a busca do lucro é atitude divina, apresentando o empresário como modelo de ética e principal protagonista social e na exploração dos trabalhadores através da manipulação psicológica.[15] Ele reúne empresas que se comprometem a empregar o seu lucro em favor de três causas: o sustento daqueles que se encontram em necessidade, projetos de formação cultural e de incentivo ao empreendedorismo e o incremento da própria empresa. O projeto tem um objetivo claro: produzir riquezas em prol de quem se encontra em dificuldade e fomentar uma nova cultura em que a economia não esteja atrelada ao individualismo e ao crescimento das desigualdades.[16]
No Brasil, a Economia de Comunhão está presente em 177 empresas de 12 estados. No mundo todo, são mais de 800 empresas.[16]
Referências
- ↑ a b c Dantas, Maria José (2017). «ALARGA-SE O HORIZONTE... REVISTA "CIDADE NOVA" NO BRASIL E A DIFUSÃO DA PROPOSTA EDUCATIVA DOS "FOCOLARES" (1957-1967)» (PDF). Associação Sul-Rio-Grandense de
Pesquisadores em História da Educação
Brasil. Revista História da Educação. 21 (52): p. 44-52. Consultado em 08 nov. 2022 line feed character character in
|titulo=at position 47 (ajuda); line feed character character in|publicado=at position 32 (ajuda); Verifique data em:|acessodata=(ajuda) - ↑ https://www.bibliacatolica.com.br, Bíblia Católica Online-. «São João, 17 - Bíblia Ave Maria». Bíblia Católica Online. Consultado em 6 de novembro de 2022
- ↑ a b c Heuser, Stephen (19 de abril de 2005). «Movimentos católicos fundamentalistas cresceram com João Paulo 2º». The Boston Globe. Traduzido por Danilo Fonseca. Consultado em 3 de abril de 2018
- ↑ «International Associations of the Faithful». La Santa Sede. Consultado em 17 de outubro de 2020
- ↑ a b Santos, Ivanaldo Oliveira; Neto, José Pereira Silva (2018). «A Espiritualidade da Comunhão no Movimento dos Focolares». REVELETEO - Revista Eletrônica Espaço Teológico. ISSN 2177-952x (21): 96–117. ISSN 2177-952X. doi:10.23925/2177-952X.2018v12i21p96-117. Consultado em 4 de março de 2021
- ↑ Maskulak, Marian (13 de junho de 2018). «Religion and leadership». New York : Routledge, [2018] | Series: Routledge studies in religion: Routledge: 109–119. ISBN 978-1-351-13912-0. Consultado em 4 de março de 2021
- ↑ «Quem Somos». Movimento dos Focolares. Consultado em 9 de novembro de 2020
- ↑ Enciclopedia Treccani. «Verbete "focolare" na Enciclopedia Treccani». Consultado em 20 de novembro de 2020
- ↑ Magalhães, Renan; Aguiar, Sylvana. Subcampo conservador e lucro tripartido: um estudo dos focolares e de sua economia de comunhão (pdf). III Colóquio de História. Consultado em 3 de abril de 2019
- ↑ Raviart, Michele (8 de fevereiro de 2020). «Papa: o carisma da unidade é uma graça para o nosso tempo - Vatican News». www.vaticannews.va. Consultado em 16 de fevereiro de 2020
- ↑ Administrador, Por (27 de setembro de 2011). «Pe. João Baptista Zattera». Movimento dos Focolares. Consultado em 9 de novembro de 2020
- ↑ «A Ilha de Santa Terezinha». Humanidade Nova - Movimento dos Focolares. Consultado em 9 de novembro de 2020
- ↑ «Catedra em memória de Chiara Lubich é inaugurada em Recife». Gaudium Press. 27 de março de 2014. Consultado em 16 de fevereiro de 2020
- ↑ Zsolnai, László (2015). Post-Materialist Business: Spiritual Value-Orientation in Renewing Management. [S.l.]: Palgrave Macmillan. p. 52. ISBN 978-1-137-52596-3. doi:10.1057/9781137525987. Consultado em 3 de abril de 2019
- ↑ CARVALHO, Maria Luisa; GUARESCHI, Pedrinho (março de 2009). «Economia de comunhão: responsabilidade social, ideología e representações sociais.» 29 ed. Brasília. Psicologia: ciência e profissão (1): 88-101. ISSN 1414-9893. Consultado em 4 de julho de 2019
- ↑ a b Koller, Felipe (15 de abril de 2017). «O que é Economia de Comunhão e por que essa ideia tem atraído cada vez mais adeptos». Sempre Família. Consultado em 16 de fevereiro de 2020
