Crantor: diferenças entre revisões
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[[File:Athanasius Kircher's Atlantis.gif|thumb|350px| Crantor acreditava que a [[Atlântida]] realmente tinha existido.<br>''Mapa de Atlântida segundo [[Athanasius Kircher]], (c.1669)'']] |
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Seus trabalhos eram muito numerosos. Diógenes Laércio diz que ele deixou para trás Comentários, que consistiam de 30 |
Seus trabalhos eram muito numerosos. Diógenes Laércio diz que ele deixou para trás Comentários, que consistiam de 30 mil linhas;<ref name="diog24"/> mas destes apenas fragmentos foram preservados. Eles parecem ter relacionado principalmente aos assuntos morais e, por conseguinte, as aulas de [[Horácio]]<ref>Horácio, ''Ep.'' i. 2. 4</ref> com [[Crísipo de Solos]] como uma filosofia moral, de uma forma que prova que os escritos de Crantor foram muito lidos e geralmente conhecido em [[Roma]] naquele momento. |
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A mais popular das obras de Crantor em Roma parece ter sido a de que ''Sobre o Sofrimento''({{lang-la|De Luctu}}, {{lang-el|Περὶ Πένθους}}), que foi dirigida a seu amigo Hipócles sobre a morte de seu filho, da qual [[Cícero]] parece ter tomado quase todo seu terceiro livro ''Tusculan Disputations''. O filósofo [[Panécio de Rodes]] chamou a obra de Crantor "uma obra de ouro", que merecia ser decorada palavra por palavra.<ref>Cicero, Acad, ii. 44.</ref> |
A mais popular das obras de Crantor em Roma parece ter sido a de que ''Sobre o Sofrimento'' ({{lang-la|De Luctu}}, {{lang-el|Περὶ Πένθους}}), que foi dirigida a seu amigo Hipócles sobre a morte de seu filho, da qual [[Cícero]] parece ter tomado quase todo seu terceiro livro ''Tusculan Disputations''. O filósofo [[Panécio de Rodes]] chamou a obra de Crantor "uma obra de ouro", que merecia ser decorada palavra por palavra.<ref>Cicero, Acad, ii. 44.</ref> |
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Cícero também fez grande uso de sua obra enquanto escrevia sua célebre ''[[Consolatio]]'' sobre a morte de sua filhar, Tullia; e vários trechos que são preservados no tratado de [[Plutarco]] sobre Consolação dirigida a Apolônio, que chegou até nós. Crantor dava atenção especial para a [[ética]] e ordenava os que considerava as coisas boas na seguinte ordem - a virtude, a saúde, o prazer e as riquezas. |
Cícero também fez grande uso de sua obra enquanto escrevia sua célebre ''[[Consolatio]]'' sobre a morte de sua filhar, Tullia; e vários trechos que são preservados no tratado de [[Plutarco]] sobre Consolação dirigida a Apolônio, que chegou até nós. Crantor dava atenção especial para a [[ética]] e ordenava os que considerava as coisas boas na seguinte ordem - a virtude, a saúde, o prazer e as riquezas. |
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Crantor foi o primeiro seguidor de de [[Platão]] que escreveu comentários sobre as obras de seu mestre. Ele também fez algumas tentativas na poesia e [[Diógenes Laércio]] diz que, após a selagem de uma coleção de seus poemas, ele as depositou no templo de [[Atena]] em sua cidade natal, [[Solos (Cilícia)|Solos]]. |
Crantor foi o primeiro seguidor de de [[Platão]] que escreveu comentários sobre as obras de seu mestre. Ele também fez algumas tentativas na poesia e [[Diógenes Laércio]] diz que, após a selagem de uma coleção de seus poemas, ele as depositou no templo de [[Atena]] em sua cidade natal, [[Solos (Cilícia)|Solos]]. |
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Crantor tratava a história da [[Atlântida]] como um fato histórico,<ref name="Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro">{{citar livro|título=Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro|url=http://books.google.com/books?id=qLszAQAAIAAJ|acessodata=25 de abril de 2013|ano=1863}}</ref> ele escreveu comentários sobre cada diálogo de Platão que |
Crantor tratava a história da [[Atlântida]] como um fato histórico,<ref name="Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro">{{citar livro|título=Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro|url=http://books.google.com/books?id=qLszAQAAIAAJ|acessodata=25 de abril de 2013|ano=1863}}</ref> ele escreveu comentários sobre cada diálogo de Platão que infelizmente se perderam durante a queda do império, mas [[Proclo]] - um filósofo do século IV que teve acesso aos comentários - afirmava que Crantor foi pessoalmente até [[Saís]] e perguntou aos sacerdotes sobre a história de [[Sólon]] ao que lhe mostraram um pilar com [[hieróglifos]] entalhados, que de acordo com os sacerdotes, contavam a história do afundamento da Atlântida.<ref name="Greet2007">{{citar livro|autor =John Michael Greet|título=Atlantis: Ancient Legacy, Hidden Prophecy|url=http://books.google.com/books?id=wTNctKDjxaMC&pg=PA11|ano=2007|publicado=Llewellyn Worldwide|isbn=978-0-7387-0978-9|páginas=11–}}</ref> |
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Revisão das 23h58min de 13 de julho de 2020
Crantor | |
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Nascimento | 344 a.C. Solos |
Morte | 275 a.C. (68–69 anos) |
Ocupação | filósofo |
Movimento estético | platonismo |
Causa da morte | edema |
Crantor (em grego: Κράντωρ, gen.: Κράντορος; m. c. 276/275 a.C.[1]) foi um filósofo grego da Academia de Platão, provavelmente nascido em meados do século IV a.C. na Cilícia, atualmente na Turquia.
Vida
Crantor mudou-se para Atenas para estudar filosofia,[2] onde se tornou discípulo de Xenócrates e amigo de Polemo, foi um dos defensores mais ilustres da filosofia da Academia antiga. Como Xenócrates faleceu em 314/3 a.C., Crantor deve ter chegado a Atenas em data anterior a esse ano, mas não sabemos a data de seu nascimento. Ele faleceu antes de Polemo e Crates devido a um edema.[3] Ele deixou sua fortuna, equivalente a doze talentos, para Arcesilau.[4]
Escritos
Seus trabalhos eram muito numerosos. Diógenes Laércio diz que ele deixou para trás Comentários, que consistiam de 30 mil linhas;[2] mas destes apenas fragmentos foram preservados. Eles parecem ter relacionado principalmente aos assuntos morais e, por conseguinte, as aulas de Horácio[5] com Crísipo de Solos como uma filosofia moral, de uma forma que prova que os escritos de Crantor foram muito lidos e geralmente conhecido em Roma naquele momento.
A mais popular das obras de Crantor em Roma parece ter sido a de que Sobre o Sofrimento (em latim: De Luctu, em grego: Περὶ Πένθους), que foi dirigida a seu amigo Hipócles sobre a morte de seu filho, da qual Cícero parece ter tomado quase todo seu terceiro livro Tusculan Disputations. O filósofo Panécio de Rodes chamou a obra de Crantor "uma obra de ouro", que merecia ser decorada palavra por palavra.[6]
Cícero também fez grande uso de sua obra enquanto escrevia sua célebre Consolatio sobre a morte de sua filhar, Tullia; e vários trechos que são preservados no tratado de Plutarco sobre Consolação dirigida a Apolônio, que chegou até nós. Crantor dava atenção especial para a ética e ordenava os que considerava as coisas boas na seguinte ordem - a virtude, a saúde, o prazer e as riquezas.
Crantor foi o primeiro seguidor de de Platão que escreveu comentários sobre as obras de seu mestre. Ele também fez algumas tentativas na poesia e Diógenes Laércio diz que, após a selagem de uma coleção de seus poemas, ele as depositou no templo de Atena em sua cidade natal, Solos.
Crantor tratava a história da Atlântida como um fato histórico,[7] ele escreveu comentários sobre cada diálogo de Platão que infelizmente se perderam durante a queda do império, mas Proclo - um filósofo do século IV que teve acesso aos comentários - afirmava que Crantor foi pessoalmente até Saís e perguntou aos sacerdotes sobre a história de Sólon ao que lhe mostraram um pilar com hieróglifos entalhados, que de acordo com os sacerdotes, contavam a história do afundamento da Atlântida.[8]
Referências
- ↑ Tiziano Dorandi, Chapter 2: Chronology, in Algra et al. (1999) The Cambridge History of Hellenistic Philosophy, page 48. Cambridge.
- ↑ a b Diogenes Laërtius, iv. 24
- ↑ Diogenes Laërtius, iv. 27
- ↑ Diógenes Laércio, iv. 25
- ↑ Horácio, Ep. i. 2. 4
- ↑ Cicero, Acad, ii. 44.
- ↑ Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. [S.l.: s.n.] 1863. Consultado em 25 de abril de 2013
- ↑ John Michael Greet (2007). Atlantis: Ancient Legacy, Hidden Prophecy. [S.l.]: Llewellyn Worldwide. pp. 11–. ISBN 978-0-7387-0978-9
- Este artigo contém texto do do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).
Ligações externas
- Diógenes Laércio, Life of Crantor, traduzido para o inglês por Robert Drew Hicks (1925). (em inglês)