André da Grécia e Dinamarca: diferenças entre revisões
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{{Info/Nobre |
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| imagem = Prince Andrew of Greece.png |
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| nome = André da Grécia e Dinamarca |
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| título = Príncipe da Grécia e Dinamarca |
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| legenda = |
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| imagem = [[Ficheiro:Laszlo - Prince Andrew of Greece.jpg|225px]] |
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| nome = André |
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| legenda = Príncipe André, num retrato de [[Philip de László]] |
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| título = Príncipe da Grécia e Dinamarca |
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| consorte = [[Alice de Battenberg]] |
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| tipo-conjugue = Esposa |
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| filhos = [[Margarida da Grécia e Dinamarca|Princesa Margarida]]<br />[[Teodora da Grécia e Dinamarca|Princesa Teodora]]<br />[[Cecília da Grécia e Dinamarca|Princesa Cecília]]<br />[[Sofia da Grécia e Dinamarca|Princesa Sofia]]<br />[[Filipe, Duque de Edimburgo|Príncipe Filipe]] |
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| conjugue = [[Alice de Battenberg]] |
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| casa real = [[Casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg]] |
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| descendencia = [[Margarida da Grécia e Dinamarca]]<br />[[Teodora da Grécia e Dinamarca]]<br />[[Cecília da Grécia e Dinamarca]]<br />[[Sofia da Grécia e Dinamarca]]<br />[[Filipe, Duque de Edimburgo]] |
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| dinastia = |
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| casa = [[Casa de Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Glucksburgo|Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Glucksburgo]] |
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| hino real = |
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| data de nascimento = {{dni|2|2|1882|lang=br|sem idade}} |
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| pai = [[Jorge I da Grécia]] |
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| nascimento_local = [[Palácio de Tatoi|Palácio Real de Tatoi]], [[Atenas]], [[Reino da Grécia]] |
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| mãe = [[Olga Constantinovna da Rússia]] |
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| morte = {{nowrap|{{morte|3|12|1944|2|2|1882}}}} |
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| morte_local = Hotel Metropole, [[Monte Carlo]], [[Mônaco|Principado de Mônaco]] |
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| cidadenatal = [[Atenas]], [[Grécia]] |
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| sepultamento = [[Palácio de Tatoi|Cemitério Real de Tatoi]], [[Atenas]], [[Reino da Grécia]] |
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| falecimento = {{morte e idade|3|12|1944|20|1|1882}} |
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| pai = [[Jorge I da Grécia]] |
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| cidadefalecimento= [[Monte Carlo]], [[Mónaco]] |
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| mãe = [[Olga Constantinovna da Rússia]] |
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| sepultamento = Cemitério Real do [[Palácio de Tatoi]], {{GREb}} [[Grécia]] |
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| brasão = Arms of a Prince of Greece.svg |
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}}{{Info/Político |
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|imagem = File:Le Prince André de Grèce.jpg |
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|imagem_tamanho = 290px |
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|nome = André |
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|lealdade = [[File:State Flag of Greece (1863-1924 and 1935-1973).svg|20px]] [[Reino da Grécia]] |
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|ramo = [[File:War flag of the Hellenic Army.svg|20px]] [https://en.wikipedia.org/wiki/Hellenic_Army Exército Real Grego] |
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|anos_de_serviço = 1901–1909<br />1912–1917<br />1920–1922 |
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|graduação = [[File:GR-Army-OF7-1912.svg|15px|border]] [[Major-general|Major General]] |
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|batalhas = [[Primeira Guerra Balcânica]]<br/>[[Segunda Guerra Balcânica]]<br/>[[Guerra Greco-Turca de 1919–1922|Segunda Guerra Greco-Turca]] |
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'''André''' ([[Atenas]], {{dtlink|2|2|1882}} – [[Monte Carlo]], {{dtlink|3|12|1944}}) foi o sétimo filho, o quarto menino, do rei [[Jorge I da Grécia]] e sua esposa a grã-duquesa [[Olga Constantinovna da Rússia]], sendo o pai do príncipe [[Filipe, Duque de Edimburgo]] e avô paterno de [[Carlos III do Reino Unido]]. |
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'''André da Grécia''' nascido '''Πρίγκιπας Ανδρέας της Ελλάδας''', ([[20 de Janeiro]]/[[2 de Fevereiro]] de [[1882]] — [[3 de Dezembro]] de [[1944]]) da [[casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg]], foi a sétima criança e quarto filho a nascer do Rei [[Jorge I da Grécia]] e da Grã-duquesa [[Olga Constantinovna da Rússia]]. |
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Iniciou a sua carreira militar cedo e foi nomeado oficial do |
Iniciou a sua carreira militar cedo e foi nomeado oficial do exército grego. As suas posições de comando eram nomeações reais e não honorários e ele prestou serviço durante as [[Guerras dos Balcãs]]. Em 1913, o seu pai foi assassinado e o irmão mais velho de André, [[Constantino I da Grécia|Constantino]], tornou-se rei. Insatisfação com a política de neutralidade do irmão durante a [[Primeira Guerra Mundial]], levou à sua abdicação e ao exílio de grande parte da família real, incluindo André. No seu regresso alguns anos mais tarde, o Príncipe prestou serviço na [[Guerra Greco-Turca (1919-1922)|Guerra Greco-Turca]] de 1920 - 1921, que acabou mal para a Grécia. André acabou sendo culpado pela perda de parte do território grego, tendo de se exilar novamente em 1922. Passou grande parte de sua vida na [[França]]. |
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Em |
Em 1930, ele encontrava-se afastado da sua mulher, a princesa [[Alice de Battenberg]]. O seu filho, o príncipe [[Filipe, Duque de Edimburgo|Filipe]], serviu na marinha britânica durante a [[Segunda Guerra Mundial]], enquanto as suas filhas eram casadas com nobres alemães, três deles com ligações aos [[Nazi|nazis]]. Separado da mulher e dos filhos devido à guerra, André veio a morrer em [[Monte Carlo]] em 1944. Não os via desde 1939. |
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== Infância e juventude == |
== Infância e juventude == |
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Nascido em [[Atenas]], o |
Nascido em [[Atenas]],<ref name="philipeade">{{Citar livro|último=Eade|primeiro=Philip|título=Prince Philip: The Turbulent Early Life of the Man Who Married Queen Elizabeth II|data=2011|editora=Henry Holt|local=New York|isbn=0805095446|formato=Kindle}}</ref> o príncipe André aprendeu [[língua inglesa|inglês]] com seus tutores à medida que crescia, mas só falava [[língua grega|grego]] com seus pais, língua que tinha mais facilidade de falar do que seus irmãos.<ref name="Vickers, p. 309">Vickers, p. 309</ref> Falava também [[língua alemã|alemão]], [[língua dinamarquesa|dinamarquês]], [[língua russa|russo]] e [[língua francesa|francês]].<ref>Brandreth, p. 49</ref> Andou na escola de cadetes e na faculdade militar em Atenas<ref>''The Times (London)'', Monday 4 December 1922, p. 17</ref> e, apesar das suas dificuldades visuais, juntou-se ao exército.<ref>Heald, pp. 18–19</ref> |
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== Primeiros anos de carreira == |
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[[Ficheiro:Prince Andrew of Greece and Denmark.jpg|thumb|left|200px|Príncipe André na sua juventude]] |
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Em [[1902]], o Príncipe André conheceu a princesa [[Alice de Battenberg]] na coroação do seu tio [[Eduardo VII do Reino Unido|Eduardo VII]] em [[Londres]]. A Princesa Alice era a filha do [[Louis Mountbatten, 1.º Marquês de Milford Haven|Príncipe Louis de Battenberg]] e da [[Vitória de Mountbatten|Princesa Vitória de Hesse e do Reno]]. Eles apaixonaram-se e no ano seguinte, a [[6 de Outubro]] de [[1903]], casaram-se pelo civil em [[Darmstadt]]. No dia seguinte voltaram a casar em duas cerimónias, uma Luterana e uma Ortodoxa. |
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Em 1909, a situação política na [[Grécia]] levou a um golpe de estado, uma vez que o governo de Atenas se recusava a apoiar o parlamento de [[Creta]] que tinha pedido a união com a Grécia (na altura a ilha ainda pertencia ao [[Império Otomano]]). Um grupo de oficiais insatisfeitos formaram uma Liga Militar nacionalista que eventualmente levou o Príncipe André a despedir-se do exército e a subida ao poder de [[Eleftherios Venizelos]].<ref>Clogg, pp. 97–99</ref> |
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O Príncipe e a Princesa Alice tiveram cinco filhos, todos eles com descendência. |
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Alguns anos mais tarde, com o rebentar das [[Guerras dos Balcãs]], André foi readmitido novamente como tenente coronel no terceiro regimento de cavalaria<ref>Brandreth, p. 52</ref> e colocado no comando dos hospitais de campo.<ref>''The Times (London)'', Wednesday 19 March 1913, p. 6</ref> Durante a guerra, o seu pai foi assassinado e André herdou uma vila na ilha de [[Corfu]] chamada de ''Mon Repos''. Em 1914, André (como muitos outros príncipes europeus) detinha posições militares honorárias no exercito russo e no alemão, bem como no prussiano, dinamarquês e italiano.<ref>Marquis of Ruvigny, ''The Titled Nobility of Europe'' (Harrison and Sons, London, 1914) p. 71</ref> |
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!Nome!!Nascimento!!Morte!!Observações |
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|[[Margarida da Grécia e Dinamarca]]||[[18 de abril]] de [[1905]]||[[24 de abril]] de [[1981]]||Casou-se em [[1931]] com SAS [[Godofredo de Hohenlohe-Langenburg|Godofredo, 9° Príncipe de Hohenlohe-Langenburg]]. |
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|[[Teodora da Grécia e Dinamarca]]||[[13 de maio]] de [[1906]]||[[16 de outubro]] de [[1969]]||Casou-se em [[1931]] com SAR [[Bertolo de Baden|Príncipe Berthold, Margrave de Baden]]. |
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|[[Princesa Cecília da Grécia e Dinamarca]]||[[22 de junho]] de [[1911]]||[[16 de novembro]] de [[1937]]||Casou-se em [[1931]] com [[Jorge Donatus|Jorge Donatus, Grão-duque Herdeiro de Hesse e Reno]]. |
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|[[Sofia da Grécia e Dinamarca]]||[[26 de junho]] de [[1914]]||[[3 de novembro]] de [[2001]]||Casou-se primeiramente em [[1930]] com o Príncipe [[Cristóvão de Hesse-Cassel]]. Casou-se pela segunda vez em [[1946]] com o Príncipe [[Jorge Guilherme de Hanôver]]. |
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|[[Filipe, Duque de Edimburgo|Príncipe Filipe]]||[[10 de junho]] de [[1921]]||||Casou-se em [[1947]] com [[Isabel II do Reino Unido]]. Foi titulado mais tarde [[Duque de Edimburgo]]. |
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Durante a [[Primeira Guerra Mundial]] ele continuou a visitar [[Berlim]], apesar das acusações abafadas no parlamento europeu de que ele era um agente alemão.<ref>''The Times (London)'', Friday 23 November 1917, p. 10</ref> O seu irmão, o rei [[Constantino I da Grécia|Constantino]], enveredou uma política de neutralidade, mas o governo eleito de [[Venizelos]] apoiava os Aliados. Em junho de 1917, as políticas neutrais do rei forçaram a família ao exílio. Durante os anos que se seguiram, grande parte da família real grega viveu na [[Suíça]].<ref>Brandreth, p. 55 and Van der Kiste, pp. 96 ff.</ref> |
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== Primeiros anos de carreira == |
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== Anos no exílio == |
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Em [[1909]], a situação política na [[Grécia]] levou a um golpe de estado, uma vez que o governo de Atenas se recusava a apoiar o parlamento de [[Creta]] que tinha pedido a união com a Grécia (na altura a ilha ainda pertencia ao [[Império Otomano]]). Um grupo de oficiais insatisfeitos formaram uma Liga Militar nacionalista que eventualmente levou o Príncipe André a despedir-se do exército e a subida ao poder de [[Eleftherios Venizelos]]. |
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Durante três anos, o segundo filho de Constantino, [[Alexandre I da Grécia|Alexandre]], foi rei da [[Grécia]] até à sua morte prematura derivada de uma dentada de macaco.<ref>Van der Kiste, pp. 122–124</ref> [[Constantino I da Grécia|Constantino]] foi restaurado ao trono e André novamente aceito no exército, desta vez como General-Major.<ref>Brandreth, p. 56; Heald, p. 25</ref> A família passou a viver em Mon Repos. |
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Alguns anos mais tarde, com o rebentar das [[Guerras dos Balcãs]], André foi readmitido novamente como tenente coronel no terceiro regimento de cavalaria e colocado no comando dos hospitais de campo. Durante a guerra, o seu pai foi assassinado e André herdou uma villa na ilha de [[Corfu]] chamada de ''Mon Repos''. Em [[1914]], André (como muitos outros príncipes europeus) detinha posições militares honorárias no exercito russo e no alemão, bem como no Prussiano, Dinamarquês e Italiano. |
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André recebeu comando do Segundo Exército durante a Batalha de Sakarya, que efectivamente marcou a derrota da Grécia na [[Guerra Greco-Turca (1919-1922)|Guerra Greco-Turca]] de 1919-1922. A 19 de setembro de 1921, André recebeu ordens para atacar as posições turcas, o que ele considerou um movimento desesperado e pouco distante do “pânico mal escondido”.<ref>Quoted in Brandreth, p. 59 and Heald, p. 27</ref> Recusando-se a colocar os seus homens em perigo, André seguiu o seu próprio plano de batalha, desagradando o comandante geral [[Anastasios Papoulas]].<ref>Brandreth, p. 59; Heald, p. 27</ref> Retirado das suas funções como chefe e recebendo um traje de Papoulas, André ofereceu-se para se demitir do seu comando, mas Papoulas recusou. Os turcos invadiram e atacaram as tropas gregas do príncipe e elas foram obrigadas a bater em retirada. André foi então transferido para o Conselho Militar Supremo e depois nomeado comandante do Quinto Exército. Papoulas foi substituído pelo general [[Georgios Hatzianestis]].<ref>Brandreth, pp. 59–60; Heald, pp. 27–28</ref> |
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Durante a [[Primeira Guerra Mundial]] ele continuou a visitar [[Berlim]] apesar das acusações abafadas no parlamento europeu de que ele era um agente alemão. O seu irmão, o rei [[Constantino I da Grécia|Constantino]], enveredou uma política de neutralidade, mas o governo eleito de [[Venizelos]] apoiava os Aliados. Em Junho de [[1917]], as políticas neutrais do rei forçaram a família ao exílio. Durante os anos que se seguiram, grande parte da família real grega viveu na [[Suíça]]. |
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A insatisfação com o processo da guerra levou a outro golpe de estado em 1922 durante o qual André foi preso, julgado e considerado culpado por “desobedecer a uma ordem” e “agir por iniciativa própria” durante a batalha do ano anterior. Muitas das testemunhas a favor nos julgamentos de traição foram fuziladas, incluindo Hatzianestis e cinco polícias experientes.<ref>''The Times (London)'', Friday 1 December 1922, p. 12</ref> Os diplomatas britânicos assumiram que André poderia estar em perigo mortal. Apesar de poupado, o príncipe foi condenado ao banimento e saiu da Grécia na companhia da esposa e filhos a bordo do navio britânico HMS Calypso.<ref>''The Times (London)'', Tuesday 5 December 1922, p. 12</ref> A família passou então a viver numa pequena casa que lhes foi emprestada pela cunhada abastada de André, a princesa [[Marie Bonaparte]]<ref>Brandreth, p. 63 and Vickers, pp. 176–178</ref>, em [[Saint-Cloud]] nos arredores de [[Paris]]. |
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== Anos no exílio == |
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[[Ficheiro:Prince Andrew of Greece.JPG|thumb|right|200px|André em 1913 por [[Philip de László]]]] |
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Durante três anos, o segundo filho de Constantino, [[Alexandre I da Grécia|Alexandre]], foi rei da [[Grécia]] até à sua morte prematura derivada de uma dentada de macaco. [[Constantino I da Grécia|Constantino]] foi restaurado ao trono e André novamente aceite no exército, desta vez como General-Major. A família passou a viver em Mon Repos. |
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Em 1930, André publicou um livro intitulado “A Caminho do Desastre: O Exercito Grego na Ásia Menor em 1921", no qual defendeu as suas acções durante a Batalha de Sakarya, mas essencialmente viveu uma vida de isolação forçada apesar de estar apenas nos seus 40 anos.<ref>Brandreth, p. 64</ref> |
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André recebeu comando do Segundo Exército durante a Batalha de Sakarya, que efectivamente marcou a derrota da Grécia na [[Guerra Greco-Turca (1919-1922)|Guerra Greco-Turca]] de [[1919]]-[[1922]]. A [[19 de Setembro]] de [[1921]], André recebeu ordens para atacar as posições turcas, o que ele considerou um movimento desesperado e pouco distante do “pânico mal escondido”. Recusando-se a colocar os seus homens em perigo, André seguiu o seu próprio plano de batalha, desagradando o Comandante Geral [[Anastasios Papoulas]]. Retirado das suas funções como Chefe e recebendo um traje de Papoulas, André ofereceu-se para se demitir do seu comando, mas Papoulas recusou. Os turcos invadiram e atacaram as tropas gregas do Príncipe e elas foram obrigadas a bater em retirada. André foi então transferido para o Concelho Militar Supremo e depois nomeado comandante do Quinto Exército. Papoulas foi substituído pelo General [[Georgios Hatzianestis]]. |
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Durante o tempo de exílio, a família tornou-se cada vez mais dispersa. [[Alice de Battenberg|Alice]] sofreu um esgotamento nervoso e foi internada na [[Suíça]]. As suas filhas mudaram-se para a [[Alemanha]] após os seus casamentos, separadas de André, e [[Filipe, Duque de Edimburgo|Filipe]] foi enviado para uma escola no [[Reino Unido]] onde era criado pelos parentes maternos. André foi viver para o Sul de [[França]].<ref>Brandreth, p. 67</ref> |
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A insatisfação com o processo da guerra levou a outro golpe de estado em [[1922]] durante o qual André foi preso, julgado e considerado culpado por “desobedecer a uma ordem” e “agir por iniciativa própria” durante a batalha do ano anterior. Muitas das testemunhas a favor nos julgamentos de traição foram fuziladas, incluindo Hatzianestis e cinco polícias experientes. Os diplomatas britânicos assumiram que André poderia estar em perigo mortal. Apesar de poupado, o Príncipe foi condenado ao banimento e saiu da [[Grécia]] na companhia da esposa e filhos a bordo do navio britânico HMS Calypso. A família passou então a viver numa pequena casa que lhes foi emprestada pela cunhada abastada de André, a [[Marie Bonaparte|Princesa Jorge da Grécia]], em [[Saint-Cloud]] nos arredores de [[Paris]]. |
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Na [[Riviera Francesa]], André viveu num pequeno apartamento, em quartos de hotel e a bordo de um Iate com a sua amiga, a Condessa Andrée de La Bigne.<ref>Brandreth, p. 69 and Vickers, p. 309</ref> O seu casamento com Alice encontrava-se efectivamente acabado e após a cura e recuperação, ela voltou para a Grécia. Em 1936, a sentença de exílio dele foi terminada devido a leis de emergência que também restauraram terra e direitos ao Rei.<ref>''The Times (London)'', Monday 27 January 1936, p. 9</ref> André regressou à Grécia para uma breve visita nesse Maio.<ref>''The Times (London)'', Wednesday 20 May 1936, p. 15</ref> No ano seguinte, a sua filha [[Cecília da Grécia e Dinamarca|Cecília]], o marido dela e os filhos morreram num acidente aéreo em Ostend, na [[Bélgica]]. Ele viu a sua esposa Alice pela primeira vez em seis anos no funeral de sua filha em Hesse.<ref>Vickers, p. 273</ref> |
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[[Ficheiro:Prince Andrew of Greece and Denmark.jpg|thumb|right|200px|Príncipe André na sua juventude]] |
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No inicio da [[Segunda Guerra Mundial]], André viu-se preso na [[França]] enquanto que o seu filho Filipe lutava pelo lado britânico. Eles não podiam ver-se ou sequer manter correspondência. Dois dos genros de André lutaram pelo lado alemão: o príncipe [[Cristóvão de Hesse-Cassel|Cristóvão de Hesse]] era um membro do [[NSDAP]] e das [[SS]], e Bertoldo de Baden, ficou invalidado do exército alemão em 1940 após um ferimento grave na França.<ref>Vickers, pp. 293–295</ref> Durante cinco anos, André não viu nem a sua esposa nem o seu filho. Viria a morrer, em 3 de dezembro de 1944, perto do final da guerra, no Hotel Metropolitano em [[Monte Carlo]], [[Mónaco]] de paragem cardíaca e esclerose das artérias. |
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Em [[1930]], André publicou um livro intitulado ''“A Caminho do Desastre: O Exercito Grego na Ásia Menor em 1921'"', no qual defendeu as suas acções durante a Batalha de Sakarya, mas essencialmente viveu uma vida de isolação forçada apesar de estar apenas nos seus 40 anos. |
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André foi enterrado primeiro na Igreja Ortodoxa Russa de [[Nice]], mas em 1946 os seus restos mortais foram transferidos num navio grego para o cemitério real do [[Palácio de Tatoi]], perto de [[Atenas]].<ref>Brandreth, p. 177; Heald, p. 76</ref> |
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Durante o tempo de exílio, a família tornou-se cada vez mais dispersa. [[Alice de Battenberg|Alice]] sofreu um esgotamento nervoso e foi internada na [[Suíça]]. As suas filhas mudaram-se para a [[Alemanha]] após os seus casamentos, separadas de André, e [[Filipe, Duque de Edimburgo|Filipe]] foi enviado para uma escola no [[Reino Unido]] onde era criado pelos parentes maternos. André foi viver para o Sul de [[França]]. |
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== Honras == |
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Na [[Riviera Francesa]], André viveu num pequeno apartamento, em quartos de hotel e a bordo de um Iate com a sua amiga, a Condessa Andrée de La Bigne. O seu casamento com Alice encontrava-se efectivamente acabado e após a cura e recuperação, ela voltou para a [[Grécia]]. Em [[1936]], a sentença de exílio dele foi terminada devido a leis de emergência que também restauraram terra e direitos ao Rei. André regressou à Grécia para uma breve visita nesse Maio. No ano seguinte, a sua filha [[Cecília da Grécia e Dinamarca|Cecília]], o marido dela e os filhos morreram num acidente aéreo em Ostend, na [[Bélgica]]. Ele viu a sua esposa Alice pela primeira vez em seis anos no funeral em Hermann Göring. |
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*{{DNKb}} [[Ordem do Elefante|Cavaleiro da Ordem do Elefante]], ''6 de agosto de 1902''<ref name="DanskStatskalendar">{{citar livro|ano=1801|data-publicacao=1943|editor1=Bille-Hansen, A. C.|editor2=Holck, Harald|título=Statshaandbog for Kongeriget Danmark for Aaret 1943|titulotrad=State Manual of the Kingdom of Denmark for the Year 1943|url=https://dis-danmark.dk/bibliotek/911548.pdf|formato=PDF|série=Kongelig Dansk Hof- og Statskalender|língua=da|local=Copenhague|editora=J.H. Schultz A.-S. Universitetsbogtrykkeri|página=82|acessodata=16 de setembro de 2019 |via=[[:da:DIS Danmark]]}}</ref> |
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*{{flagicon|Império Alemão}} [[Ordem da Águia Negra|Cavaleiro da Ordem da Águia Negra]]<ref name="p42">Justus Perthes, ''Almanach de Gotha'' (1922) [https://archive.org/details/almanachdegotha1922goth/page/42 p. 42]</ref> |
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*{{ITAb|1861-1946}} [[Ordem Suprema da Santíssima Anunciação|Cavaleiro da Ordem da Anunciação]], ''1907''<ref name="p42"/> |
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*{{flagicon|Império Russo}} [[Ordem de Santo André|Cavaleiro da Ordem de Santo André]]<ref name="p42"/> |
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* {{ESPb|1875-1931}} [[Ordem de Carlos III|Grã-Cruz da Ordem de Carlos III]], ''30 de dezembro de 1906''<ref>{{citar jornal|url=http://hemerotecadigital.bne.es/issue.vm?id=0001001258&search=&lang=es|título=Guía Oficial de España|último=|primeiro=|data=1910|jornal=Guía Oficial de España|acessodata=21 de março de 2019|páginas=160|doi=|pmid=}}</ref> |
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* {{GBRb}} Grã-Cruz Honorário da [[Real Ordem Vitoriana]], ''22 de agosto de 1902''<ref name=p425>Shaw, Wm. A. (1906) ''The Knights of England'', '''I''', London, [https://archive.org/stream/cu31924092537418#page/n515/mode/2up p. 425]</ref> |
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== Casamento e descendência == |
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No inicio da [[Segunda Guerra Mundial]], André viu-se preso na [[França]] enquanto que o seu filho Filipe lutava pelo lado britânico. Eles não podiam ver-se ou sequer manter correspondência. Dois dos genros de André lutaram pelo lado alemão: o Príncipe [[Cristóvão de Hesse]] era um membro do [[NSDAP]] e das [[SS]], e Berthold, Margrave de Baden, ficou invalidado do exercito alemão em [[1940]] após um ferimento grave na [[França]]. Durante cinco anos, André não viu nem a sua esposa nem o seu filho. Viria a morrer no Hotel Metropolitano em [[Monte Carlo]], [[Mónaco]] de paragem cardíaca e esclerose das artérias perto do final da guerra. |
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[[Ficheiro:Andreas von Griechenland mit Frau CL 27.6.1903.jpg|thumb|right|200px|André com sua esposa Alice de Battenberg, 1913]] |
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Em 1902, o príncipe André conheceu a princesa [[Alice de Battenberg]] na coroação do seu tio [[Eduardo VII do Reino Unido|Eduardo VII]] em [[Londres]]. A princesa Alice era a filha do príncipe [[Louis Mountbatten, 1.º Marquês de Milford Haven|Louis de Battenberg]] e da princesa [[Vitória de Mountbatten|Vitória de Hesse e do Reno]]. Eles apaixonaram-se e no ano seguinte, a 6 de outubro de 1903, casaram-se pelo civil em [[Darmstadt]].<ref>Brandreth, p. 49 and Vickers, p. 52</ref> No dia seguinte voltaram a casar em duas cerimónias, uma luterana e uma ortodoxa.<ref>''The Times (London)'', Thursday 8 October 1903, p. 3</ref> |
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!Nome!!Nascimento!!Morte!!Notas |
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|align=center| [[Margarida da Grécia e Dinamarca|Princesa Margarida]] || align=center| 18 de abril de 1905 || align=center| 24 de abril de 1981 || align=center| Casou-se com [[Godofredo de Hohenlohe-Langenburg|Godofredo, Príncipe de Hohenlohe-Langenburg]] em 1931, com descendência. |
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|align=center| [[Teodora da Grécia e Dinamarca|Princesa Teodora]] || align=center| 30 de maio de 1906 || align=center| 16 de outubro de 1969 || align=center| Casou-se com [[Bertoldo, Marquês de Baden]] em 1931, com descendência. |
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|align=center| [[Cecília da Grécia e Dinamarca|Princesa Cecília]] || align=center| 22 de junho de 1911 || align=center| 16 de novembro de 1937 || align=center| Casou-se com [[Jorge Donatus|Jorge Donatus, Grão-Duque Hereditário de Hesse]] em 1931, com descendência. |
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|align=center| [[Sofia da Grécia e Dinamarca|Princesa Sofia]] || align=center| 26 de junho de 1914 || align=center| 24 de novembro de 2001 || align=center| Casou-se com [[Cristóvão de Hesse-Cassel|Cristóvão de Hesse]] em 1930, com descendência.<br/>Casou-se com [[Jorge Guilherme de Hanôver]] em 1946, com descendência. |
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==Ancestrais== |
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|4= [[Cristiano IX da Dinamarca]] |
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|5= [[Luísa de Hesse-Cassel]] |
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|6= [[Constantino Nikolaevich da Rússia]] |
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|13= [[Alexandra Feodorovna (Carlota da Prússia)|Carlota da Prússia]] |
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|14= [[José de Saxe-Altemburgo|José, Duque de Saxe-Altemburgo]] |
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|16= Frederico Carlos Luís, Duque de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Beck |
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|19= [[Luísa da Dinamarca (1750–1831)|Luísa da Dinamarca]] |
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Edição atual tal como às 23h07min de 3 de abril de 2024
André | |
---|---|
Príncipe da Grécia e Dinamarca | |
Nascimento | 2 de fevereiro de 1882 |
Palácio Real de Tatoi, Atenas, Reino da Grécia | |
Morte | 3 de dezembro de 1944 (62 anos) |
Hotel Metropole, Monte Carlo, Principado de Mônaco | |
Sepultado em | Cemitério Real de Tatoi, Atenas, Reino da Grécia |
Esposa | Alice de Battenberg |
Descendência | Margarida da Grécia e Dinamarca Teodora da Grécia e Dinamarca Cecília da Grécia e Dinamarca Sofia da Grécia e Dinamarca Filipe, Duque de Edimburgo |
Casa | Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Glucksburgo |
Pai | Jorge I da Grécia |
Mãe | Olga Constantinovna da Rússia |
Brasão |
André | |
---|---|
André | |
Serviço militar | |
Lealdade | Reino da Grécia |
Serviço/ramo | Exército Real Grego |
Anos de serviço | 1901–1909 1912–1917 1920–1922 |
Graduação | Major General |
Conflitos | Primeira Guerra Balcânica Segunda Guerra Balcânica Segunda Guerra Greco-Turca |
André (Atenas, 2 de fevereiro de 1882 – Monte Carlo, 3 de dezembro de 1944) foi o sétimo filho, o quarto menino, do rei Jorge I da Grécia e sua esposa a grã-duquesa Olga Constantinovna da Rússia, sendo o pai do príncipe Filipe, Duque de Edimburgo e avô paterno de Carlos III do Reino Unido.
Iniciou a sua carreira militar cedo e foi nomeado oficial do exército grego. As suas posições de comando eram nomeações reais e não honorários e ele prestou serviço durante as Guerras dos Balcãs. Em 1913, o seu pai foi assassinado e o irmão mais velho de André, Constantino, tornou-se rei. Insatisfação com a política de neutralidade do irmão durante a Primeira Guerra Mundial, levou à sua abdicação e ao exílio de grande parte da família real, incluindo André. No seu regresso alguns anos mais tarde, o Príncipe prestou serviço na Guerra Greco-Turca de 1920 - 1921, que acabou mal para a Grécia. André acabou sendo culpado pela perda de parte do território grego, tendo de se exilar novamente em 1922. Passou grande parte de sua vida na França.
Em 1930, ele encontrava-se afastado da sua mulher, a princesa Alice de Battenberg. O seu filho, o príncipe Filipe, serviu na marinha britânica durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto as suas filhas eram casadas com nobres alemães, três deles com ligações aos nazis. Separado da mulher e dos filhos devido à guerra, André veio a morrer em Monte Carlo em 1944. Não os via desde 1939.
Infância e juventude
[editar | editar código-fonte]Nascido em Atenas,[1] o príncipe André aprendeu inglês com seus tutores à medida que crescia, mas só falava grego com seus pais, língua que tinha mais facilidade de falar do que seus irmãos.[2] Falava também alemão, dinamarquês, russo e francês.[3] Andou na escola de cadetes e na faculdade militar em Atenas[4] e, apesar das suas dificuldades visuais, juntou-se ao exército.[5]
Primeiros anos de carreira
[editar | editar código-fonte]Em 1909, a situação política na Grécia levou a um golpe de estado, uma vez que o governo de Atenas se recusava a apoiar o parlamento de Creta que tinha pedido a união com a Grécia (na altura a ilha ainda pertencia ao Império Otomano). Um grupo de oficiais insatisfeitos formaram uma Liga Militar nacionalista que eventualmente levou o Príncipe André a despedir-se do exército e a subida ao poder de Eleftherios Venizelos.[6]
Alguns anos mais tarde, com o rebentar das Guerras dos Balcãs, André foi readmitido novamente como tenente coronel no terceiro regimento de cavalaria[7] e colocado no comando dos hospitais de campo.[8] Durante a guerra, o seu pai foi assassinado e André herdou uma vila na ilha de Corfu chamada de Mon Repos. Em 1914, André (como muitos outros príncipes europeus) detinha posições militares honorárias no exercito russo e no alemão, bem como no prussiano, dinamarquês e italiano.[9]
Durante a Primeira Guerra Mundial ele continuou a visitar Berlim, apesar das acusações abafadas no parlamento europeu de que ele era um agente alemão.[10] O seu irmão, o rei Constantino, enveredou uma política de neutralidade, mas o governo eleito de Venizelos apoiava os Aliados. Em junho de 1917, as políticas neutrais do rei forçaram a família ao exílio. Durante os anos que se seguiram, grande parte da família real grega viveu na Suíça.[11]
Anos no exílio
[editar | editar código-fonte]Durante três anos, o segundo filho de Constantino, Alexandre, foi rei da Grécia até à sua morte prematura derivada de uma dentada de macaco.[12] Constantino foi restaurado ao trono e André novamente aceito no exército, desta vez como General-Major.[13] A família passou a viver em Mon Repos.
André recebeu comando do Segundo Exército durante a Batalha de Sakarya, que efectivamente marcou a derrota da Grécia na Guerra Greco-Turca de 1919-1922. A 19 de setembro de 1921, André recebeu ordens para atacar as posições turcas, o que ele considerou um movimento desesperado e pouco distante do “pânico mal escondido”.[14] Recusando-se a colocar os seus homens em perigo, André seguiu o seu próprio plano de batalha, desagradando o comandante geral Anastasios Papoulas.[15] Retirado das suas funções como chefe e recebendo um traje de Papoulas, André ofereceu-se para se demitir do seu comando, mas Papoulas recusou. Os turcos invadiram e atacaram as tropas gregas do príncipe e elas foram obrigadas a bater em retirada. André foi então transferido para o Conselho Militar Supremo e depois nomeado comandante do Quinto Exército. Papoulas foi substituído pelo general Georgios Hatzianestis.[16]
A insatisfação com o processo da guerra levou a outro golpe de estado em 1922 durante o qual André foi preso, julgado e considerado culpado por “desobedecer a uma ordem” e “agir por iniciativa própria” durante a batalha do ano anterior. Muitas das testemunhas a favor nos julgamentos de traição foram fuziladas, incluindo Hatzianestis e cinco polícias experientes.[17] Os diplomatas britânicos assumiram que André poderia estar em perigo mortal. Apesar de poupado, o príncipe foi condenado ao banimento e saiu da Grécia na companhia da esposa e filhos a bordo do navio britânico HMS Calypso.[18] A família passou então a viver numa pequena casa que lhes foi emprestada pela cunhada abastada de André, a princesa Marie Bonaparte[19], em Saint-Cloud nos arredores de Paris.
Em 1930, André publicou um livro intitulado “A Caminho do Desastre: O Exercito Grego na Ásia Menor em 1921", no qual defendeu as suas acções durante a Batalha de Sakarya, mas essencialmente viveu uma vida de isolação forçada apesar de estar apenas nos seus 40 anos.[20]
Durante o tempo de exílio, a família tornou-se cada vez mais dispersa. Alice sofreu um esgotamento nervoso e foi internada na Suíça. As suas filhas mudaram-se para a Alemanha após os seus casamentos, separadas de André, e Filipe foi enviado para uma escola no Reino Unido onde era criado pelos parentes maternos. André foi viver para o Sul de França.[21]
Na Riviera Francesa, André viveu num pequeno apartamento, em quartos de hotel e a bordo de um Iate com a sua amiga, a Condessa Andrée de La Bigne.[22] O seu casamento com Alice encontrava-se efectivamente acabado e após a cura e recuperação, ela voltou para a Grécia. Em 1936, a sentença de exílio dele foi terminada devido a leis de emergência que também restauraram terra e direitos ao Rei.[23] André regressou à Grécia para uma breve visita nesse Maio.[24] No ano seguinte, a sua filha Cecília, o marido dela e os filhos morreram num acidente aéreo em Ostend, na Bélgica. Ele viu a sua esposa Alice pela primeira vez em seis anos no funeral de sua filha em Hesse.[25]
No inicio da Segunda Guerra Mundial, André viu-se preso na França enquanto que o seu filho Filipe lutava pelo lado britânico. Eles não podiam ver-se ou sequer manter correspondência. Dois dos genros de André lutaram pelo lado alemão: o príncipe Cristóvão de Hesse era um membro do NSDAP e das SS, e Bertoldo de Baden, ficou invalidado do exército alemão em 1940 após um ferimento grave na França.[26] Durante cinco anos, André não viu nem a sua esposa nem o seu filho. Viria a morrer, em 3 de dezembro de 1944, perto do final da guerra, no Hotel Metropolitano em Monte Carlo, Mónaco de paragem cardíaca e esclerose das artérias.
André foi enterrado primeiro na Igreja Ortodoxa Russa de Nice, mas em 1946 os seus restos mortais foram transferidos num navio grego para o cemitério real do Palácio de Tatoi, perto de Atenas.[27]
Honras
[editar | editar código-fonte]- Cavaleiro da Ordem do Elefante, 6 de agosto de 1902[28]
- Cavaleiro da Ordem da Águia Negra[29]
- Cavaleiro da Ordem da Anunciação, 1907[29]
- Cavaleiro da Ordem de Santo André[29]
- Grã-Cruz da Ordem de Carlos III, 30 de dezembro de 1906[30]
- Grã-Cruz Honorário da Real Ordem Vitoriana, 22 de agosto de 1902[31]
Casamento e descendência
[editar | editar código-fonte]Em 1902, o príncipe André conheceu a princesa Alice de Battenberg na coroação do seu tio Eduardo VII em Londres. A princesa Alice era a filha do príncipe Louis de Battenberg e da princesa Vitória de Hesse e do Reno. Eles apaixonaram-se e no ano seguinte, a 6 de outubro de 1903, casaram-se pelo civil em Darmstadt.[32] No dia seguinte voltaram a casar em duas cerimónias, uma luterana e uma ortodoxa.[33]
Nome | Nascimento | Morte | Notas |
---|---|---|---|
Princesa Margarida | 18 de abril de 1905 | 24 de abril de 1981 | Casou-se com Godofredo, Príncipe de Hohenlohe-Langenburg em 1931, com descendência. |
Princesa Teodora | 30 de maio de 1906 | 16 de outubro de 1969 | Casou-se com Bertoldo, Marquês de Baden em 1931, com descendência. |
Princesa Cecília | 22 de junho de 1911 | 16 de novembro de 1937 | Casou-se com Jorge Donatus, Grão-Duque Hereditário de Hesse em 1931, com descendência. |
Princesa Sofia | 26 de junho de 1914 | 24 de novembro de 2001 | Casou-se com Cristóvão de Hesse em 1930, com descendência. Casou-se com Jorge Guilherme de Hanôver em 1946, com descendência. |
Príncipe Filipe | 10 de junho de 1921 | 9 de abril de 2021 | Casou-se com Isabel II do Reino Unido em 1947, com descendência. |
Ancestrais
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Eade, Philip (2011). Prince Philip: The Turbulent Early Life of the Man Who Married Queen Elizabeth II (Kindle) . New York: Henry Holt. ISBN 0805095446
- ↑ Vickers, p. 309
- ↑ Brandreth, p. 49
- ↑ The Times (London), Monday 4 December 1922, p. 17
- ↑ Heald, pp. 18–19
- ↑ Clogg, pp. 97–99
- ↑ Brandreth, p. 52
- ↑ The Times (London), Wednesday 19 March 1913, p. 6
- ↑ Marquis of Ruvigny, The Titled Nobility of Europe (Harrison and Sons, London, 1914) p. 71
- ↑ The Times (London), Friday 23 November 1917, p. 10
- ↑ Brandreth, p. 55 and Van der Kiste, pp. 96 ff.
- ↑ Van der Kiste, pp. 122–124
- ↑ Brandreth, p. 56; Heald, p. 25
- ↑ Quoted in Brandreth, p. 59 and Heald, p. 27
- ↑ Brandreth, p. 59; Heald, p. 27
- ↑ Brandreth, pp. 59–60; Heald, pp. 27–28
- ↑ The Times (London), Friday 1 December 1922, p. 12
- ↑ The Times (London), Tuesday 5 December 1922, p. 12
- ↑ Brandreth, p. 63 and Vickers, pp. 176–178
- ↑ Brandreth, p. 64
- ↑ Brandreth, p. 67
- ↑ Brandreth, p. 69 and Vickers, p. 309
- ↑ The Times (London), Monday 27 January 1936, p. 9
- ↑ The Times (London), Wednesday 20 May 1936, p. 15
- ↑ Vickers, p. 273
- ↑ Vickers, pp. 293–295
- ↑ Brandreth, p. 177; Heald, p. 76
- ↑ Bille-Hansen, A. C.; Holck, Harald, eds. (1801). Statshaandbog for Kongeriget Danmark for Aaret 1943 [State Manual of the Kingdom of Denmark for the Year 1943] (PDF). Col: Kongelig Dansk Hof- og Statskalender (em dinamarquês). Copenhague: J.H. Schultz A.-S. Universitetsbogtrykkeri (publicado em 1943). p. 82. Consultado em 16 de setembro de 2019 – via da:DIS Danmark
- ↑ a b c Justus Perthes, Almanach de Gotha (1922) p. 42
- ↑ «Guía Oficial de España». Guía Oficial de España. 1910. 160 páginas. Consultado em 21 de março de 2019
- ↑ Shaw, Wm. A. (1906) The Knights of England, I, London, p. 425
- ↑ Brandreth, p. 49 and Vickers, p. 52
- ↑ The Times (London), Thursday 8 October 1903, p. 3
- ↑ «Ancestors of Prince Andrew of Greece and Denmark». royal.myorigins. Consultado em 4 de outubro de 2019
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Prince Andrew of Greece and Denmark», especificamente desta versão.