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História da Anatólia: diferenças entre revisões

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A '''[[história]] da [[Anatólia]]''' abrange os acontecimentos históricos ocorridos na região conhecida também pelo nome [[Latim|latino]] de [[Ásia Menor]], e considerada a extensão mais ocidental da [[Sudoeste da Ásia|Ásia Ocidental]]. [[Geografia|Geograficamente]], a área compreende a maior parte da [[Turquia]] moderna, do [[mar Egeu]] às montanhas da fronteira com a [[Arménia|Armênia]], a leste, e o [[mar Negro]] e as [[montanhas Taurus]], no eixo norte-sul.
A '''[[história]] da [[Anatólia]]''' abrange os acontecimentos históricos ocorridos na região conhecida também pelo nome [[Latim|latino]] de [[Ásia Menor]], e considerada a extensão mais ocidental da [[Sudoeste da Ásia|Ásia Ocidental]]. [[Geografia|Geograficamente]], a área compreende a maior parte da [[Turquia]] moderna, do [[mar Egeu]] às montanhas da fronteira com a [[Arménia|Armênia]], a leste, e o [[mar Negro]] e as [[montanhas Tauro]], no eixo norte-sul.


As primeiras representações de cultura na Anatólia podem ser encontradas em diversos sítios arqueológicos nas partes central e oriental da região. Embora as origens de alguns dos primeiros povos ainda estejam envoltas em mistério, os restos das culturas [[Hatti|hatiana]], [[Acádia|acádia]], [[Assíria|assíria]] e [[Hititas|hitita]] nos legaram diversos exemplos das vidas cotidianas de seus cidadãos e de seu comércio. Depois da queda dos hititas, os novos Estados da [[Frígia]] e da [[Lídia]] foram potências na costa oeste do território, à medida que a [[Grécia Antiga|civilização grega]] começou a florescer. Apenas a ameaça de um [[Império Persa]] relativamente distante impediu que estas civilizações alcançassem um grau mais elevado de sucesso.
As primeiras representações de cultura na Anatólia podem ser encontradas em diversos sítios arqueológicos nas partes central e oriental da região. Embora as origens de alguns dos primeiros povos ainda estejam envoltas em mistério, os restos das culturas [[Hatti|hatiana]], [[Império Acádio|acádia]], [[assíria]] e [[Hititas|hitita]] nos legaram diversos exemplos das vidas cotidianas de seus cidadãos e de seu comércio. Depois da queda dos hititas, os novos reinos da [[Reino da Frígia|Frígia]] e da [[Reino da Lídia|Lídia]] foram potências na costa oeste do território, à medida que a [[Grécia Antiga|civilização grega]] começou a florescer. Apenas a ameaça de um [[Império Aquemênida]] relativamente distante impediu que estas civilizações alcançassem um grau mais elevado de sucesso.


À medida que a [[Império Persa|Pérsia]] cresceu, o seu sistema de controle local na Anatólia permitiu às cidades [[Porto|portuárias]] que crescessem e se tornassem muito ricas. Seus [[governador]]es se revoltavam de tempos em tempos, sem oferecer, no entanto, uma ameaça séria ao resto do império. Foi [[Alexandre, o Grande]], quem conseguiu finalmente arrebatar o domínio da região das mãos dos [[persas]], ao longo de sucessivas batalhas, derrotando seu equivalente persa, [[Dario III]]. Após a sua morte, suas conquistas na região foram divididas entre seus [[general|generais]] de confiança, e sobreviveram - embora sob o medo constante de uma invasão [[Gauleses|gaulesa]], ou dos poderosos [[monarca]]s de [[Pérgamo]], [[Ponto]] e [[Egipto|Egito]]. O [[Império Selêucida]], o maior destes herdeiros do império de Alexandre, eventualmente foi vencido economicamente pelos interesses romanos na Anatólia, e conquistado gradualmente.
À medida que o [[Império Aquemênida]] cresceu, o seu sistema de controle local na Anatólia permitiu às cidades [[Porto|portuárias]] que crescessem e se tornassem muito ricas. Seus [[governador]]es se revoltavam de tempos em tempos, sem oferecer, no entanto, uma ameaça séria ao resto do império. Foi [[Alexandre, o Grande]], quem conseguiu finalmente arrebatar o domínio da região das mãos dos [[persas]], ao longo de sucessivas batalhas, derrotando seu equivalente persa, [[Dario III]]. Após a sua morte, suas conquistas na região foram divididas entre seus [[general|generais]] de confiança, e sobreviveram - embora sob o medo constante de uma invasão [[Gauleses|gaulesa]], ou dos poderosos [[monarca]]s de [[Reino de Pérgamo|Pérgamo]], [[Reino do Ponto|Ponto]] e [[Egito ptolemaico|Egito]]. O [[Império Selêucida]], o maior destes herdeiros do império de Alexandre, eventualmente foi vencido economicamente pelos interesses romanos na Anatólia, e conquistado gradualmente.


O controle romano da Anatólia se fortaleceu com uma política de distanciamento de [[Roma]], que permitia às autoridades locais que governassem efetivamente a região, e se resumia a fornecer proteção militar. Durante o reino de [[Constantino, o Grande]], um novo império oriental foi estabelecido em [[Constantinopla]], que após o [[fim do Império Romano]] passou a ser conhecido como [[Império Bizantino]]. Inicialmente foi bem-sucedido, graças à sua vasta riqueza e soberanos judicioso, porém logo passou a sofrer com a negligência e a competição de um [[império]] concorrente, surgido a partir do avanço dos [[mongóis]] ocorrido anos antes - os [[turcos]]. Exércitos [[seljúcida]]s e do [[Ilcanato]] logo diminuiram boa parte do escopo de influência dos bizantinos, e conquistou seus centros comerciais. Após uma sucessão de [[dinastia]]s, o mais poderoso dos impérios turcos, o [[Império Otomano|Otomano]], finalmente deu o golpe de misericórdia ao Império Bizantino em [[1453]], quando o [[sultão]] [[Mehmet II]] conquistou Constantinopla.
O controle romano da Anatólia se fortaleceu com uma política de distanciamento de [[Roma]], que permitia às autoridades locais que governassem efetivamente a região, e se resumia a fornecer proteção militar. Durante o reino de [[Constantino]], um novo império oriental foi estabelecido em [[Constantinopla]], que após o [[fim do Império Romano]] passou a ser conhecido como [[Império Bizantino]]. Inicialmente foi bem-sucedido, graças à sua vasta riqueza e soberanos judicioso, porém logo passou a sofrer com a negligência e a competição de um [[império]] concorrente, surgido a partir do avanço dos [[mongóis]] ocorrido anos antes - os [[Povos turcos|turcos]]. Exércitos [[Império Seljúcida|seljúcida]]s e do [[Ilcanato]] logo diminuíram boa parte do escopo de influência dos bizantinos, e conquistou seus centros comerciais. Após uma sucessão de [[dinastia]]s, o mais poderoso dos impérios turcos, o [[Império Otomano|Otomano]], finalmente deu o golpe de misericórdia ao Império Bizantino em [[1453]], quando o [[sultão otomano]] {{lknb|Maomé|II, o Conquistador}} [[Queda de Constantinopla|conquistou Constantinopla]].


Na Anatólia, o Império Otomano permitiu que outras religiões se mantivessem, e passou a capitalizar em cima de seu sucesso através da expansão territorial, levando suas fronteiras do [[Norte da África]] até os confins da [[Europa]], além da [[Trácia]]. Guerras contra os [[russos]] e outros povos revoltosos impediram que os otomanos pudessem se aproveitar de sua posição poderosa, e acabaram por entrar em decadência, depois de lideranças pouco eficientes. Até mesmo o corpo de elite de seu exército, os [[janissário]]s - altamente treinados - acabou por debandar após uma tentativa de revolta. Reformas iniciadas para melhorar a economia fracassaram, à medida que os impostos e taxas espantavam o comércio lucrativo, e o desespero fez com que o império fosse arrastado para a [[Primeira Guerra Mundial]] ao lado da [[Império Alemão|Alemanha]] e [[Império Áustro-Húngaro|Áustria]]. Após sua derrota na guerra, o Império Otomano teve seu território retalhado e dividido entre as potências vitoriosas, cabendo-lhe apenas a Anatólia; as metas [[Grécia|gregas]] na região (que foi habitada por gregos desde a [[Antigüidade]]), no entanto, provocaram novas tensões, que eventualmente transformaram-se em conflitos armados. Foi a partir desta nova guerra que [[Kemal Atatürk|Mustafa Kemal]] [[Paxá]], conhecido como ''Atatürk'' ("Pai dos Turcos"), conseguiu transformar a Anatólia na nova [[República da Turquia]], derrotando os gregos e abolindo de vez o governo otomano, em [[1922]]. Desde então a Turquia se transformou num Estado moderno, e a Anatólia vem gozando de um período relativamente pacífico.
Na Anatólia, o Império Otomano permitiu que outras religiões se mantivessem, e passou a capitalizar em cima de seu sucesso através da expansão territorial, levando suas fronteiras do [[Norte da África]] até os confins da [[Europa]], além da [[Trácia]]. Guerras contra os [[russos]] e outros povos revoltosos impediram que os otomanos pudessem se aproveitar de sua posição poderosa, e acabaram por entrar em decadência, depois de lideranças pouco eficientes. Até mesmo o corpo de elite de seu exército, os [[janízaro]]s - altamente treinados - acabou por debandar após uma tentativa de revolta. Reformas iniciadas para melhorar a economia fracassaram, à medida que os impostos e taxas espantavam o comércio lucrativo, e o desespero fez com que o império fosse arrastado para a [[Primeira Guerra Mundial]] ao lado da [[Império Alemão|Alemanha]] e [[Império Áustro-Húngaro|Áustria]]. Após sua derrota na guerra, o Império Otomano teve seu território retalhado e dividido entre as potências vitoriosas, cabendo-lhe apenas a Anatólia; as metas [[Grécia|gregas]] na região (que foi habitada por gregos desde a [[Antiguidade]]), no entanto, provocaram novas tensões, que eventualmente transformaram-se em conflitos armados. Foi a partir desta nova guerra que [[Kemal Atatürk|Mustafa Kemal]] [[Paxá]], conhecido como ''Atatürk'' ("Pai dos Turcos"), conseguiu transformar a Anatólia na nova [[República da Turquia]], derrotando os gregos e abolindo de vez o governo otomano, em [[1922]]. Desde então a Turquia se transformou num Estado moderno, e a Anatólia vem gozando de um período relativamente pacífico.


== Bibliografia==
== Bibliografia ==
=== Fontes primárias===
=== Fontes primárias ===
*[[Apiano]]. ''História de Roma: As Guerras Sírias''.
* [[Apiano]]. ''História de Roma: As Guerras Sírias''.
*[[Heródoto]]. ''História''.
* [[Heródoto]]. ''História''.

=== Fontes secundárias===
*Bevan, Edwyn Robert (1902). ''The House of Seleucus''. E. Arnold.
*Botsford, George Willis (1922). ''Hellenic History''. The Macmillan Company.
*Bury, John Bagnell (1913). ''A History of Greece to the Death of Alexander the Great''. Macmillan.
*Duncker, Max (1879). ''The History of Antiquity, Volume III''. Richard Bentley & Son.
*Freeman, Charles (1999). ''Egypt, Greece and Rome: Civilizations of the Ancient Mediterranean''. Oxford University Press. ISBN 0198721943.
*Gibbon, Edward (1952). ''The Decline and Fall of the Roman Empire''. William Benton.
*Hawkins, John David (2000). ''Corpus of Hieroglyphic Luwian Inscriptions''. Walter de Gruyter. ISBN 3110148706.
*Herbermann, Charles George (1913). ''The Catholic Encyclopedia''. Robert Appleton Co.
*Hornblower, Simon; Antony Spawforth (1996). ''The Oxford Classical Dictionary''. Oxford University Press.
*Kinross, John (2001). ''Atatürk: A Biography of Mustafa Kemal, Father of Modern Turkey''. Phoenix Press. ISBN 1842125990.
*Mommsen, Theodor (1906). ''The History of Rome: The Provinces, from Caesar to Diocletian.'' Charles Scribner's Sons.
*Ramsay, W.M. (1904). ''The Letters to the Seven Churches of Asia''. Hodder & Stoughton.
*Rawlinson, George (1900). ''Ancient History: From the Earliest Times to the Fall of the Western Empire''. The Colonial Press.
*Saggs, H.W.F. (2000). ''Babylonians''. University of California Press. ISBN 0520202228.


=== Fontes secundárias ===
* Bevan, Edwyn Robert (1902). ''The House of Seleucus''. E. Arnold.
* Botsford, George Willis (1922). ''Hellenic History''. The Macmillan Company.
* Bury, John Bagnell (1913). ''A History of Greece to the Death of Alexander the Great''. Macmillan.
* Duncker, Max (1879). ''The History of Antiquity, Volume III''. Richard Bentley & Son.
* Freeman, Charles (1999). ''Egypt, Greece and Rome: Civilizations of the Ancient Mediterranean''. Oxford University Press. ISBN 0198721943.
* Gibbon, Edward (1952). ''The Decline and Fall of the Roman Empire''. William Benton.
* Hawkins, John David (2000). ''Corpus of Hieroglyphic Luwian Inscriptions''. Walter de Gruyter. ISBN 3110148706.
* Herbermann, Charles George (1913). ''The Catholic Encyclopedia''. Robert Appleton Co.
* Hornblower, Simon; Antony Spawforth (1996). ''The Oxford Classical Dictionary''. Oxford University Press.
* Kinross, John (2001). ''Atatürk: A Biography of Mustafa Kemal, Father of Modern Turkey''. Phoenix Press. ISBN 1842125990.
* Mommsen, Theodor (1906). ''The History of Rome: The Provinces, from Caesar to Diocletian.'' Charles Scribner's Sons.
* Ramsay, W.M. (1904). ''The Letters to the Seven Churches of Asia''. Hodder & Stoughton.
* Rawlinson, George (1900). ''Ancient History: From the Earliest Times to the Fall of the Western Empire''. The Colonial Press.
* Saggs, H.W.F. (2000). ''Babylonians''. University of California Press. ISBN 0520202228.


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[[ru:История Анатолии]]
[[th:ประวัติศาสตร์อานาโตเลีย]]
[[tr:Anadolu tarihi]]

Edição atual tal como às 17h05min de 4 de dezembro de 2024

História da Anatólia
Idade do Bronze
Troia I-VIII ca. 3 000 a.C. - 700 a.C.
Hatitas ca. 2 500 a.C. - ca. 2 000 a.C.
Império Acádio ca. 2 400 a.C. - ca. 2 150 a.C.
Hititas ca. 1 680 a.C. - 1 220 a.C.
Estados Neo-Hititas ca. 1 200 a.C. - 800 a.C.
Reino da Frígia ca. 1 200 a.C. - 700 a.C.
Reino Império Neoassírio 939−609 a.C.
Urartu 859 - 595/585 a.C.
Idade do Ferro à Antiguidade clássica
Reino da Lídia ca. 685 a.C. - 547 a.C.
Império Medo 678–549 a.C.
Segundo Império Babilônico 626–539 a.C.
Império Aquemênida ca. 559 a.C. - 331 a.C.
Império Macedônico 334 a.C. - ca. 301 a.C.
Império Selêucida ca. 305 a.C. - 64 a.C.
Reino do Ponto ca. 302 a.C. - 64 a.C.
Reino de Pérgamo 282 a.C. - 129 a.C.
Reino da Armênia 190 a.C. - 428 d.C.
República Romana 133 a.C. - 27 a.C.
Império Romano 27 a.C. - 330 d.C.
Idade Média
Império Bizantino 330-1453
Sultanato de Rum 1077-1307
Emirado Danismêndida séc. XI-XII
Reino Armênio da Cilícia 1080-1375
Império de Trebizonda 1204-1461
Império de Niceia 1204-1261
Ilcanato ca. 1256-1355
Período moderno
Império Otomano 1453-1922
República da Turquia 1922-presente

A história da Anatólia abrange os acontecimentos históricos ocorridos na região conhecida também pelo nome latino de Ásia Menor, e considerada a extensão mais ocidental da Ásia Ocidental. Geograficamente, a área compreende a maior parte da Turquia moderna, do mar Egeu às montanhas da fronteira com a Armênia, a leste, e o mar Negro e as montanhas Tauro, no eixo norte-sul.

As primeiras representações de cultura na Anatólia podem ser encontradas em diversos sítios arqueológicos nas partes central e oriental da região. Embora as origens de alguns dos primeiros povos ainda estejam envoltas em mistério, os restos das culturas hatiana, acádia, assíria e hitita nos legaram diversos exemplos das vidas cotidianas de seus cidadãos e de seu comércio. Depois da queda dos hititas, os novos reinos da Frígia e da Lídia foram potências na costa oeste do território, à medida que a civilização grega começou a florescer. Apenas a ameaça de um Império Aquemênida relativamente distante impediu que estas civilizações alcançassem um grau mais elevado de sucesso.

À medida que o Império Aquemênida cresceu, o seu sistema de controle local na Anatólia permitiu às cidades portuárias que crescessem e se tornassem muito ricas. Seus governadores se revoltavam de tempos em tempos, sem oferecer, no entanto, uma ameaça séria ao resto do império. Foi Alexandre, o Grande, quem conseguiu finalmente arrebatar o domínio da região das mãos dos persas, ao longo de sucessivas batalhas, derrotando seu equivalente persa, Dario III. Após a sua morte, suas conquistas na região foram divididas entre seus generais de confiança, e sobreviveram - embora sob o medo constante de uma invasão gaulesa, ou dos poderosos monarcas de Pérgamo, Ponto e Egito. O Império Selêucida, o maior destes herdeiros do império de Alexandre, eventualmente foi vencido economicamente pelos interesses romanos na Anatólia, e conquistado gradualmente.

O controle romano da Anatólia se fortaleceu com uma política de distanciamento de Roma, que permitia às autoridades locais que governassem efetivamente a região, e se resumia a fornecer proteção militar. Durante o reino de Constantino, um novo império oriental foi estabelecido em Constantinopla, que após o fim do Império Romano passou a ser conhecido como Império Bizantino. Inicialmente foi bem-sucedido, graças à sua vasta riqueza e soberanos judicioso, porém logo passou a sofrer com a negligência e a competição de um império concorrente, surgido a partir do avanço dos mongóis ocorrido anos antes - os turcos. Exércitos seljúcidas e do Ilcanato logo diminuíram boa parte do escopo de influência dos bizantinos, e conquistou seus centros comerciais. Após uma sucessão de dinastias, o mais poderoso dos impérios turcos, o Otomano, finalmente deu o golpe de misericórdia ao Império Bizantino em 1453, quando o sultão otomano Maomé II, o Conquistador conquistou Constantinopla.

Na Anatólia, o Império Otomano permitiu que outras religiões se mantivessem, e passou a capitalizar em cima de seu sucesso através da expansão territorial, levando suas fronteiras do Norte da África até os confins da Europa, além da Trácia. Guerras contra os russos e outros povos revoltosos impediram que os otomanos pudessem se aproveitar de sua posição poderosa, e acabaram por entrar em decadência, depois de lideranças pouco eficientes. Até mesmo o corpo de elite de seu exército, os janízaros - altamente treinados - acabou por debandar após uma tentativa de revolta. Reformas iniciadas para melhorar a economia fracassaram, à medida que os impostos e taxas espantavam o comércio lucrativo, e o desespero fez com que o império fosse arrastado para a Primeira Guerra Mundial ao lado da Alemanha e Áustria. Após sua derrota na guerra, o Império Otomano teve seu território retalhado e dividido entre as potências vitoriosas, cabendo-lhe apenas a Anatólia; as metas gregas na região (que foi habitada por gregos desde a Antiguidade), no entanto, provocaram novas tensões, que eventualmente transformaram-se em conflitos armados. Foi a partir desta nova guerra que Mustafa Kemal Paxá, conhecido como Atatürk ("Pai dos Turcos"), conseguiu transformar a Anatólia na nova República da Turquia, derrotando os gregos e abolindo de vez o governo otomano, em 1922. Desde então a Turquia se transformou num Estado moderno, e a Anatólia vem gozando de um período relativamente pacífico.

Fontes primárias

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Fontes secundárias

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  • Bevan, Edwyn Robert (1902). The House of Seleucus. E. Arnold.
  • Botsford, George Willis (1922). Hellenic History. The Macmillan Company.
  • Bury, John Bagnell (1913). A History of Greece to the Death of Alexander the Great. Macmillan.
  • Duncker, Max (1879). The History of Antiquity, Volume III. Richard Bentley & Son.
  • Freeman, Charles (1999). Egypt, Greece and Rome: Civilizations of the Ancient Mediterranean. Oxford University Press. ISBN 0198721943.
  • Gibbon, Edward (1952). The Decline and Fall of the Roman Empire. William Benton.
  • Hawkins, John David (2000). Corpus of Hieroglyphic Luwian Inscriptions. Walter de Gruyter. ISBN 3110148706.
  • Herbermann, Charles George (1913). The Catholic Encyclopedia. Robert Appleton Co.
  • Hornblower, Simon; Antony Spawforth (1996). The Oxford Classical Dictionary. Oxford University Press.
  • Kinross, John (2001). Atatürk: A Biography of Mustafa Kemal, Father of Modern Turkey. Phoenix Press. ISBN 1842125990.
  • Mommsen, Theodor (1906). The History of Rome: The Provinces, from Caesar to Diocletian. Charles Scribner's Sons.
  • Ramsay, W.M. (1904). The Letters to the Seven Churches of Asia. Hodder & Stoughton.
  • Rawlinson, George (1900). Ancient History: From the Earliest Times to the Fall of the Western Empire. The Colonial Press.
  • Saggs, H.W.F. (2000). Babylonians. University of California Press. ISBN 0520202228.