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Princípio da Smurfette: diferenças entre revisões

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O '''princípio da Smurfette''' é a prática e clichê de mídia, muito usada no [[cinema]], [[música]], [[teatro]], [[games]], [[literatura]] e [[televisão]], de incluir apenas uma mulher em um conjunto inteiramente masculino. Esse principio é estabelecido de diversas formas a principal é estabelecer uma narrativa dominada de forma completa ou parcial pelos homens, onde essa mulher será a unica exceção que existe em referência a todos os outros homens.<ref name="DayKugler2014">{{citar livro|autor1 =Lori Day|autor2 =Charlotte Kugler|título=Her Next Chapter: How Mother-Daughter Book Clubs Can Help Girls Navigate Malicious Media, Risky Relationships, Girl Gossip, and So Much More|url=https://books.google.com/books?id=Z6k2AwAAQBAJ&pg=PA203|data=1 de maio de 2014|publicado=Chicago Review Press|isbn=978-1-61374-859-6|páginas=203–}}</ref><ref name="Jason Richards">{{citar jornal|url=https://www.theatlantic.com/entertainment/archive/2011/07/the-problem-with-smurfette/242690/|título=The Problem With Smurfette|último =Richards|primeiro =Jason|data=2011-07-28|obra=The Atlantic|acessodata=2018-07-23|língua=en-US}}</ref> Toda essa ideia é construída a a partir da baixa representação feminina na mídia de um modo geral,onde o dono dessa obra em questão acredita que apenas uma mulher é o suficiente para tudo, mesmo que seja uma para um grupo de 10 homens.<ref>https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2016/03/5-estereotipos-de-personagens-femininos-utilizados-na-ficcao.html</ref> o Termo também pode ser avançado para grupo de mulheres em um grande conglomerado de grupos de homens.
O '''princípio da Smurfette''' é a prática e clichê de mídia, muito usada no [[cinema]], [[música]], [[teatro]], [[games]], [[literatura]] e [[televisão]], de incluir apenas uma mulher em um conjunto inteiramente masculino. Esse principio é estabelecido de diversas formas a principal é estabelecer uma narrativa dominada de forma completa ou parcial pelos homens, onde essa mulher será a única exceção que existe em referência a todos os outros homens.<ref name="DayKugler2014">{{citar livro|autor1 =Lori Day|autor2 =Charlotte Kugler|título=Her Next Chapter: How Mother-Daughter Book Clubs Can Help Girls Navigate Malicious Media, Risky Relationships, Girl Gossip, and So Much More|url=https://books.google.com/books?id=Z6k2AwAAQBAJ&pg=PA203|data=1 de maio de 2014|publicado=Chicago Review Press|isbn=978-1-61374-859-6|páginas=203–}}</ref><ref name="Jason Richards">{{citar jornal|url=https://www.theatlantic.com/entertainment/archive/2011/07/the-problem-with-smurfette/242690/|título=The Problem With Smurfette|último =Richards|primeiro =Jason|data=2011-07-28|obra=The Atlantic|acessodata=2018-07-23|língua=en-US}}</ref> Toda essa ideia é construída a partir da baixa representação feminina na mídia de um modo geral,onde o dono dessa obra em questão acredita que apenas uma mulher é o suficiente para tudo, mesmo que seja uma para um grupo de 10 homens.<ref>https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2016/03/5-estereotipos-de-personagens-femininos-utilizados-na-ficcao.html</ref> o Termo também pode ser avançado para grupo de mulheres em um grande conglomerado de grupos de homens.


==Origem do Termo==
==Origem do Termo==

Revisão das 21h27min de 27 de maio de 2021

O princípio da Smurfette é a prática e clichê de mídia, muito usada no cinema, música, teatro, games, literatura e televisão, de incluir apenas uma mulher em um conjunto inteiramente masculino. Esse principio é estabelecido de diversas formas a principal é estabelecer uma narrativa dominada de forma completa ou parcial pelos homens, onde essa mulher será a única exceção que existe em referência a todos os outros homens.[1][2] Toda essa ideia é construída a partir da baixa representação feminina na mídia de um modo geral,onde o dono dessa obra em questão acredita que apenas uma mulher é o suficiente para tudo, mesmo que seja uma para um grupo de 10 homens.[3] o Termo também pode ser avançado para grupo de mulheres em um grande conglomerado de grupos de homens.

Origem do Termo

A origem do termo surgiu em 7 de Abril de 1991, citado pela escritora, ensaísta e crítica estaduniense Katha Pollitt,[4] inspirado na personagem Smurfette do grupo de criaturinhas de cor azul chamados de Os Smurfs. Onde a personagem era a unica de um enorme grupo de homens. Pollitt observou que isso é mais comum do que ela pensava, em termos de uma prática é bem comum na mídia ao comprar os brinquedos de Natal de sua filha. O uso inicial do termo foi em relação à "cultura pré-escolar", para Pollitt, atrapalharia a compreensão do gênero pela criança. Ela escreveu: "O sexismo na cultura pré-escolar deforma meninos e meninas." As meninas aprendem a dividir suas consciências, filtrando seus sonhos e ambições por meio de personagens masculinos, enquanto admiram as roupas das princesas. Construído assim a ideia de que mulheres sempre serão delicadas e sofredoras, sempre a espera de um homem que apareça para resolver suas necessidades e problemas, onde sempre serão a mocinha em perigo. A personagem feminina representa essencialmente "feminilidade" nesses casos. Ela pode ou não desempenhar um papel importante na história, mas normalmente é "tudo feminino". Alguns exemplos que Pollitt cita incluem a figura materna, uma “rainha do glamour” ou uma espécie de parceira feminina. Como consequência, os trabalhos que empregam esse tropo frequentemente falham no teste de Bechdel , um indicador de preconceito de gênero na ficção.

No ano de 2011, Pollitt discutiu sobre o assunto novamente no The Atlantic. Ela disse que o problema ainda é muito prevalente na mídia atual. Usando como exemplo o longa-metragem Super 8 , que tinha apenas uma personagem principal feminina interpretada pela atriz Elle Fanning. Também nessa época, ela estendeu o princípio para incluir redes de televisão. A única grande âncora feminina na programação da MSNBC em 2011, de acordo com Pollitt, era Rachel Maddow. Ela comentou: "É bastante notável que haja apenas uma mulher e nunca seja igual." Este termo não desapareceu de forma alguma, fazendo muitas aparições na literatura e no discurso popular. Os jornalistas reclamam que os grandes sucessos de bilheteria costumam incluir apenas uma mulher, e essa tendência não vai desaparecer tão cedo.[5] Isso é visível em pôsteres de filmes, como Ocean's Eleven , The Matrix e Star Wars , entre muitos outros. Steve Rose analisa a situação de Eleven no programa de TV Stranger Things , onde ela é essencialmente substituída (durante suas próprias aventuras) por Max, outra jovem, que também é provocada e "cobiçada", outra reação comum a uma personagem feminina solitária. A "Smurfette", ou única integrante do elenco feminino, tem sido vista como tipicamente tendo um papel estereotipado de uma parceira romântica, um "durão taciturno" ou existe para diminuir a tensão de um elenco totalmente masculino. Como resultado do descontentamento com a falta de mulheres, um novo padrão emergiu, de “inversão de gênero”, resultando em versões de franquias de mídia existentes com elencos principais de atrizes exclusivamente femininas, como Ocean's 8 e Ghostbusters. O Instituto Geena Davis de Gênero na Mídia constatou que apenas “10% de todos os filmes têm um elenco equilibrado de gênero”, reforçando assim a existência da falta de representação feminina justa, ou seja, o Princípio da Smurfette. Em artigo e vídeo para a Bitch Magazine , Anita Sarkeesian afirma que a tendência da mídia das décadas de 1980 e 1990 - que costuma seguir esse princípio - ser refeita continuamente resulta na recorrência dessa edição, criando um ciclo contínuo. Ela também pediu que a indústria cinematográfica incluísse mais personagens femininos, ou até mesmo um elenco dominado por mulheres, e passasse no teste de Bechdel , afirmando que, depois que isso for mantido em mente e realmente realizado, uma diversidade significativa será possível.[6]

Exemplos da Prática

Nomeado após Smurfette, sendo a única mulher entre os Smurfs, um grupo de criaturas masculinas, o princípio foi observado nas seguintes obras:

Cinema
Personagem Obra Status
Jyn Erso (Felicity Jones) Rogue One: A Star Wars Story Única mulher do elenco principal
Princesa Leia (Carrie Fisher) Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança Única mulher do elenco principal
Princesa Leia (Carrie Fisher) Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca Única mulher do elenco principal
Princesa Leia (Carrie Fisher) Star Wars: Episode VI – Return of the Jedi Única mulher do elenco principal
Padmé Amidala (Natalie Portman) Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma Única mulher do elenco principal
Padmé Amidala (Natalie Portman) Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones Única mulher do elenco principal
Padmé Amidala (Natalie Portman) Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith Única mulher do elenco principal
Natasha Romanoff / Viúva Negra (Scarlett Johansson) Os Vingadores Única Mulher da Equipe, sendo que no roteiro inicial era previsto a entrada da héroina Vespa, que no fim acabou por ser descartada.

Referências

  1. Lori Day; Charlotte Kugler (1 de maio de 2014). Her Next Chapter: How Mother-Daughter Book Clubs Can Help Girls Navigate Malicious Media, Risky Relationships, Girl Gossip, and So Much More. [S.l.]: Chicago Review Press. pp. 203–. ISBN 978-1-61374-859-6 
  2. Richards, Jason (28 de julho de 2011). «The Problem With Smurfette». The Atlantic (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2018 
  3. https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2016/03/5-estereotipos-de-personagens-femininos-utilizados-na-ficcao.html
  4. Hers; The Smurfette Principle. The New York Times, 7 April 1991
  5. «The Smurfette Principle: why can't Hollywood accept gender equality?». MSN.com (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2018 
  6. «This Is the Disturbing Movie Poster 'Smurfette Principle'». Time (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2018