Corbélia: diferenças entre revisões
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Corbélia recebeu status de município pela lei estadual nº 4382 de 10 de junho de 1961, com território desmembrado do município de [[Cascavel (Paraná)|Cascavel]].<ref>{{citar web|url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/parana/corbelia.pdf|titulo=Corbélia Paraná - PR Histórico|data=5 de junho de 2010|obra=IBGE|acessodata=27 de abril de 2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.corbelia.pr.gov.br/novo/index.php/a-cidade/a-historia|titulo=A História |obra=Prefeitura municipal de Corbélia|acessodata=27 de abril de 2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20071107014200/http://www.corbelia.org/cidade/historico.php|titulo=HISTÓRICO DO MUNICÍPIO|data=2007|obra=Portal Corbélia|publicado=corbelia.org|acessodata=27 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar livro|sobrenome=Daiane|nome=PEROZA|título=Corbélia e sua história|editor=Corbélia: BPM|publicação=2005}}</ref> |
Corbélia recebeu status de município pela lei estadual nº 4382 de 10 de junho de 1961, com território desmembrado do município de [[Cascavel (Paraná)|Cascavel]].<ref>{{citar web|url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/parana/corbelia.pdf|titulo=Corbélia Paraná - PR Histórico|data=5 de junho de 2010|obra=IBGE|acessodata=27 de abril de 2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.corbelia.pr.gov.br/novo/index.php/a-cidade/a-historia|titulo=A História |obra=Prefeitura municipal de Corbélia|acessodata=27 de abril de 2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20071107014200/http://www.corbelia.org/cidade/historico.php|titulo=HISTÓRICO DO MUNICÍPIO|data=2007|obra=Portal Corbélia|publicado=corbelia.org|acessodata=27 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar livro|sobrenome=Daiane|nome=PEROZA|título=Corbélia e sua história|editor=Corbélia: BPM|publicação=2005}}</ref> |
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Segundo os historiadores, os primeiros habitantes desta terra foram os Índios Caingangues, visto que foram encontradas peças fósseis e instrumentos de uso pessoal, as margens do Rio Piquiri, que comprovou a existência dos mesmos. |
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{{Referências}} |
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A expansão Econômica pretendida pelo Governo do Estado foi instituída a Fundação Paranaense de Colonização e Imigração a qual demarcou estas áreas abrindo estradas para dar acesso aos pioneiros que viam para esta região, dando um futuro promissor às suas famílias. |
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Por volta de 1947, chegaram ao atual município diversas famílias que se espalharam nas localidades dos distrito de Nossa Senhora da Penha, Ouro Verde do Piquiri, Iguatu, Anahy, Braganey, Santa Inês, Sapucaia, Rio dos Porcos, Rancho Mundo, Campininha e outras localidades. |
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Conforme relato de pioneiros, eles escolheram estes lugares devido ao fato de as terras serem férteis e de baixo custo, além do que, podiam pagar as terras em prestações, ao contrário de outros locais, onde somente se compraram terras à vista. |
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Uma das primeiras famílias a chegar em 1947 é a do senhor Pedro Druczkoski, ambos de Mallet – Paraná. Para que pudessem chegar até Corbélia, eles enfrentaram a mata através de picadas, pois não haviam estradas naquela época. Quando aqui chegaram, encontraram somente uma pequena mercearia. A primeira plantação feita por esta família foi altamente prejudicada por uma invasão de gafanhotos, o que fez com que este pioneiro chegasse ao ponto de trocar suas roupas por mandioca nesta pequena mercearia para não passar fome. |
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Em 1948 chegam em Corbélia as famílias de Joroslau Schuckak, provinda de Canoinhas-RS, indo instalar-se na localidade de São Pedro e, Aldino Formighieri, natural de Passo Fundo-RS, juntamente com seu irmão. |
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Fiscal geral da Fundação Paranaense de Colonização e Imigração, e guarda da gleba, Aldino Formighieri chegou à região de Corbélia, Formighieri tinha então vinte anos de idade e trazia a missão de promover acordos com os posseiros e impedir a ação de intrusos que invadiam as terras pertencentes à Fundação de Colonização, em trabalho chefiado por Armando Zanato, este originário de Carazinho (RS). Teve tão bom desempenho na expulsão de intrusos que o governador Moysés Lupion o convidou para dirigir o setor de segurança da Fundação como delegado e comandante de polícia na região. |
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Em 1949, chega em Corbélia o senhor José Skottki, provindo de Santa Catarina e trazendo junto consigo mais cinqüenta pessoas, instalando-se nas proximidades do Rio Melissa. Entretanto, destas cinqüenta pessoas, algumas seguiram viagem. Já em 1951, chega a família Casagrande e inicia a plantação de café. |
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Por volta de 1953, chega a família de Isidoro Primo Frare, que iniciou a abertura de uma localidade conhecida antigamente como Rio Tigre e hoje é o município de Braganey. |
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Cada vez mais chegavam pessoas para residir em Corbélia devido à fertilidade e o preço de forma de pagamento das terras, sendo migrantes principalmente dos estado de Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Dentre todas estas famílias, destacamos a família Palhano, Simon, Sauter, de João Schneider, de Pedro Zilso Barella, Helmut Mayer, Henrique Muller, Manoel de Souza, Manoel Vidal, Paulo de Souza, Ivo Farias, Isaidoro Hotz, Venceslau POires, Alfredo Saturno, Victorio Forcolin, Atílio Cesário Barzotto, Gustavo Scharlau, Egon Vogt, Apélio Casagrande, entre outras famílias. |
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O processo de colonização de Corbélia, em área pertencente a Cascavel, começou ainda em 1951, ano em que Cascavel se desmembrava de Foz do Iguaçu. A nova frente foi empreendida pela Fundação Paranaense de Colonização e Imigração, que havia contratado Armando Zanato para promover a venda de terras e procurar entendimento com os posseiros da região. Como sertanista nato, o senhor Armando Zanato entreviu a possibilidade de criação de um núcleo habitacional, e iniciou suas atividades no sentido de colonizar uma área de terras de ótima qualidade que passou a ser conhecida por Colônia Corbélia. |
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Por volta de 1953, chegaram em Corbélia às famílias de João Fridolino Dillemburg, Homero Baú e outros juntamente com Armando Zanato, que colonizaram e fundaram o nosso Município, mas já haviam outras famílias, como a família Formighieri, que já viviam onde hoje é o município, e esta colônia entre diversas denominações, recebia o nome de Arroio dos Porcos, antes de se chamar Colônia Corbélia. |
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Em busca de novas famílias, Armando Zanato faz um verdadeiro trabalho de publicidade, divulgando em rádios e através de visitas aos mais diferentes lugares, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a nova cidade que surgia. |
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O nome de Corbélia teve origem do termo francês “corbeille”, que significa pequeno cesto de flores. Segundo a tradição, esta foi à designação sugerida pela senhora Iracema Zanato, florista e esposa de Armando Zanato, um dos pioneiros colonizadores e fundadores da cidade de Corbélia. Conta uma pioneira, que quando estavam em busca de um nome para a nova cidade, dona Iracema e sua filha colheram diversas flores, pois haviam diversos tipos e em quantidade, e com elas fizeram um buquê e perceberam que este formava uma bela corbélia e daí foi sugerido o nome para a nova cidade e este foi acolhido carinhosamente, pois haviam realmente, diversas espécies de flores no local. |
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A família de Pedro Zilso Barella abria estradas no interior do atual município de Corbélia, com o apoio de Apélio Casagrande, nesse promissor início de década. Barella havia sido contratado pela Fundação de Colonização e Imigração para abrir estradas com máquinas Catterpillar, além de prestar assistência à Serraria Corbélia no setor de maquinaria. Depois, na década de 60, iria se integrar à direção do Parque de Máquinas da Prefeitura de Corbélia. |
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Já Apélio Casagrande, além de agricultor e construtor de estradas, contribuiu com a construção de pontes e escolas, tendo sido mais tarde vereador em Corbélia, representando a região da Penha. |
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Chegaram mais 1 035 colonos ao projeto de colonização da Maripá em 1953, ano em que surgiu a comunidade de Vila Maripá e se instalaram na região de Corbélia as famílias Mânica, Baú, Schechelli, Frare e Dillemburg. João Fridolino Dillemburg, gaúcho de São Sebastião do Caí, havia sido comerciante no Sul e teria um papel fundamental na elevação do distrito de Corbélia a município, dirigindo a Loteadora Industrial Paranaense. |
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Enquanto no interior de Toledo surgiam em 1954 os núcleos urbanos de Pato Bragado e São Roque, junto ao rio Tigre, em Corbélia, estabelecia-se a família Frare, cuja contribuição para o desenvolvimento da área é considerado inestimável, tendo construído estradas e pontes. Ao mesmo tempo, estavam sendo demarcadas as ruas de Corbélia, obedecendo a um plano urbanístico traçado pelo engenheiro Paulo Trauczinski |
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Em 1955 chegaram 1 230 colonos à Fazenda Britânia, favorecendo a formação da Vila Iporã em Toledo. Em Corbélia já existiam então 42 casas e a vila recebia sua primeira serraria, pelas mãos de Júlio Tozzo. |
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Não contente com a colonização, alguns anos antes, da região do rio Tigre, depois batizado de rio Novais, em Corbélia, em 1960 Isidoro Primo Frare se uniu às famílias de Joaquim Correa e Pedro Pereira de Godoy para abrir um novo projeto de colonização, com venda de lotes rurais e também urbanos, no qual foi organizado um arruamento. Desse esforço veio redundar a formação da cidade de Braganey. |
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Em 09 de outubro de 1957, Colônia Corbélia foi elevada a distrito Judiciário de Cascavel, o que fez com que a localidade progredisse e em 10 de junho de 1961, Colônia Corbélia é elevada a categoria de Município, tendo sua emancipação política em 08 de dezembro do mesmo ano, sendo que toma posse o primeiro prefeito do novo município, o senhor Julio Tozzo. |
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Em 1962, Astrogildo da Silva e Anacleto Pantano começaram a povoação da região de Iguatu (Corbélia). |
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A família de Atílio Cesário Barzotto iniciou o plantio de café em Corbélia em 1952. Foi o café, na verdade, um dos grandes responsáveis pela abertura de estradas, desbravamento de novas fronteiras agrícolas, construção de pontes, estradas e igrejas naquela região, pois se a madeira ainda imperava absoluta no Oeste, a contribuição regional para a forte presença do Paraná na produção de café já se afigurava expressiva. |
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No início da década de 50, a relativa melhoria da estrada estimulou a empresa de transportes coletivos intermunicipais Princesa dos Campos a abrir um roteiro de linhas pela região, o que interessava às companhias colonizadoras, ansiosas por levar os colonos compradores para conhecer as áreas. Mas os problemas para o tráfego dos ônibus e a escassez de passageiros, que preferiam voar, acabaram por fazer com que até o único ônibus disponível para a linha pioneira fosse desativado. Mas Alvorino Giuseppe Schecheli, que chegava à região trazido pelo sogro Francisco Mânica, não teve dúvidas em se estabelecer no setor de transporte de passageiros, fazendo os trajetos Ouro Verde—Anahy e Corbélia—Cascavel. |
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Segundo o vídeo produzido na década de 60 pelo Jornal Flamma de Curitiba, Corbélia foi criada inicialmente como centro de distribuição e de abastecimento da região e por possuir terras onde tudo o que se planta colhe, seu clima agradável e por possuir muita madeira, atraiu os cafeicultores e madeireiros que se instalaram no local. |
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Conforme reportagem da revista Catedral de Dezembro de 2000, acolonização de Corbélia foi iniciada na década de 50 e em 1953, o idealizador do município, o senhor Armando Zanato, penetrava sertão adentro e determinava dentro da mata virgem o local da futura cidade. Através da sociedade formada pelos senhores Armando Zanato, Homero Baú e João Fridolino Dillemburg, no dia 13 de Agosto de 1953, nascia a cidade de Corbélia. Através de iniciativa do senhor Armando Zanato, foi proposto como padroeiro do município São Judas Tadeu e através do voto dos primeiros habitantes, efetivamente elegeram o santo como o padroeiro. Pelo projeto que resultou na Lei 05/04/1972, de autoria do vereador José Rubin, ficou estabelecido feriado municipal no dia 28 de Outubro, dia de São Judas Tadeu. |
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Corbélia esteve ligada a Cascavel até 1961, e por isso possui sua história de ocupação territorial está vinculada a este município. História essa que faz parte do amplo contexto da ocupação e do desenvolvimento do Oeste e do Brasil. Entre 1920 e 1930, ocorreu um deslocamento da população paranaense de Guarapuava para o Oeste do Paraná, conhecido como “Frente Cabocla”. A fundação de Cascavel, bem como a de Corbélia deve-se principalmente a este descolamento de tropeiros e caboclos das diversas regiões. |
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Durante a década de 30, famílias catarinenses e gaúchas estabeleceram-se em Cascavel, fixando-se como agricultores. Na década seguinte, foi criada a Fundação Paranaense para a Colonização Oficial, dando preferência para as regiões demograficamente isoladas, na região, onde hoje estão localizadas Terra Roxa e Corbélia, foi lançado o primeiro loteamento. |
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Corbélia fazia parte de Cascavel, um imenso território que se estendia do rio Iguaçu ao Piquiri. Em 1951, Cascavel foi considerada município, e Corbélia, em 1957 foi elevada á categoria de distrito administrativo do novo município, tornando-se município em 10 de Junho de 1961 e emancipando-se a 8 de dezembro do mesmo ano. Em 24 de Fevereiro de 1978, obteve a qualidade de comarca. |
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Na década de 50 o café obteve uma melhoria nos preços, atraindo plantadores para novas regiões. Dessa forma, seu cultivo ultrapassou o Rio Piquirí, chegando ao Oeste Paranaense. A expansão da lavoura cafeeira trouxe novas famílias de diversas regiões, sendo na maioria famílias que possuíam tradição cafeeira. Até os dias atuais, observa-se que a parte norte do município de Cascavel, hoje Corbélia, é diferente do restante da região em seus usos e costumes. E a origem étnica dos contingentes que povoou Corbélia, formou a parte morena do Oeste do Paraná. Esse deslocamento ficou conhecido como “Frente Nortista” ou “Cafeeira”. |
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Foi a partir de 1948, com a instalação de grandes serrarias, que foi iniciado o ciclo econômico madeireiro, o que provocou a chegada de mais famílias catarinenses e gaúchas. Esse novo deslocamento ficou conhecido como “Frente Sulista”. Foi nesta fase, que o sistema produtivo em Corbélia organizou-se em moldes coloniais, tendo como base a policultura de produtos anuais centrando-se no milho, feijão, trigo e arroz, e na suinocultura. A cultura de café que entrara em declínio na década de 60, presenciou uma grande queda com a intensificação da mecanização agrícola, nos anos 70. |
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Com a incorporação do Oeste do Paraná ao processo de expansão da lavoura de exportação, no contexto de internacionalização da economia a partir do início da década de 70, verificou-se a desarticulação crescente do sistema produtivo anterior que, entretanto, manteve alguns de seus elementos definidores, tais como o padrão fundiário e a mão de obra. O crescimento inicial do município de Corbélia foi rápido. No inicio da década de 60 eram aproximadamente 2.252 habitantes, evoluindo para 39.834 habitantes, no princípio dos anos 70. Nos primeiros dez anos, a zona rural possuía aproximadamente 1.852 habitantes, e na década seguinte, 36.799. Com isso, podemos concluir que a expansão do espaço agrário em Corbélia centrou-se na ampliação das áreas agrícolas.{{Referências}} |
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==Ligações externas== |
==Ligações externas== |
Revisão das 19h10min de 16 de agosto de 2017
Corbélia
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Município do Brasil | |
Hino | |
Lema | O Progresso Floresce Aqui |
Gentílico | corbeliense |
Localização | |
Localização de Corbélia no Paraná | |
Localização de Corbélia no Brasil | |
Mapa de Corbélia | |
Coordenadas | 24° 47′ 56″ S, 53° 18′ 25″ O |
País | Brasil |
Unidade federativa | Paraná |
Região metropolitana | Cascavel |
Municípios limítrofes | Ubiratã, Anahy, Iguatu, Braganey, Cascavel, Cafelândia e Nova Aurora |
Distância até a capital | 508 km |
História | |
Fundação | 8 de dezembro de 1961 (63 anos) |
Administração | |
Prefeito(a) | Giovani Miguel Wolf Hnatuw (PMDB, 2017–2020) |
Características geográficas | |
Área total [1] | 529,385 km² |
População total (Censo IBGE/2014[2]) | 17,016 hab. |
Densidade | 0 hab./km² |
Clima | Subtropical (Cfa) |
Altitude | 895 m |
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) |
Indicadores | |
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,767 — alto |
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 260 881,442 mil |
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 16 451,09 |
Corbélia é um município brasileiro do estado do Paraná. Localiza-se a uma latitude 24º47'56" sul e a uma longitude 53º18'24" oeste, estando a uma altitude de 895 metros. Sua população estimada em 2014 era de 17.016 habitantes. Possui uma área de 529,39 km².
História
Corbélia recebeu status de município pela lei estadual nº 4382 de 10 de junho de 1961, com território desmembrado do município de Cascavel.[5][6][7][8]
Segundo os historiadores, os primeiros habitantes desta terra foram os Índios Caingangues, visto que foram encontradas peças fósseis e instrumentos de uso pessoal, as margens do Rio Piquiri, que comprovou a existência dos mesmos.
A expansão Econômica pretendida pelo Governo do Estado foi instituída a Fundação Paranaense de Colonização e Imigração a qual demarcou estas áreas abrindo estradas para dar acesso aos pioneiros que viam para esta região, dando um futuro promissor às suas famílias.
Por volta de 1947, chegaram ao atual município diversas famílias que se espalharam nas localidades dos distrito de Nossa Senhora da Penha, Ouro Verde do Piquiri, Iguatu, Anahy, Braganey, Santa Inês, Sapucaia, Rio dos Porcos, Rancho Mundo, Campininha e outras localidades.
Conforme relato de pioneiros, eles escolheram estes lugares devido ao fato de as terras serem férteis e de baixo custo, além do que, podiam pagar as terras em prestações, ao contrário de outros locais, onde somente se compraram terras à vista.
Uma das primeiras famílias a chegar em 1947 é a do senhor Pedro Druczkoski, ambos de Mallet – Paraná. Para que pudessem chegar até Corbélia, eles enfrentaram a mata através de picadas, pois não haviam estradas naquela época. Quando aqui chegaram, encontraram somente uma pequena mercearia. A primeira plantação feita por esta família foi altamente prejudicada por uma invasão de gafanhotos, o que fez com que este pioneiro chegasse ao ponto de trocar suas roupas por mandioca nesta pequena mercearia para não passar fome.
Em 1948 chegam em Corbélia as famílias de Joroslau Schuckak, provinda de Canoinhas-RS, indo instalar-se na localidade de São Pedro e, Aldino Formighieri, natural de Passo Fundo-RS, juntamente com seu irmão.
Fiscal geral da Fundação Paranaense de Colonização e Imigração, e guarda da gleba, Aldino Formighieri chegou à região de Corbélia, Formighieri tinha então vinte anos de idade e trazia a missão de promover acordos com os posseiros e impedir a ação de intrusos que invadiam as terras pertencentes à Fundação de Colonização, em trabalho chefiado por Armando Zanato, este originário de Carazinho (RS). Teve tão bom desempenho na expulsão de intrusos que o governador Moysés Lupion o convidou para dirigir o setor de segurança da Fundação como delegado e comandante de polícia na região.
Em 1949, chega em Corbélia o senhor José Skottki, provindo de Santa Catarina e trazendo junto consigo mais cinqüenta pessoas, instalando-se nas proximidades do Rio Melissa. Entretanto, destas cinqüenta pessoas, algumas seguiram viagem. Já em 1951, chega a família Casagrande e inicia a plantação de café.
Por volta de 1953, chega a família de Isidoro Primo Frare, que iniciou a abertura de uma localidade conhecida antigamente como Rio Tigre e hoje é o município de Braganey.
Cada vez mais chegavam pessoas para residir em Corbélia devido à fertilidade e o preço de forma de pagamento das terras, sendo migrantes principalmente dos estado de Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Dentre todas estas famílias, destacamos a família Palhano, Simon, Sauter, de João Schneider, de Pedro Zilso Barella, Helmut Mayer, Henrique Muller, Manoel de Souza, Manoel Vidal, Paulo de Souza, Ivo Farias, Isaidoro Hotz, Venceslau POires, Alfredo Saturno, Victorio Forcolin, Atílio Cesário Barzotto, Gustavo Scharlau, Egon Vogt, Apélio Casagrande, entre outras famílias.
O processo de colonização de Corbélia, em área pertencente a Cascavel, começou ainda em 1951, ano em que Cascavel se desmembrava de Foz do Iguaçu. A nova frente foi empreendida pela Fundação Paranaense de Colonização e Imigração, que havia contratado Armando Zanato para promover a venda de terras e procurar entendimento com os posseiros da região. Como sertanista nato, o senhor Armando Zanato entreviu a possibilidade de criação de um núcleo habitacional, e iniciou suas atividades no sentido de colonizar uma área de terras de ótima qualidade que passou a ser conhecida por Colônia Corbélia.
Por volta de 1953, chegaram em Corbélia às famílias de João Fridolino Dillemburg, Homero Baú e outros juntamente com Armando Zanato, que colonizaram e fundaram o nosso Município, mas já haviam outras famílias, como a família Formighieri, que já viviam onde hoje é o município, e esta colônia entre diversas denominações, recebia o nome de Arroio dos Porcos, antes de se chamar Colônia Corbélia.
Em busca de novas famílias, Armando Zanato faz um verdadeiro trabalho de publicidade, divulgando em rádios e através de visitas aos mais diferentes lugares, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a nova cidade que surgia.
O nome de Corbélia teve origem do termo francês “corbeille”, que significa pequeno cesto de flores. Segundo a tradição, esta foi à designação sugerida pela senhora Iracema Zanato, florista e esposa de Armando Zanato, um dos pioneiros colonizadores e fundadores da cidade de Corbélia. Conta uma pioneira, que quando estavam em busca de um nome para a nova cidade, dona Iracema e sua filha colheram diversas flores, pois haviam diversos tipos e em quantidade, e com elas fizeram um buquê e perceberam que este formava uma bela corbélia e daí foi sugerido o nome para a nova cidade e este foi acolhido carinhosamente, pois haviam realmente, diversas espécies de flores no local.
A família de Pedro Zilso Barella abria estradas no interior do atual município de Corbélia, com o apoio de Apélio Casagrande, nesse promissor início de década. Barella havia sido contratado pela Fundação de Colonização e Imigração para abrir estradas com máquinas Catterpillar, além de prestar assistência à Serraria Corbélia no setor de maquinaria. Depois, na década de 60, iria se integrar à direção do Parque de Máquinas da Prefeitura de Corbélia.
Já Apélio Casagrande, além de agricultor e construtor de estradas, contribuiu com a construção de pontes e escolas, tendo sido mais tarde vereador em Corbélia, representando a região da Penha.
Chegaram mais 1 035 colonos ao projeto de colonização da Maripá em 1953, ano em que surgiu a comunidade de Vila Maripá e se instalaram na região de Corbélia as famílias Mânica, Baú, Schechelli, Frare e Dillemburg. João Fridolino Dillemburg, gaúcho de São Sebastião do Caí, havia sido comerciante no Sul e teria um papel fundamental na elevação do distrito de Corbélia a município, dirigindo a Loteadora Industrial Paranaense.
Enquanto no interior de Toledo surgiam em 1954 os núcleos urbanos de Pato Bragado e São Roque, junto ao rio Tigre, em Corbélia, estabelecia-se a família Frare, cuja contribuição para o desenvolvimento da área é considerado inestimável, tendo construído estradas e pontes. Ao mesmo tempo, estavam sendo demarcadas as ruas de Corbélia, obedecendo a um plano urbanístico traçado pelo engenheiro Paulo Trauczinski
Em 1955 chegaram 1 230 colonos à Fazenda Britânia, favorecendo a formação da Vila Iporã em Toledo. Em Corbélia já existiam então 42 casas e a vila recebia sua primeira serraria, pelas mãos de Júlio Tozzo.
Não contente com a colonização, alguns anos antes, da região do rio Tigre, depois batizado de rio Novais, em Corbélia, em 1960 Isidoro Primo Frare se uniu às famílias de Joaquim Correa e Pedro Pereira de Godoy para abrir um novo projeto de colonização, com venda de lotes rurais e também urbanos, no qual foi organizado um arruamento. Desse esforço veio redundar a formação da cidade de Braganey.
Em 09 de outubro de 1957, Colônia Corbélia foi elevada a distrito Judiciário de Cascavel, o que fez com que a localidade progredisse e em 10 de junho de 1961, Colônia Corbélia é elevada a categoria de Município, tendo sua emancipação política em 08 de dezembro do mesmo ano, sendo que toma posse o primeiro prefeito do novo município, o senhor Julio Tozzo.
Em 1962, Astrogildo da Silva e Anacleto Pantano começaram a povoação da região de Iguatu (Corbélia).
A família de Atílio Cesário Barzotto iniciou o plantio de café em Corbélia em 1952. Foi o café, na verdade, um dos grandes responsáveis pela abertura de estradas, desbravamento de novas fronteiras agrícolas, construção de pontes, estradas e igrejas naquela região, pois se a madeira ainda imperava absoluta no Oeste, a contribuição regional para a forte presença do Paraná na produção de café já se afigurava expressiva.
No início da década de 50, a relativa melhoria da estrada estimulou a empresa de transportes coletivos intermunicipais Princesa dos Campos a abrir um roteiro de linhas pela região, o que interessava às companhias colonizadoras, ansiosas por levar os colonos compradores para conhecer as áreas. Mas os problemas para o tráfego dos ônibus e a escassez de passageiros, que preferiam voar, acabaram por fazer com que até o único ônibus disponível para a linha pioneira fosse desativado. Mas Alvorino Giuseppe Schecheli, que chegava à região trazido pelo sogro Francisco Mânica, não teve dúvidas em se estabelecer no setor de transporte de passageiros, fazendo os trajetos Ouro Verde—Anahy e Corbélia—Cascavel.
Segundo o vídeo produzido na década de 60 pelo Jornal Flamma de Curitiba, Corbélia foi criada inicialmente como centro de distribuição e de abastecimento da região e por possuir terras onde tudo o que se planta colhe, seu clima agradável e por possuir muita madeira, atraiu os cafeicultores e madeireiros que se instalaram no local.
Conforme reportagem da revista Catedral de Dezembro de 2000, acolonização de Corbélia foi iniciada na década de 50 e em 1953, o idealizador do município, o senhor Armando Zanato, penetrava sertão adentro e determinava dentro da mata virgem o local da futura cidade. Através da sociedade formada pelos senhores Armando Zanato, Homero Baú e João Fridolino Dillemburg, no dia 13 de Agosto de 1953, nascia a cidade de Corbélia. Através de iniciativa do senhor Armando Zanato, foi proposto como padroeiro do município São Judas Tadeu e através do voto dos primeiros habitantes, efetivamente elegeram o santo como o padroeiro. Pelo projeto que resultou na Lei 05/04/1972, de autoria do vereador José Rubin, ficou estabelecido feriado municipal no dia 28 de Outubro, dia de São Judas Tadeu.
Corbélia esteve ligada a Cascavel até 1961, e por isso possui sua história de ocupação territorial está vinculada a este município. História essa que faz parte do amplo contexto da ocupação e do desenvolvimento do Oeste e do Brasil. Entre 1920 e 1930, ocorreu um deslocamento da população paranaense de Guarapuava para o Oeste do Paraná, conhecido como “Frente Cabocla”. A fundação de Cascavel, bem como a de Corbélia deve-se principalmente a este descolamento de tropeiros e caboclos das diversas regiões.
Durante a década de 30, famílias catarinenses e gaúchas estabeleceram-se em Cascavel, fixando-se como agricultores. Na década seguinte, foi criada a Fundação Paranaense para a Colonização Oficial, dando preferência para as regiões demograficamente isoladas, na região, onde hoje estão localizadas Terra Roxa e Corbélia, foi lançado o primeiro loteamento.
Corbélia fazia parte de Cascavel, um imenso território que se estendia do rio Iguaçu ao Piquiri. Em 1951, Cascavel foi considerada município, e Corbélia, em 1957 foi elevada á categoria de distrito administrativo do novo município, tornando-se município em 10 de Junho de 1961 e emancipando-se a 8 de dezembro do mesmo ano. Em 24 de Fevereiro de 1978, obteve a qualidade de comarca.
Na década de 50 o café obteve uma melhoria nos preços, atraindo plantadores para novas regiões. Dessa forma, seu cultivo ultrapassou o Rio Piquirí, chegando ao Oeste Paranaense. A expansão da lavoura cafeeira trouxe novas famílias de diversas regiões, sendo na maioria famílias que possuíam tradição cafeeira. Até os dias atuais, observa-se que a parte norte do município de Cascavel, hoje Corbélia, é diferente do restante da região em seus usos e costumes. E a origem étnica dos contingentes que povoou Corbélia, formou a parte morena do Oeste do Paraná. Esse deslocamento ficou conhecido como “Frente Nortista” ou “Cafeeira”.
Foi a partir de 1948, com a instalação de grandes serrarias, que foi iniciado o ciclo econômico madeireiro, o que provocou a chegada de mais famílias catarinenses e gaúchas. Esse novo deslocamento ficou conhecido como “Frente Sulista”. Foi nesta fase, que o sistema produtivo em Corbélia organizou-se em moldes coloniais, tendo como base a policultura de produtos anuais centrando-se no milho, feijão, trigo e arroz, e na suinocultura. A cultura de café que entrara em declínio na década de 60, presenciou uma grande queda com a intensificação da mecanização agrícola, nos anos 70.
Com a incorporação do Oeste do Paraná ao processo de expansão da lavoura de exportação, no contexto de internacionalização da economia a partir do início da década de 70, verificou-se a desarticulação crescente do sistema produtivo anterior que, entretanto, manteve alguns de seus elementos definidores, tais como o padrão fundiário e a mão de obra. O crescimento inicial do município de Corbélia foi rápido. No inicio da década de 60 eram aproximadamente 2.252 habitantes, evoluindo para 39.834 habitantes, no princípio dos anos 70. Nos primeiros dez anos, a zona rural possuía aproximadamente 1.852 habitantes, e na década seguinte, 36.799. Com isso, podemos concluir que a expansão do espaço agrário em Corbélia centrou-se na ampliação das áreas agrícolas.
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2014» (PDF). Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2014. Consultado em 11 de dezembro de 2014
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Corbélia Paraná - PR Histórico» (PDF). IBGE. 5 de junho de 2010. Consultado em 27 de abril de 2013
- ↑ «A História». Prefeitura municipal de Corbélia. Consultado em 27 de abril de 2013
- ↑ «HISTÓRICO DO MUNICÍPIO». Portal Corbélia. corbelia.org. 2007. Consultado em 27 de abril de 2013
- ↑ Daiane, PEROZA. Corbélia: BPM, ed. Corbélia e sua história. 2005. [S.l.: s.n.]